Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O Brasil Tocado em Tom Menor (Plano Brasil Maior)

 

 

 

O Brasil tocado em tom menor

Roberto  Freire Destaque


O Brasil tocado em tom menor Foto: Divulgação

(artigo de Roberto Freire no jornal Brasil Econômico)


Lançado como importante instrumento de competitividade de nossa indústria, o programa "Brasil Maior", urdido pelo Ministério da Fazenda, sob a regência de Guido Mantega e apresentado como a política industrial do governo Dilma - mas buscando, basicamente, produzir uma agenda positiva em um governo subordinado, cotidianamente, à agenda da corrupção - começa a fazer água e a despertar a desconfiança de setores que seriam beneficiados com o plano.


Descobriram os empresários dos setores calçadista, moveleiro e têxtil que poderiam arcar com uma carga tributária maior pelo fato de a proclamada desoneração da folha ser acompanhada da elevação do imposto sobre o faturamento bruto dessas empresas.

Simplesmente porque a fórmula mágica que foi apresentada, segundo estudos das assessorias econômicas de tais setores, não representa desoneração real, como alardeado pela própria presidente Dilma Rousseff. Ao contrário, em alguns casos, haverá até mesmo o pagamento de mais impostos.

Este é o resultado de uma política industrial feita no afogadilho, que não tem por finalidade resolver os reais problemas da indústria: falta de infraestrutura física e humana, alta carga tributária, juros escorchantes, taxa de câmbio que ajuda os importadores, etc. São causas profundas de nossa perda de competitividade internacional.

Em vez de se preocupar com isso, o governo quer é produzir boas notícias, buscando reproduzir a estratégia midiática de seu antecessor. Fiel a seu mestre, a presidente Dilma prefere o faz-de-conta da publicidade ao enfrentamento das verdadeiras causas dessa situação.

Um dos motivos apontados pelos representantes desses setores que tornam inócuas as medidas do governo é que as indústrias escolhidas para fazer parte do projeto-piloto de desoneração da folha de pagamento são as que mais enfrentam concorrência de importados, barateados pelo generoso câmbio que tem apreciado nossa moeda, esse sim um problema real.

Além isso, dois preocupantes fenômenos ocorrem sem chamar a devida atenção do governo: nossa crescente dependência do mercado chinês, tornando-nos meros exportadores de matérias primas e de commodities, e os sinais vindos da indústria nacional, que deverá puxar para baixo o crescimento da economia nacional neste ano, por conta da política cambial do governo e da retração do consumo, fruto do cenário de incertezas que ronda a economia mundial nesse recrudescimento da crise de 2008.

Isso sem falar dos investimentos, que não estão se expandindo na velocidade e taxas projetadas, ao ponto de empresas de consultoria, como a Tendências, por exemplo, trabalhar com uma retração de 0,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Assim, já foi revisto o crescimento do PIB do segundo trimestre de 1,1% para 0,7%, o que impactará negativamente o crescimento anual da nossa economia.

Enquanto a propaganda oficial trombeteia, em todos os tipos de mídia, os benefícios do Programa Brasil Maior, carro-chefe de uma pretendida política industrial do governo, a realidade é a crescente e silenciosa dependência da China e o contínuo processo de estagnação e declínio de nossa indústria.

Ao contrário do ufanismo do governo, o que vemos é um país sendo tocado em tom menor, com a incompetência gerencial tão marcante no lulodilmismo.

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Roberto Freire é presidente do Partido Popular Socialista (PPS)

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Comentário de Sam de Mattos em 29 agosto 2011 às 22:26

Bem o artigo como escrito, para o meu intelecto tacanho, é um "gulash" composto de fatos desconexos, de datas diversas, uso abusivo de exceções de regras, fatos não substanciados e atirados a esmo no caldeirão do artigo. Não gostar da Dona Dilma é exercício de democracia. Idem escovar os dentes com pasta Crest ou Colgate. Mas equacionar a Dona Dilma com o Sr. Luis Inácio, mesmo no contexto de “acochambramento” apressado de idéias extrapola a arte Dada ou desconstrução: é criação de imagens via pontapés, é forçar a barra demais. Sam


Comentário de Edson Baron em 29 agosto 2011 às 19:11

Hahahahaha.... quase me estrebuchei de tanto rir.

Roberto Freire criticando a dependência da China.

O que seria do Brasil se ele fosse o presidente? Filial da China?

Me poupe. Esse senhor já perdeu o bonde da história há muito tempo.

Infelizmente dependemos da política e de políticos, mas é esse é da pior espécie. Credibilidade ZERO!!!

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