Ela ainda não está nas vitrinas e provavelmente enfrentará resistência pelos consumidores. Entretanto, a pochete - o pecado capital da moda - voltou à estante de tendências, e para ficar. Pelo menos é o que mostram as passarelas, já que a peça foi apontada como o acessório "tem que ter" do verão. Revistas de moda, modelos e pessoas influentes já aderiram e tiraram a peça de uma vez por todas 'do armário', literalmente.
O MidiaMAIS, claro, foi às ruas para saber se Campo Grande está preparada para esse polêmico 'coming back' e se a pochete pode ou não ser absolvida de seus 'crimes hediondos' pelos lados de cá. Visitamos várias lojas, conversamos com pessoas comuns e entendidas do assunto e a conclusão a que chegamos é que, apesar da tendência, será preciso 'reapresentar' o produto. É que não basta tirar a poeira da sua pochete dos anos 90: o acessório foi completamente repaginado.
Em busca da pochete perdida
"Não, não temos pochete", explica a vendadora de uma grande loja de bolsas da Rua Catorze de Julho, no centro da Capital, enquanto tentava esconder um sorriso. A reportagem explica a pauta e outra vendedora se aproxima. "Sério que ela vai voltar?", perguntou a colega, com cara de indignação. "Sem chance de eu usar", brincou.
Mas, em outra loja da Catorze, que vende de tênis a mochilas, eram as próprias vendedoras que vestiam pochetes, daqueles modelos mais, ãhn, digamos, tradicionais. "Aqui a gente usa pro trabalho, né? Tem caneta, vários tipos de meia, calçadeira... É um instrumento de trabalho. Eu não sei se é uma moda que pegaria, sinceramente. Mas, para quem anda com bolso cheio de coisa eu digo que é bem funcional", conta a vendedora Denise Silva, 32. "Eu não usei pochete, mas eu lembro do meu pai usando", completou.
Foi o que também lembrou a vendedora de outra loja, esta, especializada em artigos de couro. Lá, também são vendidos dois modelos de pochete, mas estão "em falta". Costumam ser pedidas mais por senhores e motoqueiros e custam de R$ 150 a R$ 220. "Eles procuram pochete porque andam de moto ou pela praticidade, mesmo. Hoje com esses celulares grandes é ruim enfiar tudo no bolso", apontou Aline Ferreira, 41. "Até acho que vale a pena voltar, mas tem que ser menos feia, né?", opina.
Repaginada
Segundo o que tem sido visto nas passarelas, as pochetes fazem parte, integram efetivamente o look. Combinam e contrastam cores e são ainda mais funcionais, com divisórias discretas, a fim de substituir a bolsa ocasionalmente. Não é só um pedaço de pano ou lona para você enfiar tudo dentro e prender na cintura: as peças trazem mais delicadeza e diversidade de modelos, desde quadrados fininhos a modelos mais redondos e desenhados.
Para a personal stylist Wity Prado, 30, o retorno da pochete tem a ver com a tendência de que o vestuário adote cada vez mais a funcionalidade - o conforto em detrimento da estética. "Não só a moda, mas todos os mercados caminham sempre para comodidade e praticidade da vida, porque cada vez mais as pessoas querem isso. E a volta da pochete é justamente com essa proposta, para que a gente traga o funcional. Com ela, as mãos ficam livres, é mais segura que uma bolsa e tem esse repaginado", explica a stylist.
Quer dizer, é uma moda que pode demorar para pegar, mas que deve valer bem à pena. Para Wity, a propósito, a absolvição da pochete é algo mais que esperado. "Eu acho ótimo! Porque eu sou adepta do funcional. Para mim, ficar com as mãos livres, usar uma pochete com várias divisórias para mim é sensacional", conclui.
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