Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Robotáxis, IA e menos emissões: as tecnologias inovadoras de 2025

Levantamento anual do MIT Technology Review indica as soluções e modelos com maior potencial de transformação para a vida humana.

Nesta sexta-feira, 7, data que marca o início da 39ª edição do South by Southwest (SXSW), o MIT Technology Review apresentou a pesquisa anual 10 Breakthrough Technologies. No documento, editores e repórteres da publicação reúnem as tecnologias com maior potencial de impacto na economia e no modo como as pessoas vivem.

Robotáxis IA e menos emissões

Parceria entre Waymo e Uber já oferece viagens carros autônomos em Austin e Atlanta (Crédito: Reprodução/ Uber)

Desde 2001, data da primeira publicação, o estudo já destacou temas como a mineração de dados (ainda em 2001), a possibilidade de uma tradução universal (em 2004), assistentes inteligentes (2009) e a mega-constelação de satélites (2020), que hoje toma forma com a constelação de satélites da SpaceX e a G60 Qianfan Xingzuo, da China. Já em 2024, estivaram na lista, por exemplo, o Apple Vision Pro; drogas para perda de peso, como Ozempic e Wegovy; e os chamados Twitter Killers, aplicativos criados para atender os consumidores descontentes com as mudanças no X.

Entre as dez tecnologias destacadas neste ano pelo estudo, despontam três blocos temáticos: a IA e o seu impacto na robótica, soluções para redução de emissões de gases poluentes e aplicações focadas na saúde. Confira, a seguir, as tecnologias inovadoras de 2025, segundo o MIT Technology Review:

1 – Observatório Vera C. Rubin

Previsto para entrar em operação neste ano, o Observatório Vera C. Rubin é um observatório astronômico construído no Chile, que conta com um telescópio refletor de 8,4 metros com maior câmera digital já construída. Durante uma década, ele realizará o levantamento Legacy Survey of Space and Time (LSST), que permitirá entender a expansão do universo e o efeito da chamada energia escura ou matéria escura, uma energia que estaria presente em todo o espaço acelerando sua expansão. A câmera do telescópio Rubin tem seis filtros desenvolvidos para captar diferentes aspectos do espectro eletromagnético, ajudando a descobrir novas estrelas e galáxias.

2 – Pesquisa via GenAI

“É provavelmente a maior mudança, em décadas, de como navegamos online”, definiu Niall Firth, editor executivo MIT Technology Review, sobre o impacto da inteligência artificial generativa (GenAI) nas buscas online. Para o MIT, o formato introduzido por modelos como ChatGPT e Gemini vai transformar, definitivamente, os buscadores. Não à toa, as big techs donas de buscadores tradicionais, como Google e Microsoft, estão integrando IA generativa às suas ferramentas para adotar o formato conversacional.

3- Small Language Models

Os large language models, modelos de IA treinados com grande quantidade de dados para aprender padrões da linguagem humana, são a base na transformação dos buscadores. Mas, em paralelo, está crescendo o interesse pelos small language models. Modelos criados com base em menos parâmetros e dados mais específicos. Isso os tornaria mais eficientes nas tarefas propostas. “Por serem menores, eles são muito mais privados. Não precisam de outras empresas ou de uma grande nuvem pública. Você pode hospedá-los no seu servidor privado e treinar nos dados da sua própria empresa”. A solução seria ainda mais barata e sustentável, uma vez que mobiliza menos dados.

4- Remédios para arroto de gado

A pecuária é uma fonte significativa de emissão de gases de efeito estufa. Um dos vilões desse processo é a emissão de metano durante a digestão do gado bovino. Nesse sentido, estão sendo desenvolvidas novas técnicas para reduzir a produção de metano. Um deles é o Bovaer, um suplemento já disponível em 55 países, que age suprimindo uma enzima que combina hidrogênio e dióxido de carbono formando o metano. O suplemento é misturado na ração do gado e reduz em até 30% a emissão do gás na atmosfera.

5- Robotáxis

Os veículos autônomos prometem transformar o cenário do transporte individual de pessoas. Ainda que hoje a experiência de andar em um carro sem motorista seja restrita a poucas pessoas, a aposta do MIT é de que o serviço deve se tornar popular à medida que empresas como Auto X e Waymo investem em testar o serviço e construir uma base de dados. No fim do ano passado, a Waymo firmou uma parceria com a Uber para levar o serviço de robotáxi para cidades como Austin e Atlanta neste ano — o que já está acontecendo.

6- Combustíveis limpos para aviação

Assim como a pecuária, a aviação é outro setor que tem a emissão de gases poluentes como um ponto crítico. Dessa forma, startups e companhias do setor se esforçando na busca por combustíveis sustentáveis e a produção começa a ganhar escala. É o caso da empresa californiana Twelve que transforma carbono em produtos que podem ser usados como combustíveis, inclusive para a aviação. Outras soluções envolvem etanol de milho. A União Europeia determinou que 2% de todo o combustível para aviação seja sustentável a partir deste ano e em 70% até 2050.

7- Robôs de aprendizado rápido

A ideia de um robô treinado apenas em atividades específicas está prestes a se tornar ultrapassada. Isso porque, segundo o MIT, o avanço da inteligência artificial tem permitido o desenvolvimento de robôs que se adaptam a diferentes ambientes e tarefas. Para isso, as máquinas estão sendo equipadas com sensores, mapas 3D e modelos que os permitam aprender com a experiência. Essa versatilidade altera o impacto econômico dos robôs que se tornam relevantes para diferentes setores e necessidades.

8- Métodos de prevenção de longo prazo para HIV

Considerado o avanço científico de 2024, pela revista Science, o medicamento injetável Lenacapavir interfere no ciclo de vida do HIV, impedindo que o vírus entre nas células do sistema imunológico, se replique e monte novas partículas virais. O tratamento demonstrou taxa de 100% de eficácia em estudo realizado na África do Sul. A medicação deve ficar disponível até o final de 2025 e a farmacêutica responsável pelo medicamento fez um acordo de licenciamento com seis laboratórios para garantir a produção de uma versão genérica de baixo custo a ser distribuída entre os países mais pobres do mundo. Nos EUA, a droga pode custar mais de US$ 40 mil por pessoa.

9- Aço limpo

Para cada tonelada de aço produzida no mundo, duas toneladas de dióxido de carbono são adicionadas à atmosfera. E a previsão é que o mercado de aço cresça cerca de 30% até 2050 globalmente. Nesse sentido, as alternativas limpas para produção de aço são um destaque. A empresa suíça Stegra construiu a primeira usina industrial de aço verde, que usa hidrogênio renovável para zerar as emissões de carbono. A produção começa em 2026. Outra solução é a da Boston Metal que usa energia renovável para converter o minério de ferra em metal líquido.

10 – Terapias de célula tronco que funcionam

A terapias envolvendo células-tronco fecham a lista. “Nós acompanhamos essa tecnologia há muito tempo, mas agora os cientistas encontraram formas de criar células tronco em laboratório sem a necessidade de embriões o que, obviamente, trazia questões éticas”, descreve o editor chefe do MIT Technology Review. Os estudos teriam demonstrado resultados promissores em pacientes com diabetes tipo 1 e epilepsia.

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