O primeiro insight trazido pela pesquisa da PwC sinaliza que a expectativa em relação ao ano de 2022 é bem positiva. Para 83% dos líderes de empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações de todo o mundo, haverá uma aceleração da economia e dos negócios em 2022. Considerando apenas os CEOs brasileiros, o percentual de otimismo em relação à melhora da economia foi de 77%.
Entre os líderes pesquisados, apenas 10%, em âmbito global, apostam em uma desaceleração dos negócios em 2021. Já 7% vislumbram um ano estável em termos de negócios. Já entre os CEO’s brasileiros, 6% acreditam que 2022 será um ano de estabilidade enquanto 17% apostam em uma desaceleração.
Na visão da PwC, há uma explicação para esse otimismo dos líderes das empresas de mídia, tecnologia e comunicações. “As empresas de tecnologia, de forma geral, estão caminhando a passos largos, fazendo disrupções e fomentando o crescimento de outras indústrias. Por conta disso, e diante das inovações que se projetam no segmento, como o 5G, as perspectivas desse setor parecem estar mais controladas e melhores, na visão desses CEO’s”, explica Ricardo Queiroz, sócio da PwC Brasil.
Desafios em ESG
Uma parte desse estudo da PwC foi dedicada a avaliar o posicionamento desses CEOs a respeito das ações de cunho ambiental, social e de governança de suas empresas (ESG), algo que vem ganhando mais espaço nas estratégias de negócios das companhias. O que foi observado, de forma geral, é que há, ainda, uma diferença em relação a como esses pilares são tratados internamente em comparações com outras variáveis de negócios.
Entre os líderes de empresas de tecnologia, mídia e telecomunicações que participaram da pesquisa, no mundo, 71% dizem que as métricas de satisfação do cliente, por exemplo, fazem parte de suas estratégias corporativas de longo prazo. E para 50% desses líderes, as métricas de satisfação dos clientes estão diretamente atreladas aos bônus e remuneração que os executivos da empresa ganham.
Quando se olha para os pilares de ESG, no entanto, não existe essa mesma relação. Apenas 20% dos líderes mundiais, por exemplo, dizem que suas empresas têm como estratégia de longo prazo a redução da emissão de gases de efeito estufa. Apenas 7% desses líderes dizem que essas metas de menor emissão de carbono estão atreladas à bonificação e remuneração.
No Brasil, 42% dos líderes declaram que a melhoria dos indicadores de gênero em suas empresas são uma estratégia de longo prazo. Apenas 12%, no entanto, têm essa meta atrelada à sua bonificação. Já em relação à melhoria da representação de raça e etnia, 36% dos líderes do Brasil afirmam que essa questão é uma meta empresarial de longo prazo. Somente 8% deles, no entanto, têm esses índices atrelados à sua remuneração.
Isso pode representar uma oportunidade de qualificação desses pilares de ESG para as empresas de mídia, tecnologia e telecomunicações, de acordo com a PwC. “As estratégias de ESG ainda geram pouco impacto em quem executa as estratégias, que ainda não estão atreladas à bonificação ou remuneração. Esse é um ponto importante para as empresas prestarem atenção, sobretudo para a atração de novos talentos. As gerações mais jovens têm uma forte conexão com as questões de ESG e tendem a dar prioridade às empresas que trabalham esses assuntos de forma mais estratégica”, diz Queiroz.
Bárbara Sacchitiello
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