Open Finance foi destaque do Masterminds, em SP. Para economista, tendência de dados abertos é decorrência dos processos de inovação.
No que se refere ao mercado financeiro, o Brasil é um exemplo internacional graças ao avançado uso de tecnologia, muitas vezes bastante sofisticada, e ao ambiente regulatório desafiador e o cenário competitivo dinâmico. E o Open Finance, sistema que permite o compartilhamento de dados dos usuários entre bancos, seguradoras e startups, entre outros atores do sistema, é um dos mais avançados no mundo, fornecendo bases para uma evolução ainda maior.
Essa defesa foi feita por Carlo Enrico, presidente da Mastercard para a América Latina e o Caribe, na abertura do Masterminds, evento realizado pela empresa de pagamentos nessa terça (27) em São Paulo, capital. “O Brasil é benchmarking internacional e não sei se vocês percebem”, disse o executivo aos presentes. “Essa é a beleza do Brasil, e isso que preenche o espaço para o crescimento.”
Mais do que revelar a importância do mercado brasileira para a Mastercard, o evento também serviu para discutir o potencial das finanças abertas para os parceiros de negócio da empresa – e também para a bancarização da população brasileira. Atualmente o portfólio da companhia no País não se restringe a operar a conhecida bandeira de cartão de crédito, explicou Thomas Camargo, vice-presidente de Open Finance da Mastercard no Brasil.
Há produtos de conexão ao Open Finance, de padronização de dados financeiros e de verificação de potenciais tomadores de empréstimo. No contexto de dados abertos e se conhecendo os clientes a fundo, diz o executivo, é possível conceder crédito com mais segurança, além de preços e taxas de juros mais adequadas.
“E temos a solução de consultoria estratégica para ajudar organizações a criar essa jornada e definir em que papel querem jogar no Open Banking”, explicou Camargo.
Em participação no evento da Mastercard, Amanda Graciano, economista e sócia da Fisher Venture Builder, ressaltou que a própria lógica da inovação surgida com o movimento da transformação digital, e a emersão das startups, exige que as empresas de todos os segmentos sejam mais abertas. A colaboração como premissa pede mais transparência entre os negócios, ressaltou.
“Nossas operações e jeito de fazer estão cada vez mais expostas. Não faço juízo de valor sobre se isso é bom ou ruim, mas é a realidade. Essa é a cara do futuro, o jeito que o mundo já mudou e precisamos aprender a lidar com essas variáveis”, ponderou a especialista. “O mundo é 100% ‘open’ agora, não só em ‘finance’.”
Camargo lembrou que as possibilidades dessa abertura no mundo financeiro, por meio do conjunto de práticas que compõe o Open Finance, é a possibilidade de os consumidores autorizarem o uso de seus dados entre instituições. Para a Mastercard, ecoando opinião corrente em boa parte do mercado, isso é um impulsionador de inclusão financeira.
“A gente fala muito de cidadania financeira. Enquanto mulher negra esse é um tema recorrente. Ter cidadania financeira é incluir as pessoas no mundo do consumo”, lembrou Amanda. Para ela, quando o Open Finance alcança outras empresas para além dos grandes bancos, e a partir do momento em que esses dados transitam em um sistema unificado, se “facilita a inclusão” e se evita que os relacionamentos entre pessoas físicas e jurídicas comecem sempre do zero.
“Quando de fato conseguirmos implementar a cidadania financeira, as pessoas vão ter acesso a outros mecanismos que vão permitir a elas chegarem a outras ‘curvas S’”, disse a economista, referindo-se ao gráfico famoso no setor de inovação e que se refere ao ciclo de vida de uma inovação incremental. “É incluir mais gente no jogo.”
Marcelo Gimenes Vieira
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