Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 
Trata-se de um tema muito polêmico, existindo sem duvida enormes interesses econômicos em jogo. Porém, abaixo segue a visão de uma pessoa com a qual estou de pleno acordo:


Sacolas Plásticas – O outro lado  (Por João Marques)


O Projeto de Lei que seria votado em dois municípios do Estado de São Paulo (Jundiaí e Campinas) em alguns dias, não aconteceu. O tema em pauta, o uso de sacolas biodegradáveis, coloca todos os lados da questão em um mesmo contexto.

Comenta-se, por exemplo, que uma boa alternativa para não consumir a sacolinha comum é usar caixas de papelão. Mas será mesmo? Os supermercados estão distribuindo caixas que já foram usadas para embalar sabe-se lá o quê, caixas que ficaram em depósitos e caminhões, talvez infectados, com insetos e roedores. Sem contar que essas caixas, enquanto estão nos supermercados, têm um destino único e certo: a reciclagem. Ao distribuir milhares dessas embalagens para milhares de famílias, a reciclagem se perdeu. Mesmo se todas fossem coletadas posteriormente, quantos gases seriam queimados no transporte? Quantos caminhões a mais circulariam nas ruas? Caixas de papelão requerem muito mais energia e água para serem produzidas, gerando mais aquecimento global e mais emissão de CO2.

E as sacolas de papel? É claro que sua produção gera impactos. E seu descarte também. Elas são mais caras, desmancham na chuva, são mais grossas, pesadas e não servem para embalar o lixo doméstico. Estudos independentes mostram que substituir algumas embalagens de plástico por papel gera maior consumo de água e energia.

E as sacolas de plástico? São econômicas, práticas, higiênicas, impermeáveis, resistentes, recicláveis e podem ser feitas a partir de plásticos reciclados. Geralmente são reusadas como embalagem de descarte do lixo doméstico. Uma sacola de plástico que pesa cerca de 6 gramas, consegue transportar até 2.000 vezes seu próprio peso. Que outro material tem essa característica?

Então, qual é o problema da sacola plástica convencional? O consumo excessivo? O descarte incorreto no meio ambiente? Com certeza essas duas questões juntas. Portanto, não é um problema da sacola e sim do comportamento e da educação das pessoas.
Vale lembrar que plástico convencional é um co-produto do refino do Petróleo. Esse recurso finito é extraído e refinado principalmente para gerar energia. Se essa fração entre 3% e 5% do refino não for usada para produzir plástico convencional, seja para sacolas e demais plásticos, ela será queimada nas refinarias. E vai gerar gases.

O mercado oferece diversas tecnologias para substituir o plástico comum, a fim de que os impactos sejam menores no meio ambiente. Qual a diferença entre uma sacola plástica comum, uma hidrobiodegradável e compostável, uma oxibiodegradável e uma retornável?

As hidrobiodegradáveis seguem normas de biodegradação em ambiente controlado de compostagem. Geralmente são fabricadas com materiais híbridos, mistura de ácido polilático (PLA) de origem renovável (amido) com derivados do petróleo, por exemplo, poliéster. Elas têm sua biodegradação iniciada por água, daí o prefixo “hidro”. O resultado da biodegradação dessas sacolas será água, dióxido de carbono e biomassa. Na ausência de oxigênio, por exemplo, nas profundezas de um aterro, a biodegradação vai emitir metano. Esses materiais não podem ser reciclados juntamente com os plásticos convencionais, custam entre quatro e dez vezes mais que os plásticos convencionais e sua adoção só se justifica quando o destino final é a compostagem industrial.

Já as oxibiodegradáveis, como o d2w, contêm aditivos que aceleram a degradação do plástico convencional. Para se degradarem elas precisam de oxigênio, daí “oxi”. Essa degradação é acelerada na presença de luz, calor e estresse mecânico do material. Iniciada a degradação, as partículas são digeridas quando há a presença de microorganismos. Esse tipo de plástico pode ser reciclado junto com os plásticos convencionais e pode ser produzido a partir de plásticos reciclados. Custa entre 10 e 15% a mais que os plásticos comuns. Os testes que comprovam sua degradação, biodegradação e não ecotoxicidade estão presentes no padrão de testes ASTM 6954-04. Esse tipo de plástico não é rotulado como compostável.

As retornáveis, de pano ou de outros materiais, são uma boa opção, mas se não forem lavadas com frequência o acúmulo de germes e bactérias pode oferecer riscos à saúde, conforme comprovam estudos realizados por centros de pesquisas. O oxibiodegradável d2w foi testado por renomadas universidades nacionais, como a UNESP, UFSCar e a Unicamp. Está de acordo com as resoluções e os padrões norte-americanos da FDA, da União Européia e da ANVISA e pode ser usado na produção de embalagens para contato com alimentos, medicamentos e cosméticos.

Quanto ao Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, apesar de uma boa iniciativa, não deixou de gerar impacto, já que a campanha apoia a produção de sacolas plásticas com capacidade para 6 kg como forma de diminuir o consumo. O volume de sacolas plásticas pode ter diminuído, mas os impactos não. Essas sacolas levam mais plástico em sua produção por serem mais espessas o que as torna ainda mais difíceis para se decompor. Porém, concordo, é uma boa iniciativa.

O importante é que a sociedade saiba que todas as alternativas vão gerar algum impacto. Não existe produto que não consuma recursos naturais, energia e água em sua produção.
Existem ferramentas capazes de medir esses impactos, por exemplo, Análise de Ciclo de Vida Comparativo entre os diversos materiais utilizados para fabricação de sacolas.

No entanto, toda a boa informação baseada em fatos, evidências, provas e na análise do ciclo de vida de nada valem se nós não fizermos a nossa parte, usando o bom senso, praticando o consumo consciente, evitando o desperdício, reusando as sacolas quando possível, descartando corretamente e destinando à reciclagem!

FONTE: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=39184

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Comentário de Daniele Vieira em 9 fevereiro 2011 às 21:37
Ser sustentável é diminuir o impacto que causamos pensando no bem estar das próximas gerações, sem extinguir os recursos naturais da nossa casa, o planeta terra.
Comentário de Daniele Vieira em 9 fevereiro 2011 às 21:35

A questão é que os mais prejudicados são os animais marinhos, todos os plásticos em geral de uma forma ou de outra vão parar no mar. Existem muitas espécies em extinção porque ingerem achando que é a comidinha deles. Ex: sacos plasticos no mar se parecem com as algas que as tartarugas comem, elas não sabem distinguir...

A questão é que o ser humano só pensa no ser humano, que é um ser preguiçoso.

Não me levem a mal, mas eu canso de escutar que a culpa é dos governates, que as empresas que coletam lixos recolhem e misturam tudos que separamos em casam etc...

Quem está afim de fazer, faz! Sou uma pessoa extremamente ocupada, tenho 3 representações e ainda sim reservo 15 minutos do meu tempo numa semana de 7 dias para encaminhar todos as matérias primas recicláveis que EU escolhi comprar na prateleira do supermercado.

Separo plastico, sacolas plásticas, vidro, metal e papel e levo no centro de coleta do supermercados EXTRA (Pão de Áçúcar e Sendas são do mesmo grupo) que a H2O e a Tetrapack criaram em parceria.

Aqui no Rio o Mundial recolhe as sacolas plásticas, enfim, existem várias inciativas, basta o ser humano olhar um pouquinho para os outros serem que habitam esse planeta e pensar nas gerações futuras e tomar uma pequena atitude para mudar o quadro crítico no qual nos encontramos...

Uma coisa é certa, estamos caminhando para o fim, só uma atitude coletiva drástica pode reverter essa situação, depende de cada um de nós...

Pensem...

Outra coisa, vou ao mercado com as minhas ECOBAGS feitas de painés de lona vinil (exemplo daquelas utilizadas em prédios para propaganda) que vão direto o lixo.

As vezes pego os sacos do mercados para colocar o lixo que vai para a empresa que coleta aqui no Rio, como lixo úmido (resto de comida, cascas, etc) e coisas que não tem realmente aproveitamento, como por exemplo sacos que envolvem comida, bandejas de isopor, etc)

Comentário de iara rodrigues da cunha em 4 fevereiro 2011 às 11:55

Olá Fabrício...adorei a matéria...o texto é bem completo... traz tudo "mastigado". Em função da matéria eu acabei fazendo uma boa pesquisa sobre o assunto.

Gratíssima

Comentário de Edinéia Rocha Ferreira em 1 fevereiro 2011 às 9:50

Olá...

O texto é super interessante.

Hoje em dia, demonstramos tanta preocupação em ter um planeta melhor para os nossos filhos, quando na verdade deveríamos estar pensando em ter "filhos melhores" para o nosso planeta.

Educação e respeito, são palavras chaves para um bom relacionamento seja ele qual for: família, amigos, trabalho e também: meio ambiente.

E esses são valores que aprendemos cedo.

Até hoje, tenho mania de colocar nos bolsos (quando não vejo lixos disponíveis por perto), papéis de balas, chicletes etc....   se tomo uma água, seguro a garrafa vazia até encontrar o lixo adequado para descarta-la.

E infelizmente é tão comum, vermos pessoas arremessando lixos para todas as partes, e em muitos casos, o lixeiro está à poucos passos.

É tudo tão simples... mas é mais fácil transferir para a "sacolinha" a responsabilidade de nossa falta de educação.

 

Comentário de Diva Santana em 31 janeiro 2011 às 8:49

Amigos,

 

Parabéns por esta matéria tão importante, pelo que estamos vivendo hoje, seria fantásticos se fossemos educados ao ponto de  termos esta conscientização a qual cita nosso amigo Fábio dos três Rs do ciclo: REDUZIR , REUTILIZAR E RECICLAR.

 

Todos deveriam ter acesso a informações tão importante, para o bem de todos e do planeta.

 

Abraços,

 

Comentário de Fabio Meneses Santos em 31 janeiro 2011 às 8:08

Caros colegas,

Parabéns pela iniciativa de dividir essa polêmica conosco. Voltamos à questão principal no que tange a sustentabilidade: educação! Sem um trabalho forte de conscientização da população, não há como obter sucesso na redução do consumo. Lembrem-se dos três Rs do ciclo: REDUZIR, REUTILIZAR e por último, se não der mais jeito, RECICLAR! Fala-se muito no terceiro R, mas os dois anteriores são muito importantes e mais baratos para o planeta!

Abraços!

Comentário de Hernán Piñón Arias em 31 janeiro 2011 às 7:19

Bom dia a todos!

Agradeço o Fabrício por ter tocado em este assunto tão atual!

Nenhuma ação humana é sem impacto para o planeta!!!

Queria dizer que o que está em pauta, é especialmente o saco plástico utilizado para o transporte das mercadorias, após a passagem pelo caixa.

Este saco plástico não entra em contato direto com os alimentos.  Eles já vem embalados. Para as frutas e verduras há sacos transparentes de um plástico adequado para entrar em contato com os alimentos.

Voltando então aos sacos de transporte, eles tem um uso efêmero: o curto transporte desde o supermercado até a residência.  Ou seja eles serão usados somente uma vez para o destino para o qual foram projetados! Depois, na melhor das hipóteses, são despejados nos lixões e aterros sanitários embrulhando lixo.

Os que ja temos brancos os poucos cabelos que nos quedam, lembramos com certeza dos tempos em que ir ao mercado era levar a sacola para por as compras: pão, frutas, etc. E quando o destino era a venda, a farinha, o feijão e o arroz eram embrulhados em cones de papel. E colocados na tal sacola de compras, feita de pano.

Devemos perguntarnos como fomos deseducados ao ponto de achar estranho termos que levar a sacola de compras quando vamos ao supermercado?

O fato da sacola plástica ser fornecida sem custo para o cliente, seguramente é a razão de sua adoção tão disseminada.  Fazer como na Europa, onde cada sacola não retornável é cobrada a peso de ouro, (todo o valor cobrado pela sacola é imposto) podería ser uma alternativa.

Agora vêm um período intenso de reeducação do usuário! 

Artigos e discusões como estas ajudam ao consumidor a ter uma visão mais crítica sobre a realidade

 fazendo dele um consumidor mais consciente!

USE SACOLAS ECOLÓGICAS DE ALGODÃO.  ECOLÓGICAS NA IDA E NA VOLTA!

Comentário de luis carlos em 31 janeiro 2011 às 7:15
que materia interessante , parabens gostei ,mostra que temos que ter mais conciencia .

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