Varejista realizou mais de 20 compras estratégicas desde 2017, em setores como educação, marketing e mídia e entretenimento.
A recente trajetória do Magazine Luiza tornou a empresa uma máquina de aquisições em série. Para compreendê-la é preciso associá-la ao processo de transformação do varejo e seus modelos de negócio. Essa evolução, que teve grande aceleração desde a pandemia de covid-19, vem aumentando penetração, influência e impacto do mundo digital sobre o negócio. Também vem ampliando o domínio de marketplaces, tornando-os um dos pilares para evolução de modelos de negócio que se tornam plataformas e ecossistemas.
Os exemplos mais maduros de ecossistemas estão na China, onde empresas como Alibaba, Tencent, Jd.com e Suning escalaram modelos de negócio baseados em grandes bases de clientes e dados com elevada recorrência, tecnologia e logística proprietárias e integram varejo, e-commerce, marketplaces, serviços, mídia, entretenimento e pagamentos, com crescimento exponencial baseado em ativos de terceiros e aquisições/ investimentos estratégicos.
A realidade brasileira é atualmente de uma escalada na digitalização do varejo, aumento de penetração em todas as categorias e crescimento desproporcional dos marketplaces. Em 2020, 84% das vendas online no Brasil foram realizadas por empresas que operam marketplaces.
Quando uma empresa de varejo passa a ter o marketplace como sua principal avenida de crescimento, ela gradualmente torna-se uma empresa de serviços.
O Magazine Luiza já não pode mais ser definido como uma empresa de varejo, está se transformando em um ecossistema de negócios. Para acelerar o processo de mudança, sua estratégia tem como eixo importante as aquisições estratégicas, que podem ser divididas em dois grandes grupos: incorporação de negócios de varejo e marketplaces que ampliam base de clientes, recorrência e volume de vendas; e componentes que fortalecem infraestrutura, serviços, arquitetura, incorporam talentos e aceleram processos de inovação.
A empresa realizou mais de 20 aquisições estratégicas desde 2017, envolvendo negócios de varejo, e-commerce (Netshoes, Zattini, Shoestock, Estante Virtual, Época Cosméticos, tonolucro, aiqfome); serviços financeiros (Hub Fintech); logística (logbee, GLF, sinclog); infraestrutura e sistemas (HubSales, Integra Commerce, SoftBox, Stoq, Grand Chef, SmartHint, Vip Commerce, SmartHint); educação (ComSchool); marketing (inlocomedia), conteúdo, mídia e entretenimento (Steal the Look, Canaltech, Jovem Nerd).
As empresas adquiridas integram-se às plataformas de serviços Magalu Pagamentos, Magalupay, Magalu Ads, Magalu Entregas, Luizacred, Luizaseg, Consórcio Magalu, Parceiro Magalu, Maga+ e ao Luizalabs, centro nervoso de tecnologia e inovação da empresa.
O horizonte competitivo do Magalu será com outras plataformas e ecossistemas e seu valor de mercado alcança múltiplos de empresas de tecnologia e serviços.
Por Alberto Serrentino
* Fundador da Varese Retail. Consultor, palestrante internacional, autor e conselheiro de empresas
Fonte: Estadão
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