Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Safras & Mercado - ALGODÃO: níveis imprevisíveis

Safras & Mercado

ALGODÃO: níveis imprevisíveis

O mercado brasileiro de algodão em pluma segue sua escalada rumo a níveis imprevisíveis de preços. Todas as projeções sensatas de experientes operadores do mercado já foram derrubadas. As cotações já estão em patamares que eram considerados inviáveis para a manutenção da atividade de diversas indústrias têxteis para o médio prazo. Mas o fato é que os valores ainda continuam subindo.
Nesta quinta-feira (20), indicações de operadores ficaram em níveis de R$ 3,46 a R$ 3,47 por librapeso, posto fábrica em São Paulo, para pagamento em oito dias, na base 414, fibra 3032mm. Na semana anterior, valia de R$ 3,40 a R$ 3,45.
Na Bolsa de Mercadorias de Nova York para o algodão a situação também é bastante positiva, com novo forte avanço no pregão de 20 de janeiro. A posição março fechou a 152,94 centavos de dólar por librapeso, com valorização de 4,00 centavos. A posição maio fechou a 147,27 centavos, com alta de 3,96 centavos. As  preocupações com a oferta mundial aumentaram com a decisão do governo indiano de deixar inalterada a cota de exportações.
Um comitê de burocratas da Índia realizou nesta quintafeira um painel que decidiu manter o limite da exportação do país em 5,5 milhões de fardos de algodão  volume que pode ser negociado livre de taxas. Para a temporada 2010/11, iniciada dia 01 de outubro, a produção esperada é de 32,9 milhões de fardos.
Foi o segundo painel realizado no país em uma semana. No dia 14, o encontro do comitê, formado por integrantes dos ministérios do Comércio, Agricultura e Têxtil, foi considerado inconclusivo. Dia 10 de fevereiro haverá mais um painel e o tema vai voltar a ser apreciado. A Índia é o segundo maior exportador mundial da fibra. Vende principalmente para China, Bangladesh e Paquistão.

 

SOJA: pouca alteração

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e preços apresentando apenas pequenas alterações. A volatilidade da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e o dólar comercial praticamente estabilizado em patamares baixos prejudicaram a adoção de uma tendência. O vendedor segue retraído e volta as suas atenções para o desenvolvimento das lavouras nas principais áreas de produção do país.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu estabilizada na casa de R$ 50,50 entre os dias 13 e 20 de janeiro. No mesmo período, a saca subiu de R$ 49,00 para R$ 50,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, o preço subiu de R$ 43,50 para R$ 45,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março tiveram leve desvalorização de 0,14% no período, recuando de US$ 14,16 para US$ 14,14 o bushel. Os participantes tentam diminuir a exposição ao risco, levando em conta a melhora nas condições das lavouras argentinas com o retorno das chuvas e a diminuição no ritmo das exportações norteamericanas. Mas o cenário de oferta mundial restrita e de forte apetite do lado da demanda limita qualquer tentativa de realização de lucros mais consistente.

 

BOI: preços estáveis

A exemplo da semana anterior, quando a arroba teve valorização de 1,98% em São Paulo, o mercado físico brasileiro de boi gordo vai fechando a semana com preços estáveis a mais altos.
A oferta restrita de animais para abate manteve o mercado sem negócios de volume na semana, obrigando frigoríficos de pequeno e grande porte a buscar alternativas para garantir as escalas.
“Frigoríficos de menor porte estão tendo que se sujeitar às condições de mercado e elevar preços de compra, enquanto os frigoríficos de maior porte seguem fazendo uso da estratégia de compra de carne com osso, realizando apenas a desossa, em busca de resultados mais satisfatórios”, comenta Fernando Iglesias, analista de Safras & Mercado.
Em São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 103,00 de preço médio, livre de Funrural, a prazo, nessa quinta-feira (20), contra R$ 102,00 da semana anterior, valorização de 0,98%. Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi negociada a R$ 94/95,00, patamares que repetem a última semana. Em Mato Grosso, mercado indicou R$ 92/94,00 contra R$ 92/93,00 de quinta-feira (13).
No atacado paulista da carne bovina, preços em oscilação nessa quinta-feira. O corte traseiro foi cotado a R$ 7,70 quilo, contra R$ 8,40 de fechamento da semana anterior, queda de 8,3%. Já o dianteiro fechou a R$ 4,70 quilo, mesmo patamar da última quinta-feira.
“A demanda pelo corte traseiro se mostra fraca, enquanto o dianteiro apresenta boa procura. Essa situação é normal, tendo em vista o perfil de consumo do momento, de proximidade de final do mês e de férias escolares”, observa Iglesias.

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Comentário de Fabrício Leite em 23 janeiro 2011 às 6:48

O Poliéster já está subindo também...

E só na disparou também pois o petróleo ainda oscila abaixo da barreira "psicológica" dos US$100,00.

Ainda temos a falta de materia-prima que foi pontuada neste BLOG no começo de Dezembro de 2010 e a cada dia fica mais generalizada... o descompasso na relação OFERTAxPROCURA vai ajudar a também subir os preços...

Comentário de mucio assis tavares em 22 janeiro 2011 às 22:29
ola, se o algodão continuar subindo, o que vai acontecer com o poliester....

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