Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Na crise, até os clientes das lojas de luxo começam a ficar mais criteriosos

Luxo: consumidor de marcas sofisticadas de produtos como relógio, bolsa e joias estabelece um novo comportamento mais crítico na hora da compra.

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Não é só no mercado popular que a crise mudou o comportamento do consumidor. As lojas de artigos de luxo que atuam no Brasil já observam uma mudança nas compras neste ano. Mais criterioso, o cliente pode até pagar mais por um produto que realmente faça diferença para ele.

“Enquanto no passado o consumidor, representado pela classe A, comprava um número maior de itens, mas com preços mais baixos, hoje é o contrário. Ele adquire uma bolsa mais cara, mas gasta apenas com ela. Ele está mais criterioso, eu diria”, opina o gerente de marca da francesa Longchamp, Filipe Tendeiro.

Varejistas consultados pelo DCI citam que, na crise econômica, houve uma redução de viagens ao exterior devido à desvalorização do real e o temor por realizar altos investimentos em um momento político conturbado também impactaram o setor.

É de olho nesse movimento que, com três lojas no Brasil, Longchamp não prevê a abertura de novas unidades em território nacional. “Nosso foco, agora, é melhorar a operação brasileira. Apesar desse aumento no tíquete, sabemos que o varejo é dinâmico. Precisamos sempre estar atentos ao mercado e principalmente aos nossos clientes”, afirma Tendeiro. Sem revelar detalhes, ele afirmou que a rede avalia possíveis mudanças nas operações atuais. Mesmo assim, Tendeiros garante que já houve avanço nas vendas neste ano. “O Brasil tem um potencial enorme. Nós tivemos um crescimento acima do esperado no primeiro trimestre e, até o final de 2016 esperamos manter isso”, diz. Uma bolsa da Longchamp pode chegar a custar cerca de R$ 5 mil. O modelo mais em conta sai por R$ 700.

Mudança na estratégia

Mundialmente conhecida, a grife de relógios suíça TAG Heuer decidiu, no final do ano passado, modificar sua estratégia de atuação para fortalecer sua operação no Brasil.

Até dezembro do ano passado, os itens da companhia só eram encontrados por aqui através das lojas H.Stern. Hoje, após por um fim nessa exclusividade, a grife está presente em 30 joalherias espalhadas em todas as capitais do País.

“Vamos chegar a 50 pontos até o final do ano. Isso nos dará uma proximidade maior com nosso consumidor e vai ajudar a fortalecer nossa presença por aqui”, conta o parceiro local de distribuição da TAG Heuer no Brasil.

A presença em outras lojas, de acordo com ele, já deu frutos. O tíquete médio por compra aumentou ligeiramente para um valor entre R$ 18 mil e R$ 20 mil. Até 2017, Rabbat espera que esse valor aumente, ao menos, mais 30%.

“Com o modelo de shop in shop, onde montamos nossa loja dentro de outra joalheira, nós vamos crescer bastante. Nos preparamos para quando a crise passar, e ela começa a dar sinais de melhora”, conta.

Até abril, as vendas da empresa no Brasil este ano estão com crescimento de 20%, frente ao mesmo período de 2015. A expectativa é de fechar o ano neste mesmo índice.

“Os primeiros 15 dias de maio foram ótimos, típicos de natal”, compara Rabbat.

E-commerce

A loja eletrônica Aubra 18K, que comercializa na internet peças e joias de ouro, conta também que o valor por compra cresceu 25% entre maio do ano passado e este mês,

“Naquela época, o tíquete estava em R$ 320. Hoje alcançamos R$ 400. Com isso, poderemos dobrar o nosso faturamento anual”, comemora a gerente de marketing da Aubra 18K, Jamili Esquelino.

Com a venda de artigos de luxo seminovos pela internet, a Peguei Bode viu seu faturamento crescer 45% no ano passado frente a 2014 e espera avançar mais 20% este ano.

“Os clientes realmente têm preferido algo único, porém mais caro. Isso ajudou nossos resultados”, diz a cofundadora do site, Gabriela Carvalho.

Fonte: DCI

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