Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Há exatos oito anos, escrevi o seguinte, num artigo publicado no Globo:

No Brasil, o governo assume uma série de encargos e tarefas que não lhe dizem respeito. Ele é banqueiro, petroleiro, administrador de portos, aeroportos, produtor de televisão, dono de restaurantes, empresas de ônibus e de seguros. Também é grande proprietário de imóveis, mecenas e produtor cultural. O fato é que esse polvo gigante estende seus tentáculos sobre inúmeras atividades que deveriam estar entregues à iniciativa privada.

O governo continua metendo o bedelho em tudo, os casos de corrupção não param de crescer, enquanto os serviços públicos, que são monopólio do Estado, continuam ladeira abaixo

Enquanto isso, no exercício das suas funções substantivas, naquilo que é a própria razão de ser do Estado, ele é omisso ou ineficiente. Não consegue dar à população um mínimo de segurança. A justiça é lenta, cara e imprevisível. As Forças Armadas encontram-se virtualmente sucateadas. Nossas fronteiras são um perfeito queijo suíço, por onde entram armas, drogas e todo tipo de contrabando. Sistema viário, infra-estrutura e logística são caquéticos. Sobre educação e saúde, então, é melhor nem falar. Uma lástima!

De lá para cá, se alguma coisa mudou no país, infelizmente, foi para pior. O governo continua metendo o bedelho em tudo, os casos de corrupção não param de crescer, enquanto os serviços públicos, que são monopólio do Estado, continuam ladeira abaixo.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório sobre a violência no mundo capaz de envergonhar qualquer brasileiro minimamente decente. Segundo esse estudo, o Brasil detém o maior número absoluto de homicídios entre todos os países pesquisados. De cada cem pessoas assassinadas por ano no planeta, cerca de treze são mortas no interior de nossas fronteiras. Segundo a OMS, o total de homicídios no mundo foi de 475 mil, em 2012, dos quais 64,3 mil foram praticados em terras tupiniquins.

Em termos proporcionais, o país está entre os dez locais mais perigosos do mundo. A taxa de 32 mortos para cada 100 mil habitantes é mais de cinco vezes superior à média mundial, de pouco mais de 6 homicídios para cada cem mil.

Considerando esse mesmo critério, a América Latina – onde vigora há tempos o badalado populismo marxista, segundo o qual a causa da violência é a desigualdade e não a impunidade – é a região mais violenta do planeta. O país com maior taxa de homicídios do mundo é Honduras, com 103,9 incidentes a cada 100 mil pessoas. O segundo lugar é da Venezuela, com 57 casos, contra 45 na Jamaica e 43,9 incidentes na Colômbia e em El Salvador.

Não por acaso, a região encontra-se na contramão do resto do mundo. A OMS aponta para uma queda de 16% no número de homicídios do planeta, entre 2000 e 2012, enquanto no Brasil essa taxa não para de crescer, pelo menos desde 2007.

Trata-se de um verdadeiro descalabro. Mata-se mais no Brasil do que no Iraque ou no Afeganistão. Ainda ontem, um dia depois da divulgação do relatório da OMS, a polícia apresentou um assassino em série, que teria matado mais de 40 pessoas em Nova Iguaçú, no Rio de Janeiro, depois que a população local denunciou o delinqüente. Se dependesse da nossa polícia, que só consegue apurar cerca de 8% dos casos de homicídio, segundo o próprio Ministério da Justiça, esse monstro provavelmente continuaria fazendo mais vítimas impunemente.

E ainda querem que eu tenha orgulho de ser brasileiro…

Fonte: Instituto Liberal

http://imil.org.br/artigos/segurana-pblica-vergonha-nacional/

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