Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Setor têxtil pede linha de capital de giro e incentivos tributários

RIO - A indústria têxtil brasileira, que vem sofrendo com a concorrência de produtos importados por conta do real valorizado, e também com os preços elevados de sua principal matéria-prima - o algodão -, está negociando com o governo, via ministérios da Fazenda e da Agricultura, um pacote de medidas para compensar a perda de competitividade.

Entre as principais reivindicações estão a oferta de uma linha especial de capital de giro, para o financiamento de compras antecipadas, e incentivos tributários. De acordo com o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, trata-se de uma “necessidade nacional, sob pena de caminharmos para um processo de desindustrialização precoce”.

A proposta para redução de impostos ainda não foi apresentada formalmente ao governo, apenas de forma extraoficial. Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Maurício Borges, a expectativa de negociação com a presidente da República, Dilma Rousseff, é positiva.

Já a linha de capital de giro requisitada pela Abit poderá ser concedida por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outra possibilidade é via Banco do Brasil ou Banco do Nordeste, com maior capilaridade.

“Não se trata de dinheiro a fundo perdido. Trata-se de um capital de giro emergencial que possa suprir essa lacuna que as empresas estão enfrentando de uma forma dramática”, disse Pimentel. Segundo ele, os preços do algodão estão três vezes maiores do que há um ano. E a expectativa é de que nos próximos seis meses continuem subindo, devido à entressafra.

Em 2010, o faturamento total do setor no país foi estimado em US$ 52 bilhões, sendo que 3% são provenientes de exportações, que atingiram US$ 1,4 bilhão. Já as importações somaram US$ 4,9 bilhões.

Para este ano, a estimativa é de que o faturamento cresça pouco menos de 4%, para US$ 54 bilhões. As exportações devem avançar entre 8% e 10% no ano, mas as importações devem crescer ainda mais, entre 15% e 16%, de acordo com estimativas da Abit.

O presidente da agência, Pimentel, acredita haver um descasamento entre o avanço da produção e o crescimento do comércio de vestuários. “O comércio cresceu entre 10% e 11%, e a produção cresceu entre 5% e 6%. Essa diferença entre o crescimento do varejo e o crescimento da produção é oriunda do forte aumento das importações, que elevaram a sua participação no abastecimento local”, disse.

(Juliana Ennes | Valor)

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Comentário de Sam de Mattos em 6 fevereiro 2011 às 22:26
Pegando um gancho no comentário do Hans, uma sobretaxa de venda aplicada aos "importados" do varejo, baseada na lei de "similar nacional", poderia nos ajudar. Mas é claro que isto é "Polyana”: Falsificariam etiquetas e até colocariam fabricas de fachada, para nacionalizar as importações contrabandeadas. Sobre este impasse não tenho idéias. A solução tem que vir em nível do povo e não por decretos, mas como conscientizar os imediatistas? Na China se educam as crianças neste tipo de "civismo" e até sacrifício pela pátria, E aqui? Nem Moral e Cívica existe mais, SdM
Comentário de Sam de Mattos em 6 fevereiro 2011 às 22:00

Concordo plenamente com o subsidio emergencial. Mas a Indústria Têxtil tem outros problemas também. E acima de tudo, temos que estar certo que este dinheiro não sangre para o PUDÊ. SdM


Comentário de luis carlos em 6 fevereiro 2011 às 14:32
Hans concordo com voçe referente aos maus varejistas ,que nao medem esforços para acabar com as  industrias nacionais
Comentário de HANS JURGEN BRAEMER em 5 fevereiro 2011 às 21:38
MARCAÇÃO DE PREÇOS ESTRATOSFÉRICA = MARK-UP = É O PERCENTUAL QUE É COLOCADO SOBRE O CUSTO DA MERCADORIA PARA SE CHEGAR AO PREÇO DE VENDA.  
Comentário de HANS JURGEN BRAEMER em 5 fevereiro 2011 às 21:20

ÊSTE DESCOMPASSO FOI PROVOCADO PELOS PREÇONHENTOS DE TODA A CADEIA VAREJISTA BRASILEIRA, POIS ACOSTUMARAM A COMPRAR " BALATINHO DOS ESCLAVOS CHINESES ". SE NÃO HOUVER OU NÃO DEREM UM PARADEIRO NISTO, A COISA QUE JÁ ESTÁ FEIA PARA INDÚSTRIA TEXTIL, VAI FICAR PIOR AINDA. ISTO TUDO SEM FALAR NO PROBLEMA DO AUMENTO E DESABASTECIMENTO PRINCIPALMENTE DA FIBRA DE ALGODÃO.

AGORA ESTA MESMA REDE DE GUELAS LARGAS ESTÁ RECLAMANDO DESTA DIFERENÇA DE 4/5%  !!! E POR CIMA AINDA RECLAMANDO DA INDUSTRIA TEXTIL NACIONAL DE NÃO ESTAR ACOMPANHANDO ESTE CRESCIMENTO !?!?!? MUITA DESFAÇATEZ E CARA DE PAU !!! DEVERIA SE TRABALHAR PARA PROVOCAR UM DESABASTECIMENTO EM TODA A REDE VAREJISTA, PARA APRENDEREM A VALORIZAR, PRESTIGIAR E RESPEITAR O PRODUTO NACIONAL. POIS COM A MARCAÇÃO DE PREÇOS ESTRATOSFÉRICA, GANHARIAM MENOS MAS COMPRARIAM DA INDÚSTRIA TEXTIL NACIONAL !!! PARA SALVAGUARDAR AS INDÚSTRIAS QUE AINDA SOBRARAM E EMPREGOS DE TODA A CADEIA TEXTIL.

A CONTINUAR ASSIM, O QUE É DELES ESTÁ RESERVADO, PARA UM FUTURO MAIS PRÓXIMO DO QUE SE POSSA IMAGINAR. QUEM VIVER VERÁ !!!  

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