Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em principio, a querida Gloria Khalil esta certa em seu recente artigo.

Mas, por exercício de futilidade, deixe-me defender o Satanás um pouco. Restrições alfandegárias não funcionam e não é a forma ideal de se ter uma economia mais vibrante. Também não se esqueçam, ainda exportamos mais do que importamos, no computo geral. Quando se tinha  restrições a importação aqui, fabricávamos carros-carroças, os industriais ( muitos) não se preocupavam em reinvestir no recurso humano e nas maquinas. Ao contrario era uma badalação continua e até pagavam caixinha para sair nas parasíticas colunas sociais, enfermidade endêmica na época. Lembro-me de um fabricante de maquinas no Brasil que fabricava o filatório mais caro do mundo e de tecnologia atrasada em relação ao país de origem. Seu marketing era desse modo: Na Europa filatório custava X. Para importar mais um custo Y de todo tamanho, quase 120%.  O fabricante nacional tinha um marketing simplístico de vender suas maquinas ao Brasil por X+Y - 8% a 10%. Aumentava a alíquota de importação, aumentava o preço dos filatório; abaixa a alíquota, preços caiam um pouco e o brasileiro pagava quase o dobro do original - e melhor maquina - em seu país de origem. Um dia caíram as alíquotas e ele fechou as portas.

Com isso quero dizer que também havia abusos internos quando a nossa cancela estava fechada. AGORA O CASO É DIFERENTE. O que o José Povinho (criação do PUDÊ) ainda não observou é que comprando da China  (O maior vilão atual) a nossa indústria vai "a la caca", o povo perde empregos e os que não perdem (e todos nossa) vamos pagar esta economia, comprando esses produtos “baratos” em INFLACAO. Daí os vilões são uns poucos: A IGNORANCIA econômica do povo; a falta de instrução cívica e de economia básica ao comprador e a burrice nossa em procura o APARENTEMENTE BARATO e o Gersismo dos industriais que quando protegidos "metem o pé na jaca" e forram os seus bolsos. Devera haver uma posição mediana entre importação e produção local que acabe por sinergizar a todos.  Não a reformas sem sacrifícios, e isto e fato imutável? Estaremos nós sacrificar um pouquinho para o nosso beneficio social, para o povo, para o futuro de nossos filhos e netos? E continuarmos o nosso “desmadre” e implorar passaportes em países oriundos de nossos avos, para sairmos para a Itália, Espanha, Alemanha ou Portugal? Afinal exemplo nós temos com os filhos do ex-presidente...

Concluindo, temos uma tarefa de orientar e educar os nossos compradores e produtores a serem PATRIOTAS NAS COMPRAS E NA PRODUCAO.

 

OS: Alguém já viu uma brochura ou artigo POPULAR, em linguagem tipo “Mobral”, simples, explicando ao povo isso?

Sam de Mattos, Jr.

 

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Comentário de Peter Spett em 23 fevereiro 2011 às 13:42

Sam , concordo contigo ; é reconfortante saber que temos pessoas como vc batalhando para mudar essa situação.

 

Comentário de Sam de Mattos em 23 fevereiro 2011 às 13:25

Peter: CONCORDO TOTALMETE com a sua posição quanto ao têxtil. Se você observar em blogs passados, tenho marretado nesta brita frequente e veementemente. O caso da China é DUMPING. É desleal. O caso de nossas comprar e : (1) Falta de educação econômica e cívica; (2) Falta de pulso para impor uma taxa de impostos aos MANUFATURADOS. Afinal, (já escrito) NOS TEMOS AS COMODIDADES. Chineses precisam de ferro, de carne, soja, de minérios de Petróleo e por ai vai. Nós podemos compar. Pagando um pouquinho mais, torneirinhas e roupas MADE IN BRAZIL - E SEM TRABALHO ESCRAVO. Só pagar um pouquinho mais - e acabar com a corja de desonestos, vigaristas, oportunistas Gersistas e fetichistas que assolam o Maranhão... Digo Brasília e o Brasil afora. SdM

OS- Indicadores mostram de a D. Dilma começa a apertar as glândulas reprodutivas do bode, nessa área. E torce cada mês mais.

Comentário de Peter Spett em 23 fevereiro 2011 às 13:00

Concordo em parte com os argumentos do Sr. De Mattos ; realmente a simples imposição de barreiras tarifárias sem critérios lógicos não é a solução para nossos problemas ; temos de estar abertos ao mercado internacional, queiramos ou não , sem o que vamos regredir decádas e nos acomodar, o que a médio e longo prazo acabará nos prejudicando de uma forma ou de outra como já vimos no passado.

Entretanto , tudo isto tem de ser analisado específica e cuidadosamente.

Na questão dos produtos texteis ( e outros ) provenientes da China a concorrencia é desleal : possuem um câmbio com paridade artificial , as condições de trabalho são precárias com pouqissimos direitos trabalhistas ( em alguns casos nenhum ) , subsídios de toda ordem , sub-faturamentos , etc..ou seja NÃO é uma Economia de Mercado ( apesar do nosso ex-presidente achar o contrário ).

Se temos de ´´brigar´´ que seja ao menos em condições justas, o que não é o caso.

Claro que temos de fazer a nossa ´´lição de casa´´ e acertar os ponteiros internamente ; ningém nega isso ; porém são medidas e efeitos de longo prazo ; Enquanto isto , nossa indústria vai ´´pro brejo´´ mesmo.

Para evitar este deselance fatal, temos de tomar medidas fortes e imediatas, inclusive com tarifas específicas para conter esta importação indiscriminada e predatória, notadamente nos produtos acabados : tecidos e vestuário.

Por outro lado a importação das matérias-primas , como fios e fibras,tem de ter um tratamento especial pois são a base de nossa indústria e nos permitem o acesso a produtos de qualidade , diferenciados, a preços internacionais, para podermos competir tanto interna como externamente.

Quanto ao patriotismo, é algo a ser debatido ; o consumidor em qualquer parte do mundo almeja comprar o melhor pelo menor preço ; cabe a nós atende-lo. 

Comentário de HANS JURGEN BRAEMER em 23 fevereiro 2011 às 12:40
GRANDE SAM !!! FALOU E DISSE !!! NADA A ACRESCENTAR.

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