Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|portugaltextil.com|

A China será uma terra de oportunidades e panaceia para os problemas da comunidade global de negócios ou uma bomba-relógio económica, pronta para detonar a frágil recuperação internacional e promover uma segunda crise?

dummy
Qual o rumo do dragão chinês?

 Uma coisa parece certa: a China é hoje um pilar nos planos de crescimento de muitos dos maiores grupos de bens de consumo e retalhistas. Em meados de Janeiro, o Carrefour divulgou que o seu ano foi impulsionado pelo crescimento sólido na América Latina e Ásia, com as vendas a crescerem 12,5% na China no último trimestre. O recente desempenho decepcionante da Tesco na época natalícia no Reino Unido foi, em parte, abafado por um crescimento a nível internacional, onde a China foi novamente salientada de forma positiva. A M&S também continua a abrir lojas no país.

A Burberry, especializada em produtos de luxo, viu as suas vendas comparáveis crescerem 30% na China no último trimestre e capitalizou ainda mais a procura com a abertura de uma nova loja em Pequim.

Os gigantes Nike e Adidas também aumentaram as suas ambições para a China nos últimos anos, estimulados por novas oportunidades de marketing nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Efectivamente, a Adidas está a planear abrir 2.500 novas lojas na China nos próximos três anos como parte do seu plano de negócios “Route 2015”.

A China é já a segunda maior economia do mundo e as autoridades chinesas divulgaram que a economia do país cresceu 10,3% em 2010, marcando o ritmo anual mais rápido desde o início da crise global. Segundo as estimativas, a China poderá ultrapassar os EUA, tornando-se na maior economia do mundo por volta de 2030.

Mas enquanto o Ocidente luta para conseguir dar um passo que seja no sentido do crescimento, o receio na China é o de estar perto do sobreaquecimento, especialmente em relação à inflação, que estava em torno dos 4,6%, e ao boom do crédito, que o governo parece estar a tentar diminuir.

Até mesmo o Goldman Sachs, durante muito tempo um apoiante feroz das perspectivas da China e dos BRIC, adoptou uma perspectiva mais sombria. Tim Moe, estratega do banco para a Ásia-Pacífico, disse que, «para ser franco, poderemos ter mantido demasiado tempo uma posição forte na China no ano passado. Decidimos, por uma questão táctica, reduzir o nosso peso. A Ásia não está na melhor parte do ciclo. O quadro a longo prazo da Ásia superar os EUA está em pausa».

Para já, a aposta contra a continuação do bom desempenho da China ainda precisa de ser comprovada e espera-se que a enorme população da China continue a aumentar a procura. Os números do crescimento no quarto trimestre contrariaram as expectativas de um abrandamento, passando de 9,6% para 9,8%. E a inflação cedeu um pouco, para 4,6% em Dezembro, de um máximo de 28 meses de 5,1% no mês anterior. A inflação para o ano inteiro de 2010 foi de 3,3%.

Mas os menos optimistas argumentam que quanto mais adiada for a queda da China, maior poderá ser. E embora as taxas de inflação estejam abaixo das do ano passado, ainda estão perto de máximos históricos e bem acima de um valor saudável. A ironia é que, embora os níveis de crescimento divulgados possam ser saudados por todos aqueles actualmente à procura de ganhos de curto prazo no mercado, eles podem, finalmente, convencer as autoridades chinesas que agora é a hora de fazer um esforço determinado para arrefecer a economia. A alternativa a uma expansão do crédito e ao crescimento acentuado e descontrolado da inflação pode ser bem mais desagradável.


 

Exibições: 121

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Comentário de Gustavo Pereira dos Santos em 3 março 2011 às 17:13

A China se tornou um mercado cobiçado por todos ,graças ao crescimento economico de muitos anos seguidos promovido por sua capacidade de produção.

Isto fez com que mais trabalhadores tivessem renda proveniente de seu trabalho e assim pudessem gastar mais em compras.

Logo os grandes varejistas se interessaram pelo mercado devido ao seu tamanho e começaram a se instalar lá para vender e não mais só para fabricar.Sendo assim eles agora investem capital na fabricação, mas recebem muito mais comercializando seus produtos que podem até ser fabricados lá mas com uma marca respeitada por todos.Este é um dos segredos da moda.Visitem www.segredosdamoda.com.br e conheçam outros segredos.  

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço