Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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di Francisca: carimbos no passaporte mostram viagens pelo mundo. Foto: Paula Neiva

O italiano Salvatore di Francisca, 79 anos, gosta de brincar que é um profissional em extinção. Alfaiate, foi iniciado no ofício aos 5 anos de idade, por ninguém menos que Saverio Dolce (pai de Domenico Dolce, fundador da grife Dolce&Gabbana), alfaiate dos mais conhecidos em sua cidade natal, a pequena Pollizzi Generosa, na Sicília. Naquele tempo, o final dos anos 1940, a arte de se costurar o terno perfeito era passada de uma geração para outra na praça da cidadezinha.

Com talento genuíno, Salvatore viajou o mundo desde cedo e amealhou, mesmo discreto, uma poderosa clientela, que inclui atores, esportistas, xeques árabes. Um deles, o lendário Omar Sharif, conheceu no Líbano, aos vinte e poucos anos. A parceria incluiu o figurino do filme Doutor Jivago, de 1965. Atualmente, ele assina os trajes de gala do Real Madrid e produz ternos exclusivos em seu ateliê, na Itália. “Não é qualquer um que consegue o caimento certo para jogadores de futebol. Eles têm coxas grossas e cintura fina”, diz, citando o craque português Cristiano Ronaldo, como exemplo. Ele veio ao Rio de Janeiro para tirar as medidas de clientes de uma das tradicionais lojas do ramo na cidade, a Alberto Gentleman, e levá-las à Itália para confeccionar os trajes. O preço do tesouro? Entre 6 000 e 20 000 reais.

♦ A pedido da coluna,  Salvatore deu algumas dicas sobre os homens mais elegantes do mundo e seus ternos:

-Mangas: “O último botão da manga deve permanecer aberto. É uma forma de mostrar que o terno é couture, feito a mão”

-Tamanho das meias: “Deixá-las aparecer é um crime. Por isso, as meias devem ser longas, chegando quase ao joelho”

-Cor das meias: “É desejável que sigam o mesmo tom dos sapatos”

-Gravata: “É uma questão de gosto, não tem muita regra”

-Paletó: “A moda agora é ter apenas dois botões. Apenas o primeiro deve ser abotoado”

Paula Neiva @pneiva no Insta; @gpsveja no Twitter

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Comentário de Antonio Silverio Paculdino Ferre em 23 maio 2013 às 16:29

Não se esquecer do Hermano em B.H. Continua na ativa e é ótimo!

Comentário de alfredo cardoso Neto em 20 maio 2013 às 21:20

Continuo, pois é pouca a abertura do linke. Falao de Teodoro, Lorival, Cidão....lembro que vieram do nordeste trazidos pelo meu pai Seu Cardoso ( o cara da Organização Cardoso) de São Caetano do Sul, que foi parar na Vougue Europeia. è um feito imenso. SENHORES ALFAIATES, ESPERO QUE SEUS CORTES PRIMEM PELA PERFEIÇÃO DO ACABAMENTO, DO CAIMENTO. Era a luta de meu pai, QUE NUNCA HAVIA PREGADO UM BOTÃO- COISAS DA VIDA..........

Comentário de alfredo cardoso Neto em 20 maio 2013 às 21:13

OI, vou continuar, mas a moda pegou e muitos homens começaram a usar a bolsa, capanga, pasta, para levar seus pertences. Meu pai dizia=  o homem deforma os paletos e calças, enfiando as mãos e coçando sei lá o que?? Isto foi eternizado na época, mas aqui rendo uma homenagem aos AFAIATES remanescente, esta é a gloria da perfeição. Nada supera um caimento do alfaiate, nada......então eu choro, são poucos.

Comentário de alfredo cardoso Neto em 20 maio 2013 às 21:06

Volto ao meu querido PAI(foi-se....jan.2010). Foi retratado na VOGUE(edição brasileira e europeia) , nos anos 60(acho 1962/64), que um alfaiate de São Caetano do Sul, havia projetado na costura masculina um terno sem BOLSO???Nome dado PERLATO.  Mas diz a lenda, ele inventou lá em 1960, que o homem deveria usar uma bolsa tal qual as mulheres, adivinhem o que aconteceu? Foi taxado de pederasta ( viado/gay - hoje)

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