Mesmo o Brasil sendo o segundo maior consumidor de NFTs, não faltam dúvidas em relação à sua inserção e à sua eficácia para o comércio.
Por Claudenir Andrade*
É comum nos depararmos com ações que eram realizadas no comércio físico sendo viabilizadas, por meio da tecnologia, no e-commerce, como: na compra de quatro peças, pague somente o valor de três; na compra de valor x, ganhe uma raspadinha ou concorra um carro; na compra de x produto, ganhe um brinde, cupom de descontos, entre outras. Contudo, você já ouviu falar do NFT, que nasceu no mundo virtual?
O NFT (token não-fungível), ativo elaborado através da tecnologia blockchain, algo único e insubstituível, ganhou os holofotes no início do ano quando o jogador de futebol Neymar comprou NFTs da Bored Ape Yacht Club por R$6 milhões. E ganhou ainda mais destaque quando a criptomoeda utilizada para negociar os tokens foi desvalorizada e as artes adquiridas passaram a valer R$1,45 milhão. Mas, em compensação, os benefícios adquiridos não foram anulados e, portanto, o craque continua com o voucher gratuito que lhe permite ir, por dez vezes, para Mônaco e Ibiza com dez acompanhantes e tomar champanhe avaliado em US$200 mil. Tudo isso sem pagar nada além do que já investiu nos NFTs.
Ou seja, na cadeia desse consumo, percebemos que ninguém sai perdendo e, com isso, a mais nova tendência do mercado ganha fôlego para se consolidar. Entretanto, mesmo o Brasil sendo o segundo maior consumidor de NFTs – atrás somente da Tailândia -, quando o assunto se refere à sua aplicação no varejo, não faltam dúvidas em relação à sua inserção e à sua eficácia para o comércio.
Veja só: o NFT não é um “bicho de sete cabeças” para o varejo, seja físico ou online – ele pode ser utilizado como um clube de benefícios, por exemplo.
No varejo, funciona basicamente como no caso do Neymar e a BAYC. O estabelecimento cria e comercializa os seus NFTs e, como benefício, o comprador ganha algum tipo de consumo de graça, uma experiência única e exclusiva. Além disso, se por um lado é possível gerar capital sem sair nada do estoque, por outro, torna-se uma grande oportunidade de fidelizar e atrair novos clientes.
Porém, antes de tudo, é importante abrir canais de comunicação efetivos entre outros mecanismos para entender quem, realmente, é o público da sua loja e, até mesmo, a persona, pois de nada adianta criar NFTs do seu comércio se não há planejamento estratégico de quem se quer alcançar com isso. E, então, a partir disso, “surfar na nova onda” e pensar em tokens personalizados e que sejam compatíveis com seu público.
Como mencionado, o comprar isso para ganhar aquilo já é uma prática conhecida no dia a dia do varejo. No entanto, considerando que o consumidor está cada vez mais antenado às novas tecnologias e novidades do mercado, na corrida contra a concorrência, é preciso se atentar às novas formas de se comunicar com o cliente.
*Claudenir Andrade é diretor do grupo de trabalho de software houses da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (AFRAC). Além disso, é diretor de tecnologia e marketing do grupo Elgin/Bematech e Regional Director / MVP Microsoft.
https://sbvc.com.br/nft-como-beneficio-a-nova-onda-do-varejo/
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