O presidente do Ciesp e da Fiesp apresentou os dados das pesquisas sobre a terceirização e se disse surpreso com os resultados
Bernadete de Aquino, Agência Indusnet Fiesp
Em coletiva de imprensa, Paulo Skaf defende regulamentação do trabalho terceirizado. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Paulo Skaf, presidente do Centro e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp e Fiesp), apresentou pesquisa do Instituto GPP com 800 trabalhadores que mostra que 83,8% apoiam o projeto que regulamenta a terceirização.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (6/4), Skaf afirmou que a terceirização é sinônimo de especialização e explicou que a aprovação do PL não tira nenhum benefício da classe trabalhadora. “Ela representa segurança jurídica para as empresas, e pode, representar no futuro a geração de 700 mil empregos/ano em São Paulo e mais de 3 milhões no Brasil. Isto faz bem para o Brasil, faz bem para os trabalhadores, para as pessoas e para as empresas”.
Ao ser questionado sobre as críticas de centrais sindicais à aprovação do PL, o líder empresarial destacou o resultado das pesquisas que indicam aprovação da terceirização tanto por empresas quanto por trabalhadores. “Quando você tem 80% dos trabalhadores a favor, você não pode falar que o trabalhador está contra. Quando você tem 90% das empresas de acordo, não pode falar que a empresa está contra”.
Ao final da coletiva com a imprensa, Skaf anunciou que estará em Brasília nesta terça-feira (7/4) para acompanhar a votação do PL 4330, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes.
Pesquisas
As pesquisas foram encomendadas pelas entidades Ciesp e Fiesp, uma junto a 800 trabalhadores e outra com 235 indústrias de diferentes portes e segmentos.
Com os trabalhadores o objetivo da pesquisa era saber o grau de conhecimento que eles têm em relação a terceirização, se eles prestam serviço direto ou são terceirizados e se a regulamentação da lei trará benefícios.
Já para as indústrias, o objetivo era saber o volume de utilização de trabalho terceirizado se apoiam a aprovação da regulamentação, se a empresa já teve problemas jurídicos com o uso do trabalho terceirizado e se a regulamentação reverterá em aumento de empregos.
Para as duas pesquisas os dados foram coletados entre os dias 1, 2 e 3 de abril.
Com os trabalhadores:
- 83,8% dos entrevistados acham que a lei é positiva;
- Entre os terceirizados a aprovação da lei chega a 90,8%;
- 83,5% dos entrevistados acreditam que a lei vai beneficiar o trabalhador;
- 77,7% dos entrevistados acham que a lei vai beneficiar as empresas;
- 79,8% acreditam que a lei vai gerar novos empregos;
- 81,2 % não veem aspectos negativos na lei, entre os terceirizados — 89,3% não veem aspectos negativos.
Com as indústrias:
A utilização de serviços terceirizados pela indústria paulista é bastante disseminada, alcançando 73,2% das empresas que participaram da pesquisa e chegando a 91,0% entre as empresas de grande porte.
No entanto, a pesquisa mostra que a insegurança jurídica devido à falta de legislação específica é o principal motivo responsável para que algumas indústrias deixassem de utilizar serviços terceirizados. Além disso, mais da metade (56,8%) das empresas que utilizam ou deixaram de utilizar serviços terceirizados já receberam reclamações trabalhistas de empregados terceirizados.
Em relação ao projeto de lei, a maioria das empresas (92,1%) é a favor da regulamentação da prestação de serviços terceirizados. Do total de empresas, 41,3% afirmaram que a redução da insegurança jurídica decorrente da regulamentação as levaria a aumentar ou a passar a utilizar serviços terceirizados.
Atualmente, a mão de obra terceirizada ocupada na indústria paulista é de cerca de 300 mil empregados. Com a redução da insegurança jurídica proporcionada pela regulamentação da utilização de serviços terceirizados, este número poderia aumentar liquidamente em 44%, ou seja, poderiam ser criados 132 mil novos empregos na terceirizados na indústria de transformação paulista.
http://www.fiesp.com.br/noticias/paulo-skaf-afirma-que-a-lei-da-ter...
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