Com o objetivo de proteger a indústria têxtil nacional, o governo brasileiro aplicou sobretaxas provisórias, por até seis meses, nas importações brasileiras de fios, tecidos e confecções que contenham pelo menos 85% de fibra de viscose em sua composição. A Camex (Câmara de Comércio Exterior) identificou, preliminarmente, a existência de dumping em mercadorias vindas da Áustria, Índia, Indonésia, China, Tailândia e Taiwan.
O valor da sobretaxa, fixada em dólar, será de US$ 0,12 a US$ 1,29 por quilograma e varia de empresa por empresa e por produto, segundo a lista publicada no Diário Oficial da União. A investigação foi aberta no dia 20 de maio de 2008, a pedido das empresas Vicunha, Jofegê e Têxtil Carmem.
Para o presidente do SINDITEC (Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana e Região), Fabio Beretta Rossi, a medida é muito positiva. “É uma grande vitória, levando em consideração nestes últimos anos a luta contra as importações”, comemorou.
“O governo começou a atender aos pedidos do setor têxtil brasileiro e isto é um início de abertura de negociações muito importante para toda a cadeia produtiva têxtil”, ressaltou Beretta Rossi.
Na análise do vice-presidente do SINDITEC, Dilézio Ciamarro, com a adoção desta medida e a efetivação de outras reivindicações do setor têxtil, o ano de 2009 pode fechar com um balanço, no mínimo, estável em relação ao ano passado.
Beretta Rossi destacou que a sobretaxa é uma medida que a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções) conquistou em nome de todos os sindicatos têxteis do país. “Embora seja provisória, a sobretaxa é muito justa e certamente deveria continuar em vigor por mais tempo”, finalizou.
Em Americana
Na base de atuação do SINDITEC, a Vicunha, há pouco mais de um mês, anunciou que iria fechar as portas caso o governo não tomasse medidas protecionistas.
O poder público de Americana, a pedido de entidades, se mobilizou para que o fato não se concretizasse e durante reunião em Brasília, o prefeito Diego De Nadai e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Luciano Corrêa, se empenharam para manter a empresa ativa e pediram atenção especial no caso.
Sinditec - Assessoria de Imprensa
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