Para analistas, alta da Selic e recuo do PIB são
destaques em relatório Focus
Por InfoMoney
SÃO PAULO – Parece ser consenso no mercado de que os destaques desta edição do Boletim Focus, referente terceira semana de julho, foram o recuo do PIB (Produto Interno Bruto) e o aumento da Selic para 2012.
Segundo os analistas da Rosenberg & Associados, o que sobressaiu foi a alta Selic para 2012, que subiu 0,13 pontos percentuais, ficando em 12,63%.
“Esse aumento reforça a hipótese que o mercado já prevê uma alta maior de juros para este ano, podendo encerrar 2011 com uma Selic de 13%”.
Essa também é a visão do analista Fabio Combat, da Concórdia ao apontar
que “o mercado parece entender que o Copom (Comitê de Política Monetária)deverá promover mais dois aumentos, 0,25 pontos percentuais na taxa Selic em 2011: um na reunião de julho e outro aumento no encontro de agosto.”
Combat acredita que estes aumentos aconteçam levando-se em consideração a baixa ociosidade da mão de obra no mercado de trabalho doméstico, que tende a manter a pressão sobre os preços até o final do ano.
“Como destacamos há quatro semanas, deve-se considerar ainda a concentração de renegociações salariais no segundo semestre do ano, além da regra de reajuste do salário mínimo, com base na inflação acumulada, que impactará o mercado de trabalho em 2012”, explica.
Por fim, o analista da Concórdia acredita que o Banco Central prossiga
em sua política gradual de aperto monetário, com o objetivo de ancorar as expectativas de inflação para 2012, o que pode implicar uma Selic maior no próximo ano.
Crescimento da economia
Em relação ao PIB, que teve sua projeção estável em 3,94% e cuja mediana para 2012 foi para 4%, parece que o mercado ainda não vê com clareza expectativas para o produto interno bruto. Segundo o analista da Concórdia, esta manutenção sinaliza que o mercado ainda aguarda os dados sobre a atividade no segundo trimestre antes de reavaliar a projeção de crescimento para o ano.
“Nas próximas leituras do Focus, a mediana das projeções para 2011 deve
continuar oscilando em torno de 3,9%”, explica Combat que mantém a projeção de
crescimento de 3,7% em 2011, apresentado pela Concórdia desde janeiro
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