Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Nutricionista Aconselha Sobre o Limite do Consumo do Chocolate em Crianças

Em um dos feriados que mais movimenta o comércio durante o ano, é difícil manter as crianças - principal alvo das ações publicitárias - longe dos doces envoltos em embalagens coloridas, papéis brilhantes, cores fortes e brindes “imperdíveis”. O brinde é quase sempre fator decisivo no processo de decisão de compra. Mas não podemos esquecer que eles vêm juntos a grande quantidade de chocolate. E, quando se junta o ovo dado pelos pais, tios, avós e padrinhos, fica praticamente impossível regular a quantidade do doce ingerida pelos pequenos.

Mas, em meio a tanta festa, é preciso manter a disciplina, principalmente nos dias que se seguem ao feriado, para que os chocolates não sejam devorados de uma só vez. Segundo a nutricionista do Prontobaby – Hospital da Criança -, Marcia Vivas, o consumo excessivo de chocolate pode provocar distúrbios como diarreia, alergia à lactose, dificuldade de digestão, além das alergias provenientes dos colorantes artificiais.

“Por ele ser um elemento muito rico em gordura, carboidrato, é de difícil digestão, e o organismo da criança ainda é um organismo em formação. Quando ele recebe esta carga toda, pode provocar diversos distúrbios”, explica.

Para a nutricionista, crianças com menos de dois anos não devem ganhar ovos de páscoa, no máximo um bombom pequeno. Vivas explica que a criança pequena dará muito mais valor a um brinquedo, um coelhinho de pelúcia, do que ao ovo de chocolate, dado, na maioria das vezes, apenas para satisfazer o desejo dos familiares.

“Como é rico em açúcar e gordura, a criança não vai conseguir fazer digestão, ficando enjoada e irritada e pode até recusar a alimentação comum, saudável”, esclarece a nutricionista.

Já para os pequenos acima de dois anos, a recomendação é o consumo com cautela, cerca de 25 gramas diárias. Na fase pré-escolar, a ingestão pode subir para 100 gramas a 130 gramas por dia, mais ou menos a metade de uma barra de chocolate. Essa divisão não precisa ser motivo de brigas, ela pode virar uma brincadeira. O chocolate pode ser derretido e jogado por cima de um bolo de cenoura, como cobertura, em uma salada de fruta, em uma banana, etc. Desta forma, as crianças se divertem e nem percebem que estão comendo menos chocolates do que gostariam.

Colorido perigoso

Segundo Marcia, nos dias que sucedem a Páscoa, os casos que ela mais vê no Hospital da Criança são diarreia, intoxicação pelo chocolate e pelo excesso de corantes.

“A cor do chocolate não existe substituição. Quando o chocolate é rosa, por mais que leve morando em sua composição, ele leva adição de corantes. E muitas crianças são alérgicas a estas substâncias. Até mesmo o brinquedo que vem dentro do ovo, a criança pode pegar e ficar com uma alergia que a gente chama de contágio”, diz.

Benefícios

O chocolate, apesar de ter a recomendação do consumo restrito, traz benefícios para as crianças, sendo um importante produtor de energia, rico em sais minerais e vitaminas. De acordo com Vivas, a criança que se desgasta muito, corre, anda, precisa do doce para fazer a reposição da energia. A única ressalva é a moderação.

Sobre o melhor tipo de chocolate, a nutricionista esclarece que a melhor forma é o chocolate amargo, pois é a forma mais pura. As demais formas, são variações desta.

“O chocolate ao leite leva o soro do leite, e a criança pode fazer uma alergia à lactose. No chocolate branco, é acrescentada uma pasta de chocolate com soro de leite. Hoje em dia tem chocolate até rosa! Ou seja, estas variações modificam a constituição do alimento, o que não é aconselhável”, finaliza.

Fonte:|http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2012/04/06/nutri...

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