Já concordei muitas vezes com o senador Pedro Taques (PDT-MT) e já discordei dele algumas outras. No geral, tem uma atuação correta e faz a defesa de boas causas. Decidiu lançar sua candidatura à Presidência do Senado, enfrentando o poderoso Renan Calheiros (PMDB-AL), que conta com o apoio do PT.
O que deve fazer a oposição, especialmente o PSDB?
A única coisa decente nesse caso: apoiar Taques. Ele vai perder? Claro que vai! Ainda que o custo seja a oposição ficar fora da Mesa, vale a pena correr esse risco? Acho que sim! Vamos ser claros: não há nada de substancial que se possa fazer tendo um carguinho ou outro na Mesa.
“Reinaldo agora decidiu ser poeta, renunciar ao realismo.” Não! É que há, já escrevi aqui, limites que não devem ser ultrapassados. Se a oposição quer começar a existir no Brasil, tem de emitir alguns sinais. Quais são eles?
Noto, mais uma vez, que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não se apresenta para o debate. Fica fora dessa também. “Esse Reinaldo é um bobalhão! Não sabe que um político precisa é de aliados para ser eleito presidente, não de adversários.” Pois é… Com efeito, Reinaldo acha que, sem estabelecer o terreno do inaceitável, não dá para saber o que é aceitável. O PT buscou, sim, aliar-se até com o capeta na construção da sua hegemonia, mas sempre deixou muito claro aos eleitores: “Com tucanos, não queremos conversa”.
Se o PSDB não quer definhar na irrelevância, tem de ter a coragem de assumir algumas posições. Dizer “não” a Renan não é uma questão de escolha; é um imperativo ético. Sim, estou convicto de que o PSDB fará a coisa errada. Isso ajuda a contar a história dos últimos 10 anos.
Por Reinaldo Azevedo
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