Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor têxtil quer regime especial de tributação

Acuada pela falta de competitivi­dade em relação aos importa­dos, a Associação Brasileira da In­dústria Têxtil (Abit) procurou ontem o governo para pedir um regime específico de tributação para roupas e confecções.

O presidente da entidade, Aguinaldo Diniz. Filho, se reuniu com o ministro do Desenvolvi­mento, Indústria e Comércio Ex­terior, Fernando Pimentel, para pedir "urgência", com adoção do regime ainda no primeiro trimes­tre deste ano. Apesar de benefi­ciado pela desoneração da folha de pagamento, o setor demitiu no ano passado e continua per­dendo mercado.

. Segundo o empresário, haverá um novo encontro entre repre­sentantes do setor com represen­tantes dos Ministérios da Fazen­da e do Desenvolvimento nos próximos dias para debater mais profundamente como reduzir impostos sobre confecções. As negociações seguem sob sigilo, uma vez que nem a Abit, nem o Ministério do Desenvolvimento informaram o teor do eventual regime tributário diferenciado.

. Desempenho. Para convencer o governo sobre a importância da medida, o presidente da Abit apresentou o desempenho do se­tor no ano passado. Apesar de um crescimento de 4,5% nas ven­das de roupas e confecções no varejo, houve uma queda na pro­dução nacional da ordem de 10,3%. Ao mesmo tempo, a im­portação desses produtos subiu 4%, sugerindo que o aumento do consumo foi praticamente todo absorvido por roupas produzi­das fora do País. Esse cenário não impediu, segundo Diniz Fi­lho, que a indústria investisse US$ 2,2 bilhões, em 2012.

"O setor têxtil não é contra a importação, mas quer competir com alguma igualdade", afir­mou o executivo ao final do en­contro com Pimentel. "O setor sofre de tributação excessiva, e se não fizermos alguma coisa forte para as confecções, teremos uma situação muito difícil." De acordo com o presidente da Abit, houve alguma melhora nas vendas de janeiro e ele espera que o faturamento mostre rea­ção ao longo de 2013.

. Mas uma ação "rápida" do go­verno seria necessária para evi­tar novas quedas de produção neste ano, de acordo com Diniz Filho. Além de um regime especial de impostos para roupas e confecções, o setor têxtil tam­bém pede a adoção de salvaguar­das, que ainda estão sob estudo da equipe técnica do Ministério do Desenvolvimento. Queixas AGUINALDO DINIZ FILHO "O setor têxtil não é contra a importação, mas quer competir com alguma igualdade." "O setor sofre de tributação excessiva".

Autor(es): luri Dantas O Estado de S. Paulo

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