A conturbada disputa eleitoral em 2014 para a presidência da República e o atual momento econômico de instabilidade, abriram alguns precedentes de incertezas sobre o futuro do Brasil. Como o nosso país deve caminhar neste ano que começa? Chamamos dois especialistas com opiniões distintas para responderem essa pergunta no Contraponto da edição 28 da revista Administradores. Confira abaixo:
A considerar o cenário traçado no período pré-eleitoral, segundo o qual uma tragédia sem precedentes arrasaria o Brasil, sou otimista. Há muitos desafios, no entanto, acredito que há uma distância considerável entre um cenário que requer atenção e cuidados e um cenário catastrófico. O ano de 2015 apresentará inúmeros desafios. A inflação, puxada fortemente pela demanda por serviços, está no teto da meta. O desemprego, ainda que apresente os índices mais baixos já verificados, deve aumentar levemente em função do desaquecimento do Produto Interno Bruto (PIB). Os aspectos positivos, porém, começaram a aparecer no segundo dia útil pós-divulgação dos resultados do pleito. O BC elevou a Selic para 11,25% ao ano. A elevação de 25 pontos-base é suficiente para sinalizar ao mercado que a volta da inflação não será tolerada.
Nos primeiros discursos, a presidente Dilma se mostrou mais propensa ao diálogo, ponto que não vinha recebendo a devida atenção. No que tange à equipe econômica, espera-se a divulgação de medidas que promoverão a retomada do crescimento já no próximo ano. Certamente, não há previsão de crescimento do PIB de forma mais consistente, mas acredito no início de uma retomada. Os desafios não são pequenos. Isso parece claro. Também parece claro que uma hecatombe não ocorrerá dessa vez.
Eduardo Bassin, economista pela UFRRJ, pós-graduado em Marketing, MBA em Mercado Financeiro. Atuou no ABN Amro Bank, Contax, Cultura Inglesa, FAB - Força Aérea Brasileira, Itambé, Marbo Logística, Martins Atacadista,Oi, Telemar, Tri Banco e Vulcan. Eduardo Bassin também tem passagem pelo Banerj e pela IFF - International Flavours & Fragances.
O cenário econômico de 2015 não é dos mais animadores para os empreendedores brasileiros. Em 2014, após dois trimestres seguidos de queda do PIB, entramos em recessão técnica, ocasionada, especialmente, pelo recuo dos investimentos e dos resultados desanimadores da indústria. Com a bolsa de valores em queda e a alta do dólar, o principal desafio do governo para o novo ano será retomar a confiança dos empresários para continuarem investindo no país, especialmente daqueles que dirigem as pequenas e médias empresas, que já estão sentindo os reflexos negativos em suas atividades.
Após um ano atípico, com realização de Copa do Mundo e eleições, sem falar nos índices de inflação acima do teto, as PMEs se preparam para um ano em que a situação deve perdurar, já que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para um crescimento de apenas 1,4% do PIB, abaixo da maioria dos países da América do Sul e dos Brics. Apesar de a situação não ter sido exatamente uma surpresa para os empreendedores, a verdade é que poucas empresas se prepararam para esse momento, acreditando que o Brasil permaneceria, de certa forma, alheio aos efeitos da crise. Agora, a saída diante das previsões pessimistas para muitos empresários tem sido o investimento em inovação - em todas as áreas -, tanto para conseguir permanecer no mercado, quanto para estar um passo à frente da concorrência.
Cristina Panella, sócia e diretora geral da Cristina Panella Planejamento e Pesquisa, marca do Grupo Attitude S.A. Doutora em Sociologia pela EHESS - École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e especialista em Metodologias de Pesquisa. É professora convidada da ECA – USP e lecionou na FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado, no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, além do INPG - Instituto Nacional de Pós-Graduação.
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