Apesar de estar fortemente atrelada à economia doméstica, a companhia teve seu rating fixado uma posição acima do atribuído ao Brasil
SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Moody's acaba de anunciar, na tarde desta sexta-feira (11), o rebaixamento da nota de crédito de longo prazo em moeda local da BM&FBovespa (BVMF3), de A3 para Baa1, seguindo a tendência vista no mês passado, quando a Standard & Poor's rebaixou os ratings da Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) e 13 instituições financeiras, juntamente com o governo brasileiro. O rating em moeda estrangeira da operadora da bolsa brasileira foi reafirmado em "Baa1", em perspectiva estável.
Entre os fatores que justificam a revisão de cenário da agência de rating, aparecem as sensíveis ligações entre a empresa e o desempenho da economia brasileira, tendo em vista a limitada capacidade que tem em gerar receitas fora do ambiente doméstico. "A posição de caixa da companhia, além de uma significativa porção de fundos que salvaguardam a BM&FBovespa de um calote, é investida em bonds do governo do País", afirmaram os analistas da Moody's em comunicado. Além disso, eles lembram também a forte correlação entre as políticas monetárias do governo e o volume financeiro da bolsa - fator que acaba impactando nas operações e ganhos da companhia.
Apesar de estar fortemente atrelada à economia brasileira, a companhia teve seu rating fixado uma posição acima do de seu País. Para tal decisão a agência destaca que observou esforços da BM&FBovespa no sentido de mitigar os riscos de exposição ao governo, evitando, assim, maiores contaminações com os sinais de deterioração macroeconômica. "A BM&FBovespa, em particular, tem demonstrado um histórico favorável na gestão de margens e garantias em períodos de estresse do mercado brasileiro", argumentaram.
Por fim, o fato de a empresa deter posição dominante sobre a maior parte dos segmentos em que atua, especialmente derivativos e ações, é capaz, na visão da Moody's, de sustentar geração de caixa suficiente para honrar compromissos. A decisão de rebaixamento da agência de risco faz parte de uma revisão geral dos emissores que têm classificação acima dos ratings dos governos dos países onde estão sediados.
Mesmo com a notícia ruim, as ações da BM&FBovespa registram leves ganhos nesta sessão. Às 15h50 (horário de Brasília), os papéis BVMF3 subiam 0,35%, precificados em R$ 11,48.
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