Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Oi despenca 11% com "golpe" da CVM nos minoritários; concorrente lidera alta

Oi despenca 11% com "golpe" da CVM nos minoritários;




 

SÃO PAULO - Em um dia de agitado noticiário corporativo, duas companhias de telecomunicação chamaram atenção do mercado - uma de forma positiva e outra negativa. Enquanto a TIM (TIMP3, R$ 11,68, +4,01%) liderou os ganhos do Ibovespa, a Oi (OIBR4) despencou e ficou com a maior queda desta quarta-feira (26). Entre os vencedores do dia, destaque também para os bancos, que em meio ao corte de rating e ao adiamento de julgamento do STF subiram mais de 2%. No geral, foram 6 das 72 ações do índice subindo mais de 2%, enquanto 7 papéis recuaram mais de 3%.

As ações preferenciais da Oi encerraram esta sessão com queda de 11,14%, a R$ 3,19. As ordinárias, que não fazem parte do Ibovespa, caíram 13,05%, a R$ 3,33 - mínimas desde julho do ano passado. Pesou para a companhia a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que os controladores da Oi poderão votar na assembleia que examinará o valor dos ativos da Portugal Telecom a serem aportados no aumento de capital da empresa brasileira. A autarquia também manteve a data da assembleia que discutirá o tema, marcada para amanhã.

Em relatório, a XP Investimentos apontou que, com o controlador votando, aumenta-se a chance da operação sair, lembrando que a empresa precisa do aumento de capital, devido ao elevado endividamento. Por outro lado, a Empiricus Research, que em dezembro convocou os minortários a formalizarem suas reclamações, lamentou a decisão e disse que esse foi "um dia triste para o mercado de capitais e a governança corporativa brasileira". Dentre os pontos negativos destacados pela Empiricus está a possibilidade de diluição na participação dos minoritários.

Com a notícia, a Amec (Associação de Investidores de Mercado de Capitais), associação formada por 63 investidores que respondem por R$ 500 bilhões, convocou uma reunião extraordinária de sua comissão técnica para estudar a deliberação da autarquia. "Diante da decisão da CVM sobre o caso Oi, que nos surpreendeu, e tendo em vista a relevância do tema, a Amec convoca uma reunião extraordinária de sua comissão técnica para estudar a decisão da autarquia", disse. A reunião será realizada no dia 4 de abril, às 16h30.

Petrobras e Vale encerraram sequência de altas

Duas das maiores companhias do Ibovespa, Petrobras (PETR3, R$ 13,78, -1,92%; PETR4, R$ 14,40, -0,55%) e Vale (VALE3, R$ 30,47, -1,14%; VALE5, R$ 27,50, -0,40%) encerraram suas sequências de alta nesta sessão. A Petrolífera já acumulava 6 dias seguidos de ganhos, enquanto a mineradora subiu 4 pregões consecutivos. No caso da mineradora, o noticiário agitado ainda trouxe volatilidade para os ativos, que chegaram a subir mais de 1%.

Ontem, o ministro Ari Pargendler, do STJ, seguiu o relator e votou de forma favorável à Vale no caso que discute a tributação dos lucros de controladas localizadas em países com os quais o Brasil tem tratado para evitar a bitributação. O caso, entretanto, foi suspenso por um pedido de vista do relator do caso, ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Até agora, o placar geral está em 2x1 a favor da companhia.

O processo julgado ontem voltou à pauta depois de a Vale incluir parte dos valores devidos no programa de parcelamento especial aberto pelo governo federal - o Refis das controladas e coligadas. De acordo com comunicado divulgado em novembro, foram incluídos no parcelamento as autuações fiscais lavradas entre os anos de 2003 e 2012. Naquele momento, a companhia se comprometeu a pagar R$ 22,3 bilhões à Receita Federal, dentre os quais R$ 5,96 bilhões à vista no fim de novembro e R$ 16,36 bilhões seriam parcelados em 179 meses, com correção pela Selic.

Fibria e Suzano seguem em queda

Pelo segundo dia seguido, os papéis das companhias de papel e celulose ficaram entre as maiores perdas do Ibovespa. As ações da Fibria (FIBR3) e da Suzano (SUZB5) recuaram 2,48% e 3,97%, respectivamente, a R$ 24,40 e R$ 8,22, mesmo com a recuperação do dólar nesta quarta - ambas são fortes exportadoreas. Nesta manhã, a agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou que o início de operação de algumas fábricas do setor devem pressionar os preços da celulose de fibra curta.

A Fitch disse que para compensar o aumento da produção, é fundamental que a China volte a acelerar o ritmo de compras de celulose importada e que fábricas antigas no hemisfério norte sejam fechadas.

Em relação ao impacto no balanço das companhias, a agência afirmou que diante desta expectativa de preços baixos, o fluxo de caixa livre das fabricantes deve ficar praticamente estável este ano. Além disso, ela alerta para que uma continuidade do enfraquecimento do fluxo até 2016 possa resultar em ações de rating negativas.

Gol decola após resultado

Já as ações da Gol (GOLL4) subiram 1,63%, cotadas a R$ 10,59, após ter atingido valorização de 4,13% na máxima do dia. O desempenho reflete o resultado do quarto trimestre, divulgado na véspera, que mostrou que a empresa sofreu o oitavo trimestre seguido de prejuízo líquido, mas conseguiu reduzir as perdas em 95,7%, indo de R$ 447,1 milhões para R$ 19,3 milhões.

Além da diminuição do resultado negativo, a companhia mostrou um forte desempenho operacional nos 3 últimos meses de 2013, o que agradou bastante os analistas. Para a equipe da Ativa Corretora, o balanço confirmou a capacidade da empresa de cumprir seu guidance, mostrando a destreza do management em entregar melhores resultados operacionais em meio a um cenário macroeconômico adverso.

Sabesp: nova mínima em Cantareira e emissão de dívida

Após subirem 3,24% no intraday, as ações da Sabesp (SBSP3) encerraram o pregão com queda de 0,56%, a R$ 19,64. Segue pesando para a empresa a falta de chuvas e a queda do nível dos reservatórios. Nesta quarta o volume do Sistema Cantareira voltou a renovar sua menor marca da história ao atingir 14,1% da capacidade. Além disso, durante a tarde, o superintendente de captação de recursos e relações com investidores da companhia, Mário de Arruda Sampaio, afirmou que a companhia pode realizar uma emissão local de dívidas ainda este ano.

Viver zera perdas após cair 10%

Fora do Ibovespa, chamou atenção as ações da Viver (VIVR3), que chegaram a recuar 10,0%, a R$ 0,18, depois da divulgação do resultado do quarto trimestre. A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 122,1 milhões no quarto trimestre, mas ainda menor do que o apresentado no mesmo período de 2012, de R$ 213 milhões. A receita líquida, por sua vez, subiu 1580%, indo de R$ 18,2 milhões para R$ 306,6 milhões. Em 2013, a receita totalizou R$ 518,8 milhões, crescimento de 102,7% ante o ano anterior, resultado da melhora no volume de vendas, com destaque para os imóveis concluídos, e redução dos distratos, informou a empresa. Apesar da queda mais cedo, as ações conseguiram encerrar o dia estáveis a R$ 0,20.

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