Fonte : DC Newsletter - Diário do Comércio
"Hoje estamos movimentando só 10% das cargas que tínhamos há dois anos" diz Vivaldo Mason Filho, diretor-geral da Estação Aduaneira do Interior de São José do Rio Preto. |
O aumento do volume de importações que vem caracterizando a balança comercial brasileira traz mais um problema de ineficiência e sobrecarga ao Porto de Santos: os terminais portuários passaram a funcionar também como locais de armazenamento de cargas, diminuindo o espaço para a operação e a fiscalização e alongando o tempo de desembaraço das mercadorias. Essa foi a discussão principal da reunião de ontem do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), realizada na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Para Vivaldo Mason Filho, diretor-geral da Estação Aduaneira do Interior (Eadi) de São José do Rio Preto, a situação no Porto de Santos se torna uma concorrência nociva ao seu negócio de depósito alfandegado fora do porto que tem entre suas funções a armazenagem da mercadoria do importador, com vantagens para a velocidade de entrada de cargas no País. "Hoje estamos movimentando só 10% das cargas que tínhamos há dois anos" disse ele. Também o gerente de Novos Negócios da Eadi Aurora, de Sorocaba, Massimo Franco, disse que a situação no Porto de Santos deturpa o objetivo para os quais as Eadis foram criadas, na década de 1980. "Os portos secos estão aí para ajudar. A função principal do terminal portuário de Santos é movimentar cargas e não armazená-las. Os terminais estão tentando abraçar as cargas o máximo que puderem, prejudicando a importação." Além disso, argumentaram os executivos das Eadis, os importadores, com a demora da saída de cargas dos terminais em Santos, acabam pagando taxas indevidas pelo período de estadia e sendo direcionados para armazenagem nos terminais retroportuários secundários, sobrecarregando, de uma maneira ou de outra, a estrutura do Porto. "As Eadis hoje funcionam mais para as cargas aéreas e rodoviárias" disse Mason. Essa situação de sobrecarga dos terminais, que prejudica, segundo os participantes da reunião de ontem, a própria fiscalização aduaneira, por falta de espaço para o fiscal se movimentar, é mais um item da necessidade de entendimento entre os diversos entes que atuam na logística do Porto – postura defendida nas reuniões do Comus. "As lentidões subtraem a competitividade do comércio" ponderou o coordenador-executivo do Comus, José Cândido Senna. |
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