SÃO PAULO - O mês de abril inicia agitado no mercado brasileiro, que ainda tem como destaque os desdobramentos das denúncias envolvendo a Petrobras (PETR3; PETR4). A comissão interna criada pela estatal para averiguar denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da empresa, envolvendo a empresa SBM Offshore, não encontrou evidências de pagamento de propina, disse a Petrobras na última segunda-feira em anúncio pago publicado na imprensa.
A comissão "concluiu que, baseada nos trabalhos realizados e restrita a sua competência regulamentar, não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras", disse a companhia na nota. A investigação foi feita em um mês. A apuração se deu em menor tempo que a feita pela própria empresa holandesa, que investiga o caso há dois anos.
Ainda sobre a empresa, uma reportagem do Valor apontou que o vice-presidente da República, Michel Temer, disse que o ministro Guido Mantega lhe revelou que um parecer da vantagem econômica da compra de Pasadena foi dado pelo Citibank na época. Em entrevista ao jornal, ele disse desestimular assinaturas ao requerimento da CPI da Petrobras, no PMDB, com o argumento de que o Ministério Público, a Polícia Federal e a empresa já investigam tudo. O Citibank, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não comentaria a declaração.
Além disso, a Petrobras informou na véspera a produção de petróleo do mês de fevereiro. A produção no Brasil subiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, apesar de algumas paradas de produção temporárias em plataformas da Bacia de Campos, informou a estatal. Em fevereiro, a produção de petróleo exclusiva da Petrobras atingiu 1,923 milhão de barris por dia, em média. Incluindo a parcela operada para as empresas parceiras, a produção de petróleo, no Brasil, chegou a 2,021 milhões barris de óleo equivalente dia (bopd), 1,2 por cento acima do volume de janeiro, de 1,997 milhão.
Segundo a XP Investimentos, a produção ainda não demonstrou crescimento, mas isso já era esperado pelo mercado. A companhia havia informado que o primeiro trimestre não apresentaria um bom crescimento, devido a paradas de produção, novas plataformas que entraram em produção e não atingiram capacidade produtiva total, disseram os analistas.
Prumo mudará de ticker
Já a Prumo Logística, antiga LLX (LLXL3), que após quase quatro meses com o novo nome anunciou que a partir de sexta-feira (4) passará a ser negociada sob o ticker PRML3. Já o ticker no mercado de balcão americano ainda não será alterado.
Em setembro de 2013, a LLX anunciou que deixaria o grupo EBX, de Eike Batista, passando a ser do fundo EIG através de um investimento de R$ 1,3 bilhão. O aumento de capital foi concluído no início de dezembro, com a participação de Eike sendo diluída para 21%.
A Prumo não é aúnica do Grupo EBX que alterou de nome. A MPX Energia passou a se chamar Eneva (ENEV3) em setembro do ano passado, enquanto a OGX Petróleo (OGXP3) passou a se chamar Óleo e Gás Participações, mas ainda mantém o mesmo ticker. Já a OSX Brasil (OSXB3), a MMX mineração (MMXM3) e a CCX Carvão (CCXC3) ainda mantêm seus nomes e tickers inalterados.
Cemig: reajuste nas tarifas de energia e parceria na Bacia do São Francisco
Segundo a Cemig (CMIG4), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) teria sinalizado que irá acatar seu pedido de reajuste a partir de 8 de abril em 29,74% as suas tarifas de energia. De acordo com o LCA Consultores, se confirmada a notícia, o impacto no IPCA neste ano será de 9 pontos base.
Além disso, a empresa negocia parceria com duas empresas norte-americanas para a exploração de quatro blocos na Bacia do São Francisco, disse o gerente do mercado investidor da companhia, Stefano Vivenza, na segunda-feira. O nome das empresas não foi revelado pelo executivo. Ele adiantou apenas que elas têm experiência em exploração e produção de gás não convencional.
"Estamos conhecendo o reservatório e até agosto teremos informações mais claras", disse ele em evento no Rio de Janeiro.
Acionistas da Cielo aprovam aumento de capital
Os acionistas da Cielo (CIEL3) aprovaram por maioria, conforme relatórios entregues e depositados na companhia, o aumento do capital social dos atuais R$ 1 bilhão para R$ 2 bilhões, ou seja, um aumento de R$ 1 bilhão, mediante a capitalização de recursos disponíveis na reserva de orçamento de capital, com a emissão de 786.115.469 novas ações ordinárias, na proporção de 1 nova ação para cada 1 ação de que forem titulares na posição final do dia 31 de março, sendo que a partir de 1° de abril, inclusive, as ações de emissão da companhia serão negociadas na BM&FBOVESPA "ex direito" à bonificação.
Eletrobras aprova incorporação de subsidiária
Já a Eletrobras (ELET3; ELET6), informou nesta noite que foi aprovada em assembleia geral extraordinária a incorporação da subsidiária integral SPE Estação Transmissora de Energia S.A. - Eletronorte. Segundo o comunicado, a Eletronorte é uma sociedade anônima de capital fechado, da qual a Eletrobras detém 99,48%, e cuja atividade principal é geração e transmissão de energia elétrica, estando a incorporação da empresa em compatibilidade com o desenvolvimento de seu objeto social.
Synthos e Braskem fecham acordo de US$ 1,5 bi
A polonesa Synthos, uma das maiores fabricantes europeias de borracha sintética ESBR e poliestireno expandido (EPS), e a Braskem (BRKM5) firmaram um acordo de longo prazo para fornecimento da matéria-prima butadieno, avaliado em cerca de US$ 1,5 bilhão. O insumo da Braskem deve abastecer uma fábrica de borracha sintética que a Synthos planeja erguer no Polo Petroquímico de Triunfo (RS).
Oi conclui transferência de ações
A Oi (OIBR4) informou que concluiu, nesta data, por meio de suas controladas Telemar Norte Leste e BRT Serviços de Internet, a transferência para a SBA Torres Brasil Ltda. de ações representativas de 100% do capital social de sociedade por elas controlada, detentora de 2.007 torres de telecomunicações originárias das operações de telefonia móvel, em contrapartida ao recebimento do valor total de R$ 1,525 bilhão.
JBS realiza emissão de notes
A JBS (JBSS3) realizou emissão de US$ 750 milhões em notas, com vencimento em 2024 e cupom de 7,25%. A liquidação está prevista para ser concluída em 3 de Abril de 2014. Os bônus foram colocados com retorno ao investidor de 7,25%, abaixo dos 7,50% ofertados inicialmente, e que a emissão foi coordenada pelo Bradesco BBI, Itaú BBA, JPMorgan e Santander. Segundo a XP, o alto endividamento de JBS chama atenção.
A JBS terminou o ano com alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 3,7 vezes, considerando todo o débito da Seara e apenas um trimestre de Ebitda. No trimestre anterior, a alavancagem da JBS havia ficado em 4,03 vezes. Ainda consideramos elevado, mas a emissão feita parece mostrar a disposição do mercado (demanda de 6x a oferta) em financiar o projeto de médio longo prazo da empresa após a aquisição da Seara. Os analistas classificam como boa a taxa obtida pelo JBS e que permite a empresa alongar seu perfil de dívida, desafogando o fluxo de caixa de curto prazo.
Arezzo aprova programa de recompra de ações
O conselho de administração da Arezzo (ARZZ3) aprovou a abertura de um programa de recompra de ações de emissão da companhia, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento.
De acordo com o comunicado, o objetivo do programa é negociar com ações ordinárias da empresa para manutenção em tesouraria ou posterior cancelamento. Em prazo de até 365 dias serão adquiridas até 4.231.560 de ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal, o que representa 10% do total de papéis em circulação no mercado.
CTEEP vai pagar dividendos
A CTEEP, ou Transmissão Paulista (TRPL4) anunciou o pagamento de R$ 30.000.134,78 em dividendos aos seus acionistas, valor que corresponde a R$ 0,196514 por ação de ambas as espécies. O pagamento será feito com base na posição acionária da companhia em 1 de abril, com as ações ficando ex-dividendos no dia 2 de abril. O pagamento deve ser realizado em 31 de julho de 2014.
(Com Reuters)
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