Estudantes do SESI compartilham experiências de como a robótica foi a porta de entrada para ingressarem em universidades fora do país.
Giovanna Tomazeto, 18 anos, Pedro Otávio Nascimento, 19 anos, e Gustavo Foz, 17 anos, vão fazer parte dos mais de 16 mil estudantes brasileiros matriculados em universidades dos Estados Unidos. Os dados são do Open Doors, um relatório divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano e pelo Instituto Internacional de Educação (IIE).
Os jovens são ex-estudantes do Serviço Social da Indústria (SESI) e ex-competidores da robótica. O caçula, Gustavo, estudava no SESI Ourinhos (SP) e fez parte da equipe de FIRST® LEGO® League Challenge (FLLC) Robotics School durante quatro anos. Já Pedro, era competidor da categoria de FIRST® Tech Challenge (FTC), desde 2020, quando ingressou na 17739 Alpha Technology, time da Firjan SENAI SESI de Jacarepaguá (RJ). E tem também a representante da FIRST® Robotics Competition (FRC), Giovanna. A jovem começou sua trajetória na equipe SESI Heroes, de FLLC, e depois foi para o time 7563 Megazord, ambas do SESI de Jundiaí.
Três histórias diferentes com um destino em comum: universidades norte-americanas. Como tudo começou? Vem, que eu te conto agora!
Robótica: a fábrica de sonhos! 🤩
O que acontece na robótica não fica na robótica! Por trás das competições, os estudantes traçam metas de vida e concretizam sonhos. Foi o que aconteceu com Pedro. Vindo de escola pública, ao ingressar no SESI com uma bolsa integral, ele conheceu a robótica. A tecnologia, que sempre despertou sua curiosidade e interesse, começou a fazer parte da rotina dele quando entrou para a 17739 Alpha Technology.
Lá, o seu destino começou a ser traçado. Responsável por programar e arrecadar recursos financeiros para a equipe. Pedro percebeu que suas funções nos torneios poderiam ser sua profissão no futuro. Foi aí que ele decidiu se dedicar ainda mais aos estudos e à robótica para conseguir estudar no exterior.
“Sempre foi um desejo genuíno estudar fora do país. Sempre pesquisei, mas era um sonho muito distante, nunca tinha idealizado de forma tão concreta, até a robótica abrir essa possibilidade para mim”, conta.
Desempenhando uma função bem diferente de programador, Gustavo tinha a missão de desenvolver um projeto de pesquisa inovador para o time com base nos temas da temporada, que são lançados a cada ano.
Não foi diferente para Gustavo. Da mesma forma que a robótica foi o pontapé inicial para Pedro, o ex-competidor da FLLC conta que os torneios foram transformadores em sua vida.
“Se não fosse pela robótica e pelo tanto que ela transformou a minha vida, me fazendo ter outras experiências, melhorando o meu inglês e me incentivando a ter um melhor desempenho acadêmico, definitivamente eu não teria essa mesma oportunidade de estudar fora do país”, declara.
O bichinho da robótica também picou a nossa mecânica de robô, Giovanna. Desde os 13 anos ela tinha interesse em fazer parte desse mundo. “Sempre gostei muito de aprender coisas novas e sabia que ali era o meu lugar”.
Trabalhando na parte de mecânica da equipe, ela percebeu que a engenharia era a profissão que gostaria de desempenhar no futuro.
“A área de engenharia me encantava, mas durante a minha trajetória na robótica pude entrar em contato com ciência e tecnologia, o que me fez criar mais interesse. Por isso, acredito que esse curso se encaixa exatamente comigo”, conta empolgada.
Mas, de qual curso ela está falando? Qual oportunidade fora do país Gustavo conseguiu? E Pedro? Realizou o seu sonho de estudar tecnologia e economia? Calma, guardei a melhor parte para o final...
🛫 Embarque: robótica → Desembarque: EUA
O que a robótica deu para os três? Primeiro as damas! Gi vai cursar Engenharia Aeroespacial na Arizona State University, com bolsa de estudos do programa “Passaporte para o futuro” do SESI São Paulo.
O processo de inscrição para é feito pela Fundação Estudar Fora. Os alunos precisam enviar à instituição informações extracurriculares, prêmios, redação, vídeo e testes de inglês e lógica. A fundação então analisa cada perfil e seleciona alguns estudantes para a segunda fase, que consiste em uma entrevista em inglês. Foram apenas 20 selecionados em 2023. Um deles foi Giovanna.
“Tenho expectativas muito altas. Acredito que diversas oportunidades se abrirão para mim, principalmente na área profissional. Estudar nos Estados Unidos me trará muito conhecimento e habilidades, em especial por conta da tecnologia e da forma de ensino. Um sonho realizado”, declara.
Pedro vai ser o primeiro da família a ter acesso à faculdade. Filho de mãe manicure e pai contador, o incentivo à educação sempre foi dado pelos pais, principalmente por não terem recursos financeiros para pagar ensino particular ao jovem. Resultado: bolsa integral para o curso de Ciências da Computação e Economia na University of Richmond, em Virgínia. Pode apostar que dona Evaneide e seu Otávio estão muito orgulhosos de você, Pedro! 🤩
E por fim, Penn State, universidade estadual da Pensilvânia é o destino final de Gustavo. Ele conquistou uma vaga para o curso de Ciências da Computação. “Tenho certeza de que será uma experiência muito transformadora, não vejo a hora de poder ter aulas na área que escolhi e em uma das melhores universidades do mundo”.
Os três robotiquers embarcam em agosto.
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