Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Nike x Adidas: Duelo de titãs a anos-luz do Brasil.

A polarização no segmento de material esportivo, futebol em particular, vem se concentrando cada vez mais na disputa entre os dois gigantes.

Antes um esclarecimento. Os dois gigantes se concentram na disputa das grandes marcas, clubes, seleções nacionais, e grandes atletas, mas não há perigo de um monopólio global. Existe, e continuará existindo, espaço para dezenas de outras marcas regionais e até globais, mas que cada vez mais ficarão restritas a um mercado de “segundo escalão”, com raras exceções. A incorporação relativamente recente de outras marcas de peso pelas duas gigantes, casos de Reebock e Umbro, serviu para acirrar ainda mais a disputa e concentrar mais esse mercado “top”.
Essa semana a Sportingintelligence, consultoria internacional especializada no assunto, divulgou a lista dos “top ten” em vendas de camisas/uniformes nos últimos 5 anos (da temporada 2007/8 até a temporada 2011/12). E a lista revela o tamanho dessa “briga”.
Os dois clubes mais vendedores por temporada pesquisada, foram Manchester United (Nike) e Real Madrid (Adidas), com média de 1,4 milhões. Em seguida aparecem Barcelona (Nike) com 1,15 milhões, Chelsea (Adidas) com 910 mil, Bayern (Adidas) 880 mil, Liverpool (Adidas) 810 mil, Arsenal (Nike) 800 mil, Juventus (Nike) 480 mil, Inter de Milão (Nike) 425 mil, e Milan (Adidas) com 350 mil.
Se a Adidas “veste” o Madrid, a Nike “calça” Cristiano Ronaldo. Se a Nike “veste” o Barça, a Adidas “calça” Messi. Se a Nike “veste” a Seleção Brasileira e “calça” o Neymar, a Adidas é a parceira oficial da Fifa na Copa no Brasil.
Portanto, a disputa é feroz e palmo a palmo. Da lista acima, os gigantes a dividiram meio a meio nas temporadas pesquisadas. A única exceção é o Liverpool, que na temporada passada trocou a Adidas pela Warrior. A Warrior, empresa americana subsidiária da New Balance, é uma daquelas fornecedoras que, fortes no mercado doméstico e ligadas ao Lacrosse e Hóquei, perceberam que o “soccer” é o grande esporte global, e a melhor oportunidade de internacionalização da marca. Sua estratégia inicial foi conseguir uma grande marca para seu portfólio, e a partir daí fechar com clubes médios de boa visibilidade nacional e regional (esse ano fecharam também com o Sevilha). Portanto, existe mercado para muitas, mas o mercado das grandes marcas globais de futebol está nas mãos de Nike e Adidas.
A partir daí, e constatando o pequeno apetite de ambas no mercado brasileiro, percebemos como nossas marcas são periféricas dentro da estratégia global de ambas. Temos várias marcas com expressivas médias de vendas de artigos, mas apenas porque nosso mercado interno é vasto. Globalmente falando somos zero. E somos zero globalmente porque o marketing de nossos clubes é fraco, ou somos fracos porque o futebol brasileiro não é global ? A rigor, a única marca global que possuímos (ainda) é a seleção brasileira, mas que de tão mal tratada, corre o risco de perder esse “status” em pouco tempo (principalmente se houver um fiasco em 2014). E a Nike vêm se esforçando para isso. Andou “impondo” jogos bisonhos da seleção em mercados ascendentes para ela, e que serviram apenas para vulgarizar a marca, e, cá para nós, tem se especializado em “vestir” nossa seleção com uniformes horríveis.
De qualquer forma, e reconhecendo as barreiras naturais que dificultam a internacionalização de nossas marcas, está na hora dos nossos clubes deixarem a incompetência, em alguns casos, e a timidez em outros, de lado, e planejar estratégias de longo prazo que nos permitam abocanhar um pedacinho desse filão.

Fonte:http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/novas-arenas/2012/10/09/nik...

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Comentário de STYLE LINE PRIVATE LABEL em 15 outubro 2012 às 8:18

E o genérico??

Aqui tem mais falsificado que original.

Alias, tem lojas que vendem metade das camisas do brasil original,e metade falsas.

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