Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Petroquímica: Brasileira vai investir US$ 60 milhões para dobrar fábrica Têxtil da Carolina do Norte

 

 

A Companhia Providência, empresa paranaense de não-tecidos para descartáveis higiênicos e médicos, inaugurou sua primeira fábrica fora do país com planos de dobrar de tamanho. A unidade tem capacidade para 20 mil toneladas por ano e recebeu investimentos de US$ 80 milhões. Uma segunda linha de produção, orçada em US$ 60 milhões, vai começar a ser construída e deverá ficar pronta no segundo semestre de 2012.

Coube a Bev Perdue, governadora do estado americano da Carolina do Norte, onde fica a subsidiária, anunciar a expansão aos convidados para a inauguração. Ela disse que era "um grande dia", mesmas palavras usadas pelo prefeito de Statesville, Costi Kutteh, sobre a geração de empregos no local. Além da máquina que está funcionando e da que seerguida em breve, o terreno comporta mais duas unidades e elas vão depender da demanda, que tem crescido principalmente pelo consumo de fraldas, para sair do papel. A expectativa é de que 11 clientes antes atendidos pelo Brasil aumentem os volumes de compra nos Estados Unidos. Outros quatro foram conquistados recentemente e há mais contratos em negociação a intenção é chegar a 26 até o fim do ano.

A presea e entusiasmo das autoridades americanas têm razão de ser. A Carolina do Norte teve um histórico importante na indústria têxtil, mas foi atropelada pela concorrência chinesa e viu o desemprego crescer (estava em 9,8% em dezembro). O segmento de não-tecidos absorveu parte do encolhimento e foi em Statesville, município com 23 mil habitantes, que a Providência colocou sua unidade mais moderna e deu seu primeiro passo rumo à internacionalização. "Mesmo com a exportação de parte da produção do Brasil, éramos vistos pelos grandes clientes como líder regional. Agora, somos globais", explica Hermínio de Freitas, presidente da empresa.

A cerimônia, com bandeiras e música brasileira no repertório, levou os acionistas para a fábrica, entre eles o ex-ministro Antonio Kandir, do Governaa & Gestão, que tem 19% das ações, além de filhos do empresário Nenê Constantino (do fundo Asas, dono de 18,3%), e representantes do Pine Bridge (ex- AIG, 19%) e Banco Espírito Santo (9,5%). "É uma mudaa de patamar", resume Kandir. Quando ele e um grupo de investidores compraram a Providência da família fundadora, em 2007, a empresa fazia 55 mil toneladas de não-tecidos por ano. Hoje, faz 70 mil toneladas em São José dos Pinhais (PR), 10 mil em Pouso Alegre (MG), terá capacidade para 40 mil toneladas em Statesville e está prestes a definir a localização de outra fábrica no Brasil. De acordo com o diretor financeiro, Eduardo Feldmann Costa, alguns Estados estão na disputa pelo investimento, entre eles Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A escolha da Carolina do Norte para duas unidades foi motivada pela presea de clientes, distantes no máximo 24 horas para entrega por caminhão, pelo fornecimento de matéria-prima (polipropileno) por via férrea e também pela experiência de Freitas, que morou na região nos anos 90, quando trabalhou na construção de uma unidade da agora concorrente Fitesa. Vinte anos depois, ele chamou um ex-colega americano para ajudar na implantação da fábrica, Gene Konczal, que ganhou o cargo de gerente geral da subsidiária. Do Brasil foram enviadas duas pessoas para a equipe, entre eles Fernando Kruger, gerente de engenharia e manutenção.

A fábrica americana tem 56 empregados e ganhará mais 28 com a expansão. Oito trabalharam em concorrentes, como Brian Chapman, técnico de extrusão, que diz estar feliz em uma empresa brasileira. "Foi uma oportunidade para mim e para minha família", conta, pelo fato de estar mais perto de casa e ganhando mais. Não muito distante de Statesville estão a israelense Avgol, a americana PGI e a Fitesa Fiberweb, resultado da união da empresa brasileira, com a inglesa. No caso da última, as duas concorrentes estão mais próximas do que no Brasil. São 200 quilômetros de Statesville até Simpsonville, onde a Fiberweb possui uma linha de produção e vai construir outra. a distância entre os endereços brasileiros de São José dos Pinhais e Gravataí (RS) é de 700 quilômetros.

Sobre os custos da operação americana, Freitas explicou que, embora os salários sejam mais altos, os encargos e benefícios são menores. A empresa conseguiu também benefícios e financiamentos para instalar a unidade. A máquina foi financiada pelo HSBC com garantia da agência alede fomento à exportação Euler Hermes. Para a construção do prédio, foi beneficiada pelo Recovery Zone Bond, incentivo criado no governo do presidente Barack Obama para projetos de investimento, com juros baixos e prazo de 20 anos para pagar.

FONTE: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noti...
A repórter viajou a convite da empresa

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