Fonte:|administradores.com.br|
Carlos Cruz
Um dos pré-requisitos para muitas empresas na contratação de um profissional é a experiência que ele acumulou na sua área de atuação ou até mesmo em sua vida como um todo. Mas afinal de contas, como definimos se uma pessoa é experiente o suficiente para ocupar uma posição e alcançar os resultados esperados? O que conta nesse caso: o tempo de experiência, o conhecimento adquirido, as empresas pelas quais passou? Ou será que o potencial de adquirir experiência também conta?
Para analisar esse conceito, é imprescindível, antes de tudo, eliminar qualquer tipo de preconceito, que pode estar relacionado à aparência, idade ou origem de um indivíduo. Falo isso porque, nem sempre um profissional alinhado, de terno e gravata, com uma boa comunicação e 15 anos de experiência numa multinacional vai gerar os resultados esperados. Da mesma forma que, muitas vezes, um jovem de 25 ou 27 anos, apesar do pouco tempo de atuação no mercado de trabalho, já possa ter adquirido a experiência necessária para assumir tal função.
Experiência é bem diferente de tempo de experiência, ou seja, experiência é o quanto se aprende com o que se vive. Existem pessoas que passam anos fazendo a mesma coisa, enquanto outras realizaram durante o mesmo período, mais atividades, conhecendo culturas diferentes e empregando seus talentos estrategicamente para fazer a diferença por meio do aprendizado diário. Obviamente, o tempo de experiência pode ser um facilitador, mas como as mudanças ocorrem em um ritmo cada vez mais acelerado, a capacidade de aprender e se adequar a essas transformações passa a ser mais importante que os conhecimentos do passado, que nos servirão apenas como base e referência.
Em 2008, o Serviço Social da Indústria (SESI), publicou uma pesquisa que divulga o novo perfil do industriário no Brasil, para esse estudo foram avaliados os setores de alimentos, construção civil, têxtil, vestuário, metalúrgica, madeira e mobiliário, químico, petróleo e calçados. Trabalhar em equipe, ser flexível, dominar o processo produtivo da empresa e estar aberto a mudanças no ambiente de trabalho, foram os pontos mais relevantes necessários para a formação do profissional do futuro.
A sua capacidade de se adequar será vital para adquirir experiência, por isso, esteja atento às tendências hoje, para ser um dia, a partir do conhecimento que você obteve, aquele que dita as regras. O desafio é usar a experiência, explorar as oportunidades no presente para aprender incessantemente com o foco em resultados.
Não se prenda na idéia de que o tempo necessariamente trará a experiência. Com apenas 19 anos, Bill Gates com a ajuda de Paul Allen fundaram a Microsoft, hoje a maior empresa de softwares do mundo. Nesse empreendimento, Gates demonstrou não só conhecimentos técnicos e científicos extraordinários, mas também visão de futuro e uma estratégia para fazer do negócio uma fonte de lucro extraordinária. Essas características, portanto, não são privilégio apenas daqueles que possuem mais tempo de vida, mas sim dos que atuam de forma pró-ativa e são caçadores de oportunidades.
Para concluir, anote os passos para utilizar a sua experiência a partir de agora e moldar o seu crescimento:
· Seja Pró-Ativo. Não espere que o tempo e a insistência trarão a você os conhecimentos necessários, tenha iniciativa e adquira experiência.
· Para isso, seja flexível. A sua capacidade de acumular aprendizado está diretamente ligada à sua capacidade de atuar como um agente de mudanças. O mundo coorporativo muda a cada minuto, esteja atento a essas transformações e tenha o poder de se adaptar rapidamente.
· Utilize o seu potencial de acúmulo de experiência. Entenda que o ser humano aprende constantemente e nem sempre é necessário esperar 10, 20 ou 30 anos para se julgar preparado.
· Para agir dessa forma, antecipe-se. Tenha visão de futuro e invista sempre no autoconhecimento.
Carlos Cruz atua como Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP TREINAMENTOS & CONSULTORIA.
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