Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Contribuir cotidianamente com ideias para melhorar o desempenho do negócio deveria fazer parte das atividades de todos os colaboradores de uma empresa.

Mas boa parte das companhias parece precisar oferecer prêmios e estímulos adicionais para que isso ocorra, fazendo esse tipo de atividade algo “extra”.

Participei recentemente, da “Competição Lean” de uma empresa de eletrônica, cujo objetivo era reconhecer os melhores projetos lean para a agregação de valor aos clientes.
Foram apresentados trabalhos que reduziram em quase uma centena de milhões de reais os custos nas fábricas e nos escritórios, com projetos definidos de acordo com as necessidades fundamentais do negócio.

Os participantes dos grupos envolvidos nesses projetos receberam prêmios como vídeo games, viagens, celulares, laptops etc. Foram também premiados os colaboradores mais ativos na participação direta e no suporte aos grupos.

Pelos comentários do presidente e do diretor de operações nos dias da competição sobre cada uma das apresentações, foi possível perceber claramente como esses projetos estavam vinculados às principais prioridades da empresa. Além disso, eles próprios demonstraram ter um conhecimento profundo do que estava sendo apresentado.

A preocupação com o yokoten - a disseminação rápida dos aprendizados e melhorias para outras áreas, de modo a espalhar rapidamente as melhores práticas a outros setores - também esteve presente em todas as apresentações.

Os participantes pareciam estar bastante energizados e entusiasmados. Mesmo porque, o ambiente competitivo da empresa é muito desafiador. Pressões dos clientes, grandes empresas do setor de eletrônica, por reduções de preços, ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos, exigindo flexibilidade e estratégias de investimento adequadas, preços diminuindo ao mesmo tempo em que produtos têm maior complexidade e inovações.

Tanto é que a orientação central da empresa passada aos grupos foi “dobrar o bom, cortar o ruim pela metade com o dobro da velocidade”.

Apesar de todos esses méritos, confesso que sempre fui muito cético com esse tipo de “competição”. É importante enfatizar uma vez mais que o envolvimento das pessoas em sugerir e implementar melhorias deve fazer parte do dia a dia de todos na empresa. E tão importante quanto a conquista de resultados imediatos dessas atividades, é a contribuição para a formação de pessoas, estimulando o seu pensamento e aumentando o conhecimento.

Claro que uma competição como essa estimula o trabalho em equipe. Mas também poderia colocar “equipe contra equipe”. E tirar o foco das reais necessidades e prioridades da empresa. Isso pode ser evitado se a liderança tiver a postura e o foco corretos de centralizar os esforços naquilo que importa aos clientes, e não em uma disputa entre grupos dentro da empresa. O inimigo a ser combatido é o desperdício.

A criação de uma cultura de melhoria permanente que significa envolver todos os colaboradores, todos os dias, na busca de melhorias, tende a ser um processo demorado. Mas uma competição desse tipo pode ajudar a acelerar.

Um dos participantes da competição, colaborador na produção, resumiu muito bem isso em sua apresentação: “Pequenas ideias e grande dedicação constroem resultados excepcionais”.

Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2012/04/peq...

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