Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Renda no Nordeste é a que mais cresce, e diferença para regiões mais ricas cai, aponta IBGE

Renda no Nordeste é a que mais cresce, e diferença para regiões mais ricas cai, aponta IBGE

Em São Paulo

A região Nordeste foi a que apresentou o maior incremento no salário médio do trabalhador nos últimos seis anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8).

De acordo com o estudo, a renda média no Nordeste sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e 2009, passando de R$ 570 para R$ 734. Entre 2008 e 2009, o incremento foi de 2,7%.

O levantamento mostra ainda que de 2004 a 2009 a diferença salarial entre as regiões mais ricas e o Nordeste caiu. Em 2004, a renda no Sudeste e no Centro-Oeste era 88% maior que no Nordeste. Já em 2009, a diferença caiu para 71% em relação ao Sudeste e 78% em relação ao Centro-Oeste.

No Brasil, a renda do trabalhador sofreu um incremento médio de 20% de 2004 a 2009. O salário no Sudeste foi o que menos subiu em seis anos (17,1%). Nas demais regiões, os aumentos foram de: Norte (20,7%), Sul (19,8%) e Centro-Oeste (22,3%).

Renda média mensal em 2009

Centro-Oeste

R$ 1.309

Sudeste

R$ 1.255

Sul

R$ 1.251

Norte

R$ 921

Nordeste

R$ 734

Efeito da crise
Mesmo com retração de 0,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, período mais agudo da crise financeira internacional, o salário do brasileiro registrou aumento médio de 2,2%, passando de R$ 1.082 em 2008 para R$ 1.106 em 2009.

No mesmo período, a região Norte foi a que apresentou o maior ganho: 4,4%. O aumento no Sudeste foi de 2% e no Sul, de 3%. O Centro-Oeste foi a única região onde houve redução na renda do trabalhador: 0,6%.

Ainda assim, o Centro-Oeste é a região com o salário médio mais alto. Em números absolutos, estima-se que o trabalhador dessa região ganhava, em 2009, em média, R$ 1.309. No Nordeste, o valor era de R$ 734; no Norte, de R$ 921; e no Sudeste, de R$ 1.255.

Diminuição da desigualdade
O índice de Gini, padrão internacional para medição da distribuição de renda, caiu 0,6% no Brasil, em 2009, em relação ao ano anterior, e manteve a tendência de queda na desigualdade observada nos últimos anos. O indicador varia de zero a um - quanto maior o número, maior a desigualdade.

O indicador registrou uma redução significativa no Centro-Oeste (2,2%) e também recuou no Nordeste (0,7%) e no Sul (0,8%). No Sudeste, o Gini ficou praticamente estável, e a região Norte foi a única a apresentar aumento na concentração de renda (2,3%).

Com isso, a região Nordeste volta a ser a mais desigual do país, com o índice marcando 0,542 ponto. Desde 2007 o lugar era ocupado pela região Centro-Oeste, que em 2009 ocupa o segundo posto, com 0,540. Em terceiro lugar está o Sudeste (0,495), seguido pelo Norte (0,490). A região menos desigual é novamente a Sul, com 0,482 ponto.

De acordo com o levantamento do IBGE, os 10% mais ricos detinham 42,5% da distribuição total dos rendimentos mensais no Brasil em 2009, enquanto os 10% mais pobres detinham 1,2% do total das remunerações. Estes valores foram, praticamente, os mesmos registrados em 2008 (42,7% e 1,2%, respectivamente).

Diferença por gênero
Analisando os dados por gênero, em 2009, o rendimento médio mensal das mulheres (R$ 786,00) representou 67,1% do recebido pelos homens (R$ 1 171,00). Em 2004, esta proporção era de 63,6% e foi crescente desde então.

Esta proporção foi maior nas regiões Norte e Nordeste: 70,3% e 72,4%, respectivamente.

Rendimento por categoria de emprego
Os empregados com carteira de trabalho assinada, cuja remuneração média mensal foi de R$ 1.105, obtiveram ganho real de 2,3% em relação a 2008. O salário de militares e funcionários públicos estatutários, cuja remuneração média mensal foi de R$ 1.921, aumentou 4,6%.

No caso dos trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, o ganho foi de 7,1%.

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