Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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ALGODÃO: preços disparam

O mercado brasileiro de algodão voltou a mostrar uma escalada nos preços no início de 2011. A superioridade da demanda em relação à oferta contribuiu para a aceleração dos referenciais. Operadores indicam que muitas indústrias têxteis emergentes aceitam as pedidas dos vendedores, a fim de não prejudicar a produção. E, como muitas estão com os estoques curtos, os produtores elevam os valores.
As negociações nesta primeira semana de janeiro ocorreram em ritmo acelerado, mas com volumes pontuais. Em São Paulo, indicações nos patamares de R$ 3,20 a 3,25 por libra-peso para a fibra padrão 41.4. No final de dezembro, a libra-peso oscilava entre R$ 2,91 a R$ 2,94.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2010/11 está estimada em 1,835 milhão de toneladas, um aumento de 53,7% na comparação com as 1,194 milhão de toneladas indicadas na safra 2009/10. Os números fazem do quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2010/11, divulgado nesta quinta-feira (06). No terceiro levantamento, a projeção também havia sido de 1,835 milhão de toneladas.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.511 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.429 quilos por hectare na temporada 2009/10. A área plantada com algodão na temporada 2010/11 está estimada em 1,214 milhão de hectares, uma elevação de 45,3% na comparação com os 835,7 mil hectares da safra passada.
O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 935,1 mil toneladas, número que representa um avanço de 60,3% ante 2009/10, quando foram produzidas 583,5 mil toneladas. A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 572,2 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 40,7% sobre 2009/10 (406,8 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2010/11 de 123 mil toneladas, com acréscimo de 40,7% sobre 2009/10 - 87,4 mil toneladas.

  

BOI: preço cai

Depois de um ano de previsões extrapoladas, em que o preço da arroba subiu 48,8% em média, desencadeando preços recordes também no atacado da carne bovina, o mercado físico brasileiro de boi gordo agora busca o equilíbrio.
A demanda de janeiro e fevereiro já não tem o mesmo perfil de dezembro, considerado o melhor período do ano para a comercialização da carne bovina, e os preços já dão sinais concretos de recuo no atacado, principalmente no caso dos cortes nobres, como o traseiro.
No mercado físico, o movimento nos primeiros seis dias de janeiro foi de declínio das cotações. Em São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 102,00 de preço médio nessa quinta-feira (06), livre de Funrural, para pagamento em 30 dias contra R$ 104,00 da semana anterior, desvalorização de 1,92%. Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 91/93,00, livre, a prazo. Em Mato Grosso, a arroba foi cotada a R$ 86/90,00.
“Os frigoríficos seguem analisando o mercado para formar preço de compra conforme a nova realidade de consumo, e a única ressalva nesse início de ano é que com a ausência de compras nas últimas semanas, as escalas de abate acabaram encurtadas, comenta Fernando Iglesias”, analista de SAFRAS & Mercado.
Conforme o analista, a expectativa é que passada essa fase de reacomodação de preços com a entrada do ano, o mercado de boi gordo mantenha bons preços durante o primeiro semestre. A demanda interna não sugere acomodação e ajudará os preços a não serem tão pressionados. A confirmar o patamar de até R$ 100 na arroba como é previsto, os preços ainda estarão muito acima da média de R$ 78,00 arroba do primeiro semestre de 2010.
No atacado, a primeira semana do ano foi de preços em oscilação, refletindo a mudança de perfil da demanda. O corte traseiro fechou essa quinta-feira (06) cotado a R$ 8,15 quilo no mercado paulista, retração de 1,81% na comparação com a semana anterior quando foi negociado a R$ 8,30. No ano passado em igual período, o traseiro era negociado a R$ 4,10 quilo no atacado paulista.
O destaque de mercado nesse início do ano fica com os números finais de exportação de 2010. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), mostram que o Brasil obteve receita de US$ 285,3 milhões com as exportações de carne bovina “in natura” de dezembro, desempenho superior ao de US$ 268,9 milhões do mês anterior.

 

SOJA: preços estáveis

A primeira semana do ano não trouxe novidades para o mercado brasileiro de soja. O ritmo dos negócios permaneceu tão lento quanto o apresentado no período das festas de final de ano e os preços pouco se modificaram. Em Chicago, em meio a altas e baixas, no balanço da semana as cotações pouco se alteraram. Já o dólar comercial apresentou consistente valorização frente ao real, mas sem trazer motivação para a comercialização.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu estabilizada na casa dos R$ 49,50 entre os dias 30 de dezembro e 6 de janeiro. O mesmo ocorreu em Cascavel (PR), com o preço estabilizando em R$ 48,50. Sentindo o efeito do início da colheita no estado, a cotação recuou de R$ 46,00 para R$ 44,00 em Rondonópolis.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março tiveram leve valorização de 0,14% no período, passando de US$ 13,76 para US$ 13,78. As sessões em Chicago oscilaram entre movimentos de realização de lucros e sustentação por conta do cenário fundamental, que ainda indica oferta apertada. A demanda chinesa e as preocupações com a persistente estiagem na Argentina seguem sendo fator de sustentação.
Para a próxima semana, a aposta é de movimentos ainda mais cautelosos, com os participantes procurando posicionar melhor suas carteiras e diminuir a exposição ao risco. Este desempenho deve predominar até a divulgação do relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado no dia 12.

 

FONTE: http://www.atribunamt.com.br/2011/01/safras-mercado-77/

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