Aparentemente, é preciso errar muito para se tornar um zumbi no varejo, mas na realidade o caminho é simples: pare de inovar
Existem três tipos de empresas no varejo. Em primeiro lugar estão aquelas varejistas das quais gostamos de falar: companhias inovadoras, que sempre trazem novidades em produtos, serviços, soluções, modelos de negócios e lojas, criando um senso de novidades constantes. Não à toa, o anúncio do lançamento do novo aplicativo mobile ou de uma nova loja causa frenesi. Aliás, tudo o que essas empresas fazem causa burburinho.
São empresas amadas, queridas, desejadas. Poucas ocupam esse panteão: Starbucks, Apple, Lego… Existe também espaço para marcas regionais, que, devido à proximidade com os clientes, conseguem criar uma ligação muito forte com o público. Evidentemente, não há espaço para muitos no coração dos consumidores e todas as marcas almejam chegar a esse ponto.
No outro extremo estão aquelas varejistas pródigas em más notícias. É a empresa cujas vendas só caem, cujos líderes demonstram não saber para onde dirigir a companhia, cujos resultados demonstram problemas. São varejistas que vêm seguindo um caminho de declínio, temporário ou definitivo, e que não encontram mais respostas para as mudanças do mercado e do comportamento dos clientes.
O mercado brasileiro tem sido recheado de notícias negativas nos últimos 12 meses e poucas são as empresas que têm conseguido ir contra a maré. A instabilidade do mercado tem feito com que muitas varejistas enfrentem dificuldades, decorrentes da conjuntura em alguns casos, e muitas vezes de problemas estratégicos que eram mascarados pelo vento a favor do mercado.
O terceiro grupo de empresas é aquelas das quais já desistimos. Elas continuam no mercado e apresentam um volume de vendas significativo, mas perderam o bonde da inovação e já passaram da fase de render manchetes nos jornais. Elas não são mais lembradas como sinônimo de categoria e dificilmente estão no topo da lista das lojas preferidas dos consumidores. Mas, como estão bem localizadas e ainda conseguem ser competitivas em preço, continuam gerando vendas. São práticas, convenientes, mas estão longe de ser apaixonantes.
Nos Estados Unidos, há 20 anos a Sears era sinônimo de loja de departamento e a Kmart, de varejo de descontos. Hoje tanto uma quanto a outra são apenas uma nota de rodapé no varejo do Tio Sam, embora juntas faturem mais de US$ 30 bilhões ao ano. Elas geram negócios, mas se tornaram irrelevantes.
Essas empresas são como zumbis: não estão mais vivas, mas também não morreram. Estão no caminho do esquecimento…
Aparentemente, é preciso errar muito para se tornar um zumbi no varejo, mas na realidade o caminho é simples: pare de inovar. Quem se preocupa em entregar ao consumidor apenas o que ele sabe que quer está em um excelente caminho para virar zumbi. Quem surpreende o cliente amplia suas chances de se manter relevante, interessante e apaixonante.
Vale para o varejo, vale para a vida.
http://onegociodovarejo.com.br/o-caminho-para-ser-irrelevante/
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