Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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SANDUICHE DE BONECAS / HAMBURGUESAS DE ALCATRAO E AREIA


 O BARATO QUE SAI CARO.

É natural do ser humano procurar barganhas, comprar o melhor pelo preço mais em conta possível. Compradores mais sofisticados atentam para o custo / beneficio na compra, mas sempre visam a melhor compra, no computo geral.

Confesso que nos EUA, por muitos anos procurava sempre o “Made in Brazil” nas prateleiras. Encontrava muitos sapatos, artigos de couro, alguma vestimenta e alguns enlatados. Lembro-me sorrindo quando separava a carne enlatada da SWIFT, aqui chamada de “corn meal” e desarrumava a prateleira separando as latas idênticas para levar as “Made In Brazil” e deixar para trás as “Product of Argentina”. Silvita Persechini, Danielito, Noli, Alicia e demais primos de Buenos Aires, me perdoem pela escolha – mas vocês, com certeza, fariam o mesmo para “pescar” as latas da Argentina. Fazia o mesmo com latas de goiabadas e palmito.

Quanto aos sapatos, era fácil. O Brasil nos anos oitentas tinha a fama de produzir o melhor calcado do mundo. Quanto as bolsas femininas, a Argentina estava –reconheço- a frente do Brasil em estilo, mas ainda dava para escolher uma linda bolsa do Brasil. Carteiras, cintos era “pau-a-pau”, mas também ficava com os produtos do Brasil. Sabia que por trás de cada sapato Samelo havia um brasileiro comprando algo, atrás de cada artigo de couro, alguém fazia uma graninha em Novo Hamburgo e assim por diante.

Vagarosamente, tudo do Brasil foi sumindo das prateleiras e não encontro mais nada.

Depois fui procurando por coisas “Made em USA”. (Rs Rs) Me lembro do tempo, até os anos noventa, quando o Wall Mart se jactava a compradores como eu: “Proudly Crafted in America” - Orgulhosamente Fabricado nos USA, é a tradução. Depois eles enfiaram estes pôsteres e cartazes em algum lugar onde a luz solar nunca bate e foi aparecendo coisas “made in China”. E também “Made in Paquistão”, Nicarágua, México, Índia e assim por diante. Vagarosamente foi caindo a concorrência como moscas e agora só se encontra o made in China.

Tolos acreditam que o Brasil tem uma balança comercial favorável com a China. Chineses gastam mais comprando do Brasil do que vice-versa. Assim apregoava e se jactava o "Messias do ABC Paulista" e Zé Povinho batia palmas com sorrisos desdentados tipo da Viação 1001.

A verdade é que há um cânion de diferença entre exportar MATERIA PRIMA e IMPORTAR BENS MANUFATURADOS!

Quando a matéria prima sai no navio é Bye Bye Brasil – como no filme: para vigo me voy! Acabando-se a matéria prima, ficamos com o dedo polegar da mão esquerda enfiado na boca e o indicador da mão direita fazendo “o terra” – em algum lugar. Cena horrível.

Quando a matéria prima chega à China, a estória e diferente: é gente empregada, é dinheiro circulando, e desenvolvimento de novas tecnologias e, por exemplo: de nosso minério de ferro voltam torneirinhas, carros, e o “escambau”.  Os empregados de Volta Redondos perdem o trabalho, idem o de outras siderúrgicas e criamos um problema social socioeconômico no Brasil. Por favor, ό economistas Tapuias: Não me venha dizer que a mineração absorverá mais trabalhadores. Talvez só um pouquíssimo mais; extração de matéria prima pode ser triplicada ou quadruplicada somente com melhores técnicas e máquinas de extração.

A INDÚSTRIA TEXTIL, a segunda maior empregadora no Brasil está sofrendo com isso. É fio é pano chegando, um pouco por meios legais e grande parte (Atenta Policia Federal!) pela fronteira do Paraguai, com muitos Agentes Aduaneiros fechando os olhos e enchendo os bolsos. É por lá que entra o grosso do contrabando, Dona Dilma. Outra grande parte do contrabando é feita com uma nota fiscal usada e reusada em múltiplas importações. Estão vendo senadores, como até um bobo como eu, fora do Brasil há mais de quarenta, anos sei como funciona o “esquema”? E deixo os senhores políticos tacanhos buscarem suas soluções perversas por meio de seus "canais incompetentes".

É Brasileiros, somos nós que no final temos que por um BASTA nesta sangria constante, ilegal, suja e nefasta ao Brasil. NÃO EXISTE CONTRABANDO SEM A PARTICIPAÇÃO ATIVA dos dois lados. Os Chineses são tão safados quanto os nossos contrabandistas.

Primeiramente vamos analisar o que temos? Energia (Petróleo), minerais, pecuária e AGRICULTURA. Nόs brasileiros podemos seguir vivendo, mesmo pagando um real a mais por uma camiseta da Hering ou um Jeans da Vicunha – ou da Santana ou Covolan. Deixando de comprar tranqueira de plástico vagabundo da China ninguém vai morrer. Eu posso muito bem ter um pinheirinho de natal vivo, comprado na feira – do que um falso, “importado” da Ásia.

Mas de contrapartida os Chineses não podem viver comendo sanduíches de bonecas ou salada de vegetais plásticos. E quem tem a “bóia”, alimento em abundância, com uma população 700% menor do que a da China e de quebra, vastas e produtivas extensões de área de plantio? O Brasil. Nós sobrevivemos dirigindo nossos carros um pouquinho menos, mas os árabes não sobrevirão comendo hamburguesas de alcatrão e areia! AÍ ESTA A NOSSA GRANDE ALAVANCA. Mas graças a Deus, alem de fartura agropecuária ainda temos uma infra-estrutura viária, energética, indústria e cérebros – que precisa ser enxugada, limpa, melhorada e ampliada.

Mais não adianta nada sermos ricos se formos estúpidos – ou pior ainda - venais?  Não adiante ter o PUDÊ (RS RS) se não tivermos o conhecimento de sua existência. Se não aplicarmos esta alavanca enorme a nosso favor. Gigantes, nós somos sim, mas um gigante patético. Um gigante bêbado e urinado; de mamadeira suja, azeda e vazia, deitado como um MACUNAIMA em “berço esplêndido” e ao som das gargalhadas dos "vivos", dos velhacos, saltimbancos, corruptos e venais e, de novo, ao som das trinta moedas (e não do Mar Profundo) de pratas tilintando nos bolsos dos corruptos.

Onde anda nosso cérebro. Onde anda os nossos brios. Onde anda os nossos COJONES e não excluindo as mulheres, os nossos ovários?

Queridos, estamos à beira de sermos uma potência. Porque que 5% de corruptos, politiqueiros, venais e idiotas, nos arrastam para o fundo, para o lodo de suas lagoas estagnadas? Por nos deixamos isso acontecer? O que acontece com a gente? Não acreditamos em nós mesmos?

Hoje a noite faltou luz em vários estados do nordeste. Sabem a mentira que dizem? Várias. Querem saber a verdade? Muito ar condicionado ligado e falta de energia para sustentar a rede. Sabe por que eu sei? Isto em mais do que óbvio para quem tem o curso de eletricidade e magnetismo de um antigo curso científico bem feito. Sabem o que o Lobão vai lhe dizer? Não sei - e nem quero saber. Rápido nesta vertente: Presidente Dilma: Se realmente as necessidades do Brasil exigir ELETERCIDADE da Usina de Monte Belo, que a faça. Mas OLHOS nos contratos, por que por lá vão meter a mão no dinheiro. Também Dona Dilma, por favor, não permita de Raposas e Lobos usem a usina como instrumento do PUDÊ. Ponha as suas botinas – aquelas usadas quando esteve nos lamaçais da serra fluminense- e meta-lhe os pés nos fundilhos deles. Complete a tarefa que a senhora começou em furnas – a qual eu anunciei neste blog dois dias antes, quando a Senhora mandou aquela corja a tomar... no Porongo do Mate!

Voltando ao fio da meada, já é hora de buscarmos alternativas, de nos educar de nos conscientizar, de DEMANDAR os nossos direitos de cidadãos - e por ordem na casa. Por que não demandamos PRESTACAO DE CONTAS? Estamos felizes com a impunidade? Que direito o Estado tem de fazer partilhas de NOSSAS instituições e autarquias por meras virtudes de suas legendas? Distribuir cargos públicos e de confiança eu até posso entender. Mas soltar o PUDÊ das autarquias por mero controle de legendas é um habito que deve ser terminado, imediatamente. ( E dona Dilma, va estamos vendo o seu pulso nessa área!)

Mas, o grande problema é que nόs somos acovardados e acomodados, eu incluso. Sempre deixamos as soluções para as “autoridades competentes” e com essas autoridades SO HÁ INCOMPETENCIA. E mais, esses tipos de "canais" sempre, no final das contas, acabam por desembocar em outro tipo de "canal" na anatomia do brasileiro.

É hora de DEMANDAR uma equilibrada balança comercial entre a China e o Brasil. E isso é responsabilidade NOSSA: Sua e minha. Se nos não clamarmos as pedras e políticos NAO clamarão.

Paremos com o nosso desemprego e compremos o produto nacional. Mantenha, dona de casa, o seu marido, sua filha e o seu filhos empregados - e criemos trabalhos para nossos netos. Fabriquemos o mais barato aqui no Brasil.

Matéria prima ARTIFICIAL nόs podemos fazer também aqui, nas Americanas e Camaçaris da vida, gerando empregos em nosso paÍs.

O Brasil sobreviverá com a nossa habilidade de provermos alimentação básica para o povo, com a nossa agropecuária, com os nossos vastos campos e relativa pequena população – e com apoio a nossa indústria, Injetando-se educação e tecnologia ao nosso povo.

Agora, o que eu quero mesmo ver, é os árabes sobreviverão sem água e com hamburguesas de alcatrão e areia - e se os chineses sobreviverão, comendo sanduíches de Pão de Papelão e Bonecas de Plástico – com salada de folhas de zinco.

Sam de Mattos, Jr.


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