Por Redação
O modo de encarar a vida; de viver e por consequência de consumir, principalmente de ir às compras no supermercado – seja de maneira presencial ou online – mudou após a pandemia de COVID-19. Em busca de dar um panorama sobre o comportamento do consumidor, bem como o tipo de compra realizada, as categorias mais buscadas no abastecimento online, as marcas mais procuradas, entre outros aspectos relevantes ao consumo no canal supermercado na internet, estudo que já está em sua 3ª edição e é realizado com exclusividade pela APAS e a Shopper Experience mostra a evolução das compras via e-commerce nos últimos três anos.
Um dos destaques da pesquisa é a tendência positiva para crescimento do abastecimento contínuo através dos canais online. “Em 2020, 16% dos consumidores faziam compras online em supermercados. Em 2022, 5 entre 10 consumidores já utilizam o e-commerce para comprar. Este aumento, mesmo tendo sido impactado pela pandemia, o canal tem alta probabilidade de crescimento futuro, pois 30% dos entrevistados que ainda não compram online, tem intenção de realizar seu abastecimento através do e-commerce”, afirma Valéria Rodrigues, CEO e sócia da Shopper Experience.
Uma mudança importante detectada no comportamento do consumidor do supermercado diz respeito ao tipo de compra realizada. Nos últimos anos às compras de emergência vem se destacando em relação ao abastecimento mensal e de reposição. Esse hábito segue refletido e influenciando diretamente o crescimento das vendas do varejo de maneira online.
O estudo apontou as categorias que mais se destacam nas compras, e o primeiro lugar ficou com os produtos voltados para higiene pessoal e beleza. Na segunda colocação se destaca materiais de limpeza; seguido por frutas, legumes e verduras; depois carnes, aves e peixes; aparecendo depois alimentos básicos; padarias, pães e bolos, entre outros itens. “Três entre cada dez consumidores ainda evitam fazer a compra de perecíveis pelo e-commerce. Para incrementar as vendas desta cesta, a estratégia que deve ser adotada pelo supermercado é considerar a garantia de escolha dos melhores produtos, seja pelo frescor e qualidade, além de condições de embalagem e transporte adequadas”, alerta Valéria, da Shopper.
Outro ponto que se destaca no estudo diz respeito ao valor mensal gasto pelos brasileiros nas compras online. De acordo com a pesquisa, a média das compras fica em 1.074 reais. O estudo apontou que mais da metade dos entrevistados costumam realizar compras online de supermercado, sendo que os maiores aumentos de consumo no canal online ocorreram na classe C e junto ao público mais jovem. “Em linhas gerais, a pesquisa apontou um e-commerce mais democrático, pois mesmo nas classes econômicas de menor poder aquisitivo, comprar online no supermercado passou de 10% em 2020 para 52% em 2022”, ressalta Valéria.
Outro dado importante se refere ao share ou valor gasto nas compras online por parte dos consumidores. A pesquisa mostra que o e-commerce, além de contar com novos consumidores, também vem conquistando uma parcela maior dos gastos das famílias. Em 2020 o share gastos nas lojas online era de 27%, enquanto o valor gasto nas lojas físicas era de 73%. Em 2022 esse percentual aumentou para 38% contra 62% nas lojas físicas.
Outro ponto importante apontado pela pesquisa diz respeito aos canais utilizados para realizar as compras online. A página do supermercado foi a mais utilizada pelos entrevistados, seguida pelos aplicativos de entrega (IFood/Rappi); página dos hipermercados; em seguida atacado e atacarejos; depois lojas de departamentos; mercados de bairro e supermercados online.
Entre os sites ou apps mais usados para as compras, o aplicativo IFood aparece em primeiro lugar nos últimos três anos pesquisados. Um ponto de alerta está nas compras realizadas diretamente no site do supermercado. Em 2020 e 2021 o canal ocupou a segunda posição, passando para o terceiro lugar em 2022, sendo ultrapassado pelo site das Americanas. Em seguida aparece o Rappi, Supermercado Now, entre outros. “A pesquisa mostrou que o consumidor faz o uso de diversas plataformas. Isto significa que ele é multiplataforma, pois utiliza sites dos supermercados e apps de entrega simultaneamente. Os marketplaces já são utilizados por 1/3 dos compradores online”, analisa Valéria. Os pontos negativos de se fazer compras online também foram apontados no estudo. A “preferência de ir à loja física e escolher os produtos” foi o fator mais apontado pelos entrevistados, seguido pelo “gosto de passear pelo supermercado e ver novidades”. Em terceiro lugar aparece não quero pagar frete para entrega; seguido pelo “acho os produtos mais caros na compra online”, entre outros.
Fonte: SuperVarejo
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