Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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"O Brasil é uma das grandes apostas" - CEO portuguesa aconselha jovens portugueses buscarem o futuro aqui...

Sandra Correira, CEO da PELCOR, aconselha os jovens portugueses a tentar encontrar emprego nos mercados internacionais ou a criarem a sua própria empresa.

Sandra Correia venceu o prémio de melhor empresária da Europa, depois de ter conseguido revolucionar o mundo da exportação da cortiça com a sua empresa Pelcor. E uma história de sucesso. Tudo começou com uma encomenda de cortiça que fizeram para a passagem de ano do milénio e que não conseguiram escoar. Assim da necessidade nasceu a ideia de aproveitar essa cortiça, dar-lhe um design novo e fazer uma guarda-chuva de pele de cortiça.


Depois do sucesso desta novidade numa feira de produtos industriais, surgiu a vontade de inventar novos produtos em cortiça. O mais recente é a capa do i-pad.

Quais as principais armas para uma mulher chegar ao topo de uma empresa?
Tanto para homens como para mulheres, o mais importante é acreditar em nós próprios e naquilo que estamos a fazer e desempenhar bem o nosso trabalho e a nossa função. No caso das mulheres, um dos segredos do sucesso é a sua intuição. Acho que a mulher tem uma intuição superior ao homem. Em situações mais complicadas, porque tem de fazer a gestão da vida profissional e familiar e, recorrendo à sua intuição, consegue encontrar soluções mais facilmente que o homem.

Esta é uma boa a altura para um jovem diplomado criar uma empresa ou um produto?
Acho que estamos numa época em que os jovens devem criar o seu auto-emprego. Existem muitas oportunidades e um vasto mercado que ainda não está explorado, há nichos de mercado emergentes com processos simples.

Existe um elevado desemprego jovem que chega aos 30%. Acha que os jovens devem arriscar em mercados de emprego internacionais?
Vivemos num mundo global. Portugal é pequenino, é bom para começar e lançar a nossa empresa, mas sempre com perspectivas de ir lá para fora. Porque para o crescimento de um negócio, Portugal é pequenino. Ou então, em vez de se começar em Portugal deve-se ir lá para fora, emigrar, existem tantas oportunidades e é mais fácil do que em Portugal. E depois voltar a Portugal e trazer esse know how. Somos um povo aventureiro, temos os descobridores nas veias e não temos medo. O importante é trazer cá para dentro tudo aquilo que se conseguir lá fora.

Angola, Brasil, Alemanha são alguns dos mercados em que se deve apostar?
Principalmente o Brasil, que é uma das grandes apostas porque está em franca expansão, com o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos. Para além de falarmos a mesma língua, o que facilita a entrada no país. Angola, também, mas é um mercado mais específico e onde é mais complicado entrar. É bom quando as empresas vêm procurar quadros ao nosso país. E um orgulho.

Que conselhos daria a uma empresa que queira exportar?
O principal é conhecer o mercado para onde se quer ir e estudar a concorrência e criar uma estratégia. Nunca vão lá para fora sem estudar bem o mercado, sem ter uma estratégia e objectivos a atingir. Se não fizerem bem o trabalho de casa e não forem a feiras internacionais, é deitar dinheiro fora. E contar sempre com a colaboração de projectos de apoio de organismos como a AICEP, que apoiam as empresas a internacionalizarem-se, a escolher os mercados. E também contar com o apoio de escolas, como a AESE, que dão formação nessa área e ensinam-nos como podemos fazer na prática.

FONTE: http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx...

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