Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Preocupação da indústria com juros é a maior desde 2016

Preocupação das empresas com taxa de juros é a maior desde 2016, aponta Sondagem Industrial - Agência de Notícias da Indústria

Os três problemas que mais tiraram o sono do empresariado brasileiro, no segundo trimestre deste ano, foram: a falta ou o alto custo das matérias-primas, assinalado por 52,8% das empresas; elevada carga tributária, lembrada por 30,9%; e a alta taxa de juros, registrado por 24,3% dos respondentes. Os dados são da Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que consultou 1.853 empresas, sendo 730 pequeno porte, 660 médio porte e 463 de grande porte, entre 1° e 11 de julho de 2022. 

No entanto, as menções sobre dificuldades de acesso a insumos têm caído, ao mesmo tempo que sobe a preocupação com a alta das taxas de juros. O problema teve um aumento nas assinalações neste trimestre de 3,5 pontos percentuais. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o percentual aumentou 16,7 pontos e se tornou o maior desde o quarto trimestre de 2016, quando foi assinalado por 27,9% dos respondentes. 

“Essa percepção por parte dos empresários permanece relacionada ao cenário econômico do país, a medida que o Banco Central continua fazendo reajustes consecutivos na taxa Selic para combater a inflação. A taxa básica de juros vem sendo elevada desde março de 2021 e, desde dezembro, a taxa real se encontra em patamar que inibe a atividade econômica”, explica o gerente e Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. 

As queixas sobre a elevada carga tributária estão praticamente estáveis com uma alta de 0,5 ponto no segundo trimestre em relação a janeiro e março deste ano. A demanda interna insuficiente, a taxa de câmbio e o alto custo de energia também dificultou a produção entre abril e maio deste ano. 

Indústria apresenta estabilidade da produção e alta do emprego - A produção industrial permaneceu estável em junho de 2022, após um mês de crescimento elevado. O índice de evolução da produção registrou 50,1 pontos, muito próximo a linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção apresentou estabilidade frente ao mês anterior. Em maio, o índice havia ficado em 53,6 pontos. 

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) manteve-se em 70% entre maio e junho de 2022. O percentual de junho de 2022 supera o percentual médio dos meses de junho desde o início da série mensal, em 2011, que é de 67,8%. 

Estoques seguem inferiores ao planejado - O índice de evolução do nível de estoques foi de 49 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica uma queda dos estoques em relação ao mês anterior. E o índice de estoque efetivo em relação ao planejado registrou resultado semelhante ao de maio, passando de 49,1 pontos para 49,2 pontos. Ao permanecer abaixo dos 50 pontos, o índice mostra que os estoques seguem inferiores ao planejado pelos empresários. 

Expectativas mais otimistas em julho - Todos os índices de expectativa de julho de 2022 relevam perspectivas positivas do empresário industrial. Os índices relativos às expectativas de demanda, quantidade exportada e compras de matérias-primas mostram, inclusive, perspectivas mais favoráveis que as de junho.

O índice de expectativa de demanda para julho de 2022 alcançou 59,6 pontos, maior valor desde setembro de 2021. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 0,5 ponto.

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