Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor têxtil deve fazer pedido formal de salvaguarda em fevereiro

O setor têxtil deverá apresentar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), em fevereiro, um pedido formal de salvaguarda, instrumento de proteção comercial, a todo o segmento em relação às importações. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Aguinaldo Diniz Filho, a entidade tem reunido informações sobre os danos que as importações têm causado às indústrias.
 
A informação foi dada na última terça-feira, durante evento de lançamento do “Importômetro”, mecanismo pelo qual a Abit estima o valor importado em têxteis e vestuário e o número de empregos que deixam de ser criados no setor.
 
As importações, principalmente de vestuário acabado, têm prejudicado a cadeia produtiva do setor têxtil e de confecção. Segundo dados da Abit, o segmento fechou 2011 com déficit de US$ 4,75 bilhões, resultado de importação de US$ 6,17 bilhões e de exportação de US$ 1,42 bilhão.
 
O problema das importações, argumenta Diniz Filho, é que as  mercadorias desembarcadas chegam em condições desleais de concorrência. Do total importado pelo setor, 47,2% tem origem na China, cuja produção, afirma, conta com subsídios do governo e com a desvalorização da moeda chinesa. O efeito disso na indústria nacional, segundo ele, é a queda de produção e a redução da geração de empregos.
 
A Abit estima que o setor fechará 2011 com perda de 20 mil vagas, como resultado líquido das admissões e das demissões durante o ano. No acumulado até novembro o setor tinha criado 10,7 mil vagas, bem menos do que as 80,18 mil vagas abertas no mesmo período de 2010.
 
Apesar do saldo positivo até novembro, Diniz Filho diz que a estimativa é de queda no número de empregos, porque no último mês do ano há menor geração de postos de trabalho. Nos doze meses encerrados em novembro, o saldo de admissões e demissões é negativo, com 14,25 mil vagas.

FONTE: VALOR

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Comentário de Valdir Jose Demarchi em 19 janeiro 2012 às 23:45
Seria muito importante também que as autoridades sanitárias brasileiras submetessem os têxteis importados a exames toxicológicos, pois sabe-se que China e India, em sua maioria por custo, não obedecem na fabricação dos corantes os padrões internacionais Zde segurança quanto à saúde aqui adotados, do tipo Oekotex, que previnem efeitos toxicológicos danosos tanto no manuseio como também no uso diário dos artigos confeccionados, principalmente em cores intensas. Uma vez comprovada, esta de toxixidade, poderia ser uma barreira incontestável, que limitaria grande parte dos exportadores chineses e indianos nesta concorrência desleal contra os fabricantes nacionais, que, além dos altos impostos, tem os seus custos de beneficiamento químico mais elevados por usarem produtos químicos e corantes inócuos, dentro dos melhores padrões internacionais de segurança.
Comentário de Valdir Jose Demarchi em 19 janeiro 2012 às 22:54
Excelente e necessária esta iniciativa da ABIT atravès o seu Presidente Aguinaldo Diniz Filho sobre o pedido de salvaguarda e proteção que fará ao governo sobre às importações de têxteis.
Mas, com certamente teremos limitações impostas pela OMC, pois certamente as medidas comerciais que serão tomadas, serão alvo de reclamações dos países exportadores.

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