Posições ligadas ao marketing digital, com destaque para head of growth e analistas, são os postos mais requisitados desde 2020, segundo levantamento da Robert Half.
As mudanças de hábitos dos consumidores, a pulverização da mídia e os avanços tecnológicos já indicavam uma trilha rumo ao universo digital para empresas dos mais diversos segmentos. No entanto, o impacto da pandemia de Covid-19 acelerou a jornada de transformação digital das companhias.
Oferecer o produto ou serviço que o cliente quer, quando, como e onde ele desejar — e mesmo antecipar essa demanda — se tornou crucial para a sustentabilidade dos negócios num mercado em que se disputa tudo, de admiração e lembrança até preferência e engajamento.
Neste cenário, a área de marketing e seus profissionais estão sendo desafiados a adquirir novas capacidades e habilidades enquanto acompanham a evolução da tecnologia e do comportamento do consumidor. Não à toa, funções ligadas ao marketing digital conquistaram espaço nos organogramas de empresas de diversos portes e áreas de atuação — cada uma à sua medida.
Levantamento realizado com exclusividade para o Meio & Mensagem pela Robert Half, especializada em soluções de talentos e consultoria de negócios, identificou os cargos que tiveram maior demanda de 2020 para cá. As funções ligadas ao marketing digital, como growth, analista, customer experience (CX) e user experience (UX), se destacaram (veja a lista completa e o guia salarial abaixo).
“Todas as soluções que performam ou têm como meio de trabalho os canais digitais se tornaram fundamentais em todos os aspectos. Não estamos falando só em vendas, mas comunicação, atendimento ao cliente, formação de opinião, brand awareness, desenvolvimento de produto e posicionamento de marca. É como se o marketing se tornasse um canal de venda e a posição de head of growth é um símbolo dessa transformação”, analisa Leonardo Berto, gerente da Robert Half.
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Essa transformação, segundo Leonardo, fez com que o marketing parasse de olhar apenas de dentro para fora — como me comunico — e passasse a visualizar de fora para dentro também — indicadores dos objetivos estratégicos da empresa do ponto de vista financeiro, operacional e logístico.
“A gente tira o marketing da sala fechada de criação de ideias, das agências e do ecossistema de mídia e publicidade, e põe dentro da área um business partner de finanças para trabalhar no planejamento financeiro das campanhas e, naturalmente, ele se torna marqueteiro ou vice-versa. Colocamos vendas atuando diretamente na formulação dessas campanhas, não apenas olhando para venda do produto, mas como está interagindo com a marca e com os canais que considero estratégicos”, explica.
Outra posição de destaque na lista são os analistas de digital, em geral, como o de martech, o de marketing digital SEO, SEM e o de CX. Em algumas empresas, essa estrutura é completa. Em outras, não, e as funções são distribuídas entre os prestadores de serviço e dentro das agências. O fato é que o cenário ganhou em complexidade.
“Anterior ao período da pandemia, já tínhamos esse movimento de forma mais tímida. A transformação digital foi mais agressiva no varejo, e-commerce e no mercado financeiro. Mas já não temos apenas a figura do analista de marketing; é digital, SEO, SEM, mídias sociais, CX.”
O levantamento da Robert Half lista, ainda, o posto de analista de business intelligence (BI), que exemplifica bem o momento de mercado de executivos e departamentos atuando de forma multidisciplinar e integrada. “O BI está no marketing, em finanças, na TI. Já tem analista de BI presente em área de RH de empresa grande, por exemplo.”
Neste contexto, dados como pedido de compra, tentativas de compra, cliques, volume de vendas e de sell-in e sell-out subsidiam a tomada de decisão dos executivos de continuar investindo numa campanha, canal de mídia ou produto da forma como está sendo comunicado.
“O mundo digital trás essa transformação mais agressiva, porque dá indicadores de tudo. Desde quanto tempo permaneci na tua página, quantos cliques e, às vezes, estou perdendo a venda porque demora muito para chegar num processo final.”
Relativamente nova, a posição de analista de BI é difícil de ser preenchida, já que é uma carreira dis-putada com o universo de tecnologia. “Empresas querem caras de dados juntos da programação, juntos do desenvolvimento de produto. Qualquer CFO que você conversar quer ter um BI com ele; a área de logística também vai querer. É uma posição que representa essa transformação e pode vir de fora do marketing, mas também é muito desenvolvida a partir da pessoa que já atua no marketing e conhece os conceitos de uma campanha, por exemplo.”
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