Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Os jovens que estão nas ruas não têm nada a ver com a UNE e o PT

REYNALDO ROCHA

“O mais tolo de todos os erros ocorre quando jovens inteligentes acreditam perder a originalidade ao reconhecer a verdade já reconhecida por outros.” (Goethe).

Qual a característica marcante de um jovem? Certamente a inconformidade. Que se traduz na crítica (por vezes ácida), pelo desejo de lutar (mesmo que por vezes por caminhos irreais) e na iconoclastia (mesmo que alguns ídolos sejam até jovens).

Nada afronta mais o que Nelson Rodrigues chamava ─ ironicamente ─ de “um mal que se cura com a idade” do que a venda de valores, a adesão a poderosos e a idolatria a quem os usam como sangue novo em velhos zumbis.

Vampiros preferem o sangue dos jovens. Pagam por eles, segundo a literatura de terror. E a vida, por vezes, imita a ficção.

A “vampirização” de Dilma e asseclas é tão evidente que, ao menos isso, os jovens deveriam “reconhecer a verdade já reconhecida por outros”, como dizia Goethe. Até por que alguns dos não jovens já foram vampirizados por outros. Em passado não muito distante.

A UNEA (Apud Augusto Nunes ─ União Nacional dos Estudantes Amestrados), que se mantinha calada e escondida, deu as caras. Com ela a Juventude do PT, UBES, Marcha das Vadias, etc.

Todos com bandeiras debruçadas na mesa de reunião. E com o sorriso dos rendidos adorando Dilma, Gilbertinho e Mercadante.

Cordatos, contentes e comprados. A esperar um “observatório!” que, pelo que li, será na WEB. Um fórum de discussão nascido, controlado e direcionado pelo Governo!

No mundo todo os jovens usam a WEB para exigir direitos e para exercer a inconformidade. No lulopetismo, serão monitorados. E estão contentes com isto.

Os artífices desta aberração terão sucesso? Não creio.

Esse tipo de delírio fez com que o PT acreditasse na popularidade de 115% de Dilma e Lula, imaginasse que o “povo” seria acionado quando e como quisesse, não entendesse a voz das ruas e continuasse a crer que os comprados são a maioria. Não são.

Será que os marqueteiros do Planalto (auxiliados pelas duas maiores nulidades da história política do Brasil, o senador da irrevogabilidade revogável e da compra de dossiês com a marca de Amauri Jr. e o outro ─ o carola do capeta ─ que tem que explicar até homicídio!) não entenderam nada?

Os jovens se sentem agredidos pelos que dizem representá-los. E os não tão jovens se sentem ofendidos pela jogada de perna-de-pau, que além de inócua é imoral.

Eu tenho contato com jovens. Muitos discordam de mim. Mas não conheço ─ no mundo real ─ NENHUM que aceite ser tijolo no muro que o PT pretende construir no Brasil.

O PT continua a acreditar nisso. Não existem mais Ibiúna, a imbecilidade do guerrilheiro da espingardinha de rolha, o eterno covarde José Dirceu. O que existe é uma organização que vende carteirinhas de estudantes e recebe dinheiro do governo. São “estudantes” com mais de 30 anos.

Os jovens que foram às ruas não se emporcalham. Não se vendem. Não desejam um emprego estatal em troca de uma fidelidade de hiena. Não enxergam o futuro pelos atalhos. Não perderam a vergonha.

Eles são originais mesmo quando ─ e principalmente ─ analisam o passado e a experiência anterior. E os questionam.

Os aderentes (os modess do PT) não reconhecem a verdade.

Preferem idolatrar a mentira do Brasil Maravilha que foi desconstruído nas ruas. Buscam reconstruir um muro de Brasília, já que o de Berlim é impossível. Eles ─ os dóceis jovens que perderam a juventude aos 20 anos ─ terão tempo para mudar. Não sei se terão dignidade para tanto.

Por hoje, valem a vergonha e rendição incondicional em uma mesa de reunião com um governo que saca do talão de cheques quando precisa ter apoio. Dos jovens. Ou os que se dizem jovens.

Até esta herança maldita o PT nos legou.

Não, juventude não é isto. Pode ser qualquer outra coisa, menos a idade onde os sonhos são extravasados e transformados em bandeiras de luta.

Nunca em panos de chão da Era da Mediocridade.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/secao/feira-livre/

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