Semana passada teve evento do Paineiras Jundiaí e a convite do Blog Dia de Estilo fui assistir a palestra de Chiara Gadaleta quem segue o EP no Twitter (@esmaltenope) viu a saga da pane no carro rs .
Admito que sempre que escuto falar em sustentabilidade na moda alguns pensamentos vêem a minha cabeça do tipo:
- Se a indústria da moda segue um calendário com base no que está sendo usado lá fora como ser sustentável?
- Como não comprar moda?
- Como atualizar sem adquirir e por aí vai…
O que mais gostei da Palestra é que Chiara não é uma ecochata e sim uma pessoa que vê possibilidades sustentáveis em coisas simples. Começa pensando em como não disperdiçar em todos os sentidos, não disperdiçar o lixo feito pela confecção gerando um novo produto com outro conceito. Expande os limites da reciclagem para a “recriagem” utilizando criatividade e talento.
Creio que um estilista realmente mostra seu talento quando por uma questão de “saúde do planeta” é obrigado a recriar, redesenhar, recosturar e constrói algo novo, único. Esta peça acaba estando envolta em muitas questões …
Essa tomada de consciência deixou de ser coisa de hippie, e as roupas não têm mais um caráter somente artesanal, incorporaram design e tecnologia.
Ainda existem as marcas adeptas do comércio ético (todas as etapas de confecção priorizam a redução do impacto ambiental, promovem a atividade de artesãos e pequenas comunidades e valorizam os funcionários).
Matéria-prima verde
As roupas ecológicas são aquelas feitas de materiais reciclados, tecidos orgânicos, couros alternativos e novas fibras naturais.
Eu e a Faby sabemos da importância do tema sustentabilidade e assim pretendemos a partir de então contar pra vocês algumas atitiudes ou mostrar o trabalho de algum design que faz a diferença, a começar por Julio César.
Júlio César nasceu em Mossoró, no nordeste do Brasil. Desde cedo cultivou gosto pelas artes, em especial, música, livros e pintura. A isso acrescente um grande gosto pelas artes mais populares, mostrando-se grande admirador do folclore regional, muito rico nessa região do Brasil.
Residente nos E.U.A desde 1993, lá teve oportunidade de desenvolver suas habilidades e criatividade para fazer suas criações artísticas, principalmente usando técnicas de colagens em tecido. Está na moda há 15 anos, tendo já exposto alguns dos seus trabalhos nos museus “New Museum” e Schomburg Center, e em mostras de moda na cidade de Nova York.
Júlio foi o primeiro estilista brasileiro a usar um tecido feito à base de fita cassete em suas peças, chamado de Sonic Fabric.
Feito com 50% de poliéster e 50% da fita, o tecido surpreende não apenas por ser ecologicamente eficiente, já que tira do lixo as mídias que não são mais utilizadas, mas também por ser audível. Exatamente: é possível extrair sons de vestidos, chapéus e gravatas criadas com o Sonic apenas com o auxilio de um dispositivo criado com walkman. Dá uma olhada aqui.
O Resultado?
Sinal de que sustentabilidade anda junto com criatividade. Aguarde que mais gente/projeto interessante vai aparecer por aqui!
Fontes:
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI