Além disso, o presidente afirmou que há espaço para os países ampliarem a cooperação nas áreas de pesquisa, inovação e sustentabilidade, para desenvolver produtos e processos capazes de aumentar a eficiência das empresas e de reduzir as emissões de gases de efeito estufa das cadeias de suprimentos.
Manter o Brasil como protagonista de energia limpa é meta do governo
Convidado para a abertura do encontro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que uma das principais metas da pasta é estruturar políticas para manter o Brasil como protagonista mundial de energia limpa, avançando na reindustrialização do país e criando emprego e renda. “Vamos nos tornar celeiro da energia limpa e renovável, e acreditamos que o Japão pode ser um parceiro nesse caminho”, disse o ministro.
Representando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o secretário-executivo da pasta, Márcio Elias Rosa, reforçou que o Japão tem sido decisivo para o desenvolvimento do Brasil e afirmou que a parceria pode ser fortalecida neste momento produtivo histórico que o país vive. O secretário lembrou que neoindustrialização passa por agendas de sustentabilidade e que o Brasil já caminha nesse sentido.
“O Japão será, porque assim anunciou, a sociedade do hidrogênio, provavelmente em 2050. E o Brasil também quer ser a sociedade do hidrogênio”, disse o representante do MDIC.
Para japoneses, descarbonização e energia limpa são temas urgentes
O embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, também destacou a descarbonização e energia limpa como tema urgente para toda a humanidade. Segundo o representante japonês, o governo acredita que é um momento importante para combater a mudança climática e que o Brasil tem grande potencial nesta área. “O fomento de investimento verde é uma discussão bastante ativa nesse sentido. O estado de Minas Gerais é um dos locais no qual o Japão está interessado”, disse.
Em participação remota no evento, o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, enfatizou o interesse no estreitamento de laços comerciais com o Brasil em diversas áreas, incluindo a de economia verde, principalmente diante do cenário econômico mundial com o conflito na Ucrânia. “Para viabilizarmos as várias iniciativas, a participação das nossas empresas será essencial”, avaliou Hayashi.
Evento reuniu autoridades governamentais e representantes da indústria
A 24ª Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão foi realizada no Centro Cultural Sesi Minas, em Belo Horizonte (MG), como iniciativa da CNI e da Federação Empresarial do Japão (Keidanren), com apoio da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
Participaram do encontro, ainda, o presidente da FIEB e presidente eleito da CNI, Ricardo Alban; o embaixador e diretor do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do Ministério das Relações Exteriores, Alex Giacomelli; o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; o embaixador do Brasil no Japão, Octávio Côrtes (remoto); o presidente da Seção Brasileira no Cebraj e CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo; o presidente da Seção Japonesa no Cebraj e Diretor-Executivo da Mitsui, Tatsuo Yasunaga; o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe; e o presidente da Apex, Jorge Viana; além de representantes da indústria dos dois países.
Painéis abordaram cenário político, prioridades para a indústria e comércio
A plenária do Cebraj contou com painéis de discussões de temas prioritários para o avanço da parceria estratégica entre as economias brasileira e japonesa. Além de debates sobre o comércio e diversificação de cadeias globais de valor, representantes da indústria dos países falaram sobre o panorama econômico e as prioridades para o setor produtivo.
Integrante do painel sobre panorama econômico, o gerente-executivo de economia da CNI, Mário Sérgio Telles, reforçou a importância de pautas como a Reforma Tributária para melhorar a economia e o ambiente de negócios e a competitividade do país. “Um país mais competitivo pode ser base para mais exportações. Por exemplo, exportamos mais commodities porque nosso sistema tributário faz isso. Essa mudança abre uma perspectiva muito boa”, afirmou.
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