Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

NFT como benefício, a nova onda do varejo

Mesmo o Brasil sendo o segundo maior consumidor de NFTs, não faltam dúvidas em relação à sua inserção e à sua eficácia para o comércio.

Por Claudenir Andrade*

É comum nos depararmos com ações que eram realizadas no comércio físico sendo viabilizadas, por meio da tecnologia, no e-commerce, como: na compra de quatro peças, pague somente o valor de três; na compra de valor x, ganhe uma raspadinha ou concorra um carro; na compra de x produto, ganhe um brinde, cupom de descontos, entre outras. Contudo, você já ouviu falar do NFT, que nasceu no mundo virtual?

O NFT (token não-fungível), ativo elaborado através da tecnologia blockchain, algo único e insubstituível, ganhou os holofotes no início do ano quando o jogador de futebol Neymar comprou NFTs da Bored Ape Yacht Club por R$6 milhões. E ganhou ainda mais destaque quando a criptomoeda utilizada para negociar os tokens foi desvalorizada e as artes adquiridas passaram a valer R$1,45 milhão. Mas, em compensação, os benefícios adquiridos não foram anulados e, portanto, o craque continua com o voucher gratuito que lhe permite ir, por dez vezes, para Mônaco e Ibiza com dez acompanhantes e tomar champanhe avaliado em US$200 mil. Tudo isso sem pagar nada além do que já investiu nos NFTs.

NFT no varejo

Ou seja, na cadeia desse consumo, percebemos que ninguém sai perdendo e, com isso, a mais nova tendência do mercado ganha fôlego para se consolidar. Entretanto, mesmo o Brasil sendo o segundo maior consumidor de NFTs – atrás somente da Tailândia -, quando o assunto se refere à sua aplicação no varejo, não faltam dúvidas em relação à sua inserção e à sua eficácia para o comércio.

Veja só: o NFT não é um “bicho de sete cabeças” para o varejo, seja físico ou online – ele pode ser utilizado como um clube de benefícios, por exemplo.

No varejo, funciona basicamente como no caso do Neymar e a BAYC. O estabelecimento cria e comercializa os seus NFTs e, como benefício, o comprador ganha algum tipo de consumo de graça, uma experiência única e exclusiva. Além disso, se por um lado é possível gerar capital sem sair nada do estoque, por outro, torna-se uma grande oportunidade de fidelizar e atrair novos clientes.

Porém, antes de tudo, é importante abrir canais de comunicação efetivos entre outros mecanismos para entender quem, realmente, é o público da sua loja e, até mesmo, a persona, pois de nada adianta criar NFTs do seu comércio se não há planejamento estratégico de quem se quer alcançar com isso. E, então, a partir disso, “surfar na nova onda” e pensar em tokens personalizados e que sejam compatíveis com seu público.

Como mencionado, o comprar isso para ganhar aquilo já é uma prática conhecida no dia a dia do varejo. No entanto, considerando que o consumidor está cada vez mais antenado às novas tecnologias e novidades do mercado, na corrida contra a concorrência, é preciso se atentar às novas formas de se comunicar com o cliente.

*Claudenir Andrade é diretor do grupo de trabalho de software houses da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (AFRAC). Além disso, é diretor de tecnologia e marketing do grupo Elgin/Bematech e Regional Director / MVP Microsoft.

https://sbvc.com.br/nft-como-beneficio-a-nova-onda-do-varejo/

Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI

Exibições: 50

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço