Mulheres de Vila Canoas, em São Conrado, produzem peças a partir de tecidos reutilizados.
A equipe do projeto
O objetivo 5 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as meninas e mulheres.
Uma iniciativa que começou como um curso de corte e costura está transformando a vida das moradoras de Vila Canoas, em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro.
O Canoas de Pano, projeto que envolve a produção de peças a partir de tecidos reutilizados, ensina as mulheres da comunidade a confeccionar bolsas, mochilas, roupas e acessórios.
O projeto criou sua própria marca, a Canoa da Vila, cujas peças são vendidas em feiras de artesanato pelo Rio de Janeiro. O lucro obtido é revertido para complementar a renda das costureiras.
– É uma coisa linda. Você recicla, faz tanta coisa com o que era para ir para o lixo e ainda ganha dinheiro com isso. Eu fico muito feliz – disse a costureira Luzia Maria Nascimento ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Arcos produzidos pelas mulheres
O projeto surgiu em 2014, a partir de uma ideia do instrutor de costura e modelagem Felipe Cunha de Oliveira. Após terminar a faculdade de design de moda e sem conseguir encontrar um emprego na área, Felipe decidiu começar um projeto para não esquecer o que aprendeu.
– Não era justo eu pegar essas máquinas, usar da comunidade, e não dar nenhum retorno. Eu não fiz sozinho esse curso, eu vim só com a ideia e com a parte teórica. Todo o material foi doado pela associação de moradores e pelos amigos da comunidade – lembra Felipe.
Após alguns meses de aula, a Enactus, organização universitária internacional que tem por objetivo inspirar estudantes a partir de ações empreendedoras, se uniu à iniciativa. Os universitários participantes do projeto começaram a dar aulas de empreendedorismo, criando a marca Canoa da Vila.
– O empreendedorismo possibilita a gente a sonhar e isso é muito bom, principalmente para quem nunca teve oportunidade. Ele possibilita a gente ser o que a gente quer ser – afirma Letícia Fernandes, do Enactus.
O objetivo é não só estimular o desenvolvimento social por meio da complementação de renda, mas também a sustentabilidade, transformando tecidos doados em novos produtos. Em 2015, a iniciativa ficou em terceiro lugar em um prêmio de empoderamento feminino.
A psicóloga e artesã Lucia Ferreira da Silva, 53 anos, é a responsável pela venda das bolsas. Moradora de Vila Canoas desde 1999, o projeto, para ela, vai além da produção das peças.
– Não é apenas confeccionar bolsas, aqui a gente acaba conversando de tudo, falando um pouquinho de tudo, como foi o dia, como está a nossa cabeça – conta Lucia.
Para entrar em contato ou realizar doações ao Canoa da Vila, acesse a página oficial do projeto, no Facebook.
https://pleno.news/brasil/cidades/projeto-incentiva-moradoras-de-co...
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