Fonte:|ultimosegundo.ig.com.br|
Magnésio em pó, saco de juta, alho, óculos, seringas, escovas de cabelo, fibras de viscose, pneus, sapatos. Esses são alguns dos produtos que estão sujeitos a medidas de defesa comercial para entrar no Brasil.
Até o fim do ano passado, o Brasil aplicava 67 sobretaxas, entre antidumpings e salvaguardas. Se uma mesma medida prejudica dois países, é contada duas vezes.
Os setores mais protegidos por medidas de defesa comercial no País são o químico e têxtil. Os produtos têxteis respondem por 21,7% das sobretaxas em vigor - são poucos produtos, mas muitos os países afetados. As barreiras impostas contra a importação de químicos equivalem a 20,3% das medidas.
No ano passado, duas medidas antidumping beneficiaram o setor têxtil, encarecendo a importação de fios e fibras de viscose. Nesses dois casos, vários países foram atingidos: China, Índia, Indonésia, Tailândia, Taiwan e até a Áustria.
Segundo Fernando Pimentel, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), a China é o maior fabricante de têxteis do mundo, mas outros países da Ásia também desenvolveram uma produção significativa.
Ele acredita que a tendência é o Brasil aplicar mais medidas antidumping à medida que cresce no mercado externo. "A arena internacional é bastante disputada e não existem freiras nesse jogo", disse.
Nelson Pereira dos Reis, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), explica que a prática de dumping é muito comum no setor.
Quando o mercado está mais fraco, as empresas preferem perder margens do que reduzir a produção. Por cotas industriais, as fábricas são obrigadas a trabalhar no limite.
"O mercado brasileiro foi muito atacado por fornecedores internacionais na crise porque a demanda caiu em todo o mundo", disse Reis. O setor tem hoje ao menos seis casos em análise no Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento
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