Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Sinditec critica viagem de Dilma à China

 

Na contramão da expectativa causada pela viagem da presidente Dilma Rousseff à China, cujo principal objetivo oficial é ampliar a pauta de exportações brasileiras, o presidente do Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana e região (Sinditec), Fabio Beretta Rossi, classificou a iniciativa como um verdadeiro "tiro no pé".

 

"Para o setor têxtil, essa viagem não trará nenhum motivo para comemoração", afirmou. Cerca de 300 empresários nacionais e diversas missões dos governos estaduais integram a comitiva na busca de investimentos individuais.

 

O prefeito de Hortolândia, Ângelo Perugini (PT), se juntará à comitiva e vai assinar acordo para instalação da multinacional ZTE Corporation na cidade.

 

Desde o ano passado, a China já é o maior parceiro comercial do Brasil. O grande desafio do governo, agora, é o de diversificar a pauta de exportações para os chineses.

 

As exportações brasileiras ao país asiático atingiram US$ 30,7 bilhões em 2010 - US$ 20 bilhões a mais que em 2009. No entanto, 68% desse comércio ainda é composto por commodities, como soja e minérios de ferro.  O governo federal quer buscar nichos para o Brasil poder fornecer gêneros com maior valor agregado.

 

O segmento têxtil regional, no entanto, continua sofrendo com a concorrência predatória dos produtos chineses. Esta semana o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior confirmou a aplicação de sobretaxas às importações de malhas de viscose provenientes daquele país.

 

A região abrangida pelo Sinditec fabrica cerca de 250 toneladas por mês do produto é vinha sendo diretamente atingida pela entrada indiscriminada de importados.

 

"Missões comerciais como esta existiram várias, Os empresários brasileiros viajam com a intenção de exportar mas quando chegam lá e observam os preços baixos dos produtores chineses, passam a ser eles mesmo importadores", comentou Beretta Rossi.

 

"O resultado acaba sendo o inverso do pretendido". Cerca de 30% das exportações da China ao Brasil em 2010 foram de produtos eletrônicos, principalmente peças de informática e de telefonia. "Eles só compram o que precisam e vendem para nós aquilo que é supérfluo", completou.

 

O pessimismo, no entanto, não é compartilhado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), que enviará seu presidente Aguinaldo Diniz Filho para o país asiático.

 

A chegada da presidenta Dilma Rousseff à China, no próximo dia 11, será antecedida por uma missão de cerca de 300 empresários brasileiros de vários setores. O objetivo é mostrar que o Brasil tem produtos de qualidade para vender aos chineses.

 

O mercado chinês ainda é considerado de difícil acesso por causa do desconhecimento das regras por parte deles e também devido a dificuldade com a língua, o mandarim.

 

Na visita, Dilma encerrará o Fórum Empresarial Brasil-China na presença de cerca de 600 convidados. Durante a viagem, devem ser negociados acordos nas áreas de investimentos em energia, mineração e agricultura, além de ciência, tecnologia e inovação, assim como parcerias na área social.

 

Além da visita de Estado, Dilma participará da reunião da cúpula dos Bric, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China.

 

 

 

FONTE:  O LIBERAL

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Comentário de Luiz Eduardo Mello em 11 abril 2011 às 11:25

Prezados

 

Os mesmos empresario que reclamam das impostações asiaticas são aqueles que importam tudo:corantes,tecidos,confecções,eviamentos......

O que nos falta é corajem para mudar as coisas.....mais garra.....mais patriotismo.....mais sabedoria em entender que se quebrarmos a industria interna não teremos mais empregos e daí também o consumo....não temos determinação em mudar a politica de juros e impostos elevados....

Um País somente muda quando seu Povo estiver decidido que isso é bom para ele.

Da maneira que as coisas estão andando,no ramo textil,não termos mais emprego para tecelões,costureiras,estilistas...........por culpa de um sistema falido estamos transferindo toda nossa mão de obra para fora do País.

Isso pode ser constatado em qualquer lugar....Bom Retiro,Americana........e em todos os seguementos.

MUDA BRASIL!ANTES QUE SEJA TARDE.....

Comentário de Ticiane Rossi em 11 abril 2011 às 10:05
Qualquer parceria com a China acabaria envolvendo o Brasil nos graves problemas que há naquele país no que concerne aos Direitos Humanos.

A China, apesar do rápido crescimento econômico, não tem o mesmo avanço no que diz respeito aos Direitos Humanos e ainda é frequente a censura de opiniões, a tortura de dissidentes, a repressão aos grupos religiosos e que tem crenças que diferem das do governo (Partido Comunista).

Muitos exemplos podem ser citados:

- Google saiu da China (http://www.theepochtimes.com/n2/component/option,com_ettopic/topici...),

- ativista Liu Xiaubo não pode ir receber o prêmio Nobel da paz por estar preso, por defender os Direitos Humanos (http://www.theepochtimes.com/n2/content/view/47287/)

- perseguição a grupos religiosos e a Falun Gong por mais de 10 anos (http://www.theepochtimes.com/n2/component/option,com_ettopic/topici...)

- extração de orgãos ilegal de prisioneiros dissidentes, principalmente de praticantes de Falun Gong (http://www.theepochtimes.com/n2/component/option,com_ettopic/topici...)

-exploração de mão-de-obra escrava em campos de trabalho escravo (http://www.lagranepoca.com/articles/2009/06/18/3248.html)

São motivos para que nós, ao fazermos uma parceria comercial com eles deveríamos questionar e não simplesmente fechar os olhos. Se economicamente os negócios com eles são vantajosos, estejamos conscientes de que isso tem o preço sobre os recursos humanos que existem lá. Se por um lado ganhamos com negociações, os Direitos Humanos são perdidos de outro lado... e isso não é um problema simples.

Estejamos conscientes desse problema.

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Para quem não conhece, Falun Gong é uma prática de cultivo para aprimoramento do corpo e da mente. Segue o cultivo e o aprimoramento moral da pessoa com base na Verdade-Compaixão-Tolerância e pode ser praticada gratuitamente. É praticada em mais de 80 países e sua popularização teve início na China, em 1992, pelo Mestre Li Hongzhi. E até 1999, foi uma prática que se popularizou amplamente e foi, inclusive, apoiada pelo governo. Atualmente é uma prática proibida pelo governo, pois difere dos valores do mesmo.
Comentário de TÊXTIL DANESI em 11 abril 2011 às 8:46

Então o Setor Têxtil é muito pequeno em relação ao PIB Brasileiro.

 

A Presidenta também não poder cortar o produtos chineses que atropelam nosso mercado, pois eles são compradores de aço e minério de ferro do Brasil.

Dilma está focada no minerio de ferro, já conseguiu tirar o Agneli da Presidencia da Vale agora vai trabalhar para estatizar novamente a empresa. Com Petro e Vale na mão o PT vai dominar o Brasil.

 

O que realmente o governo Brasileiro deve fazer, ele nunca vai fazer. É corta os impostos do nosso setor, para nós tentarmos nos reerguer. Mas é bem dificil se tratando de um governo que nao leva nada a sério apenas a riqueza de seus governantes e o poder que eles tem.

 

 

 

Comentário de Julio Caetano H. B. C. em 11 abril 2011 às 3:35
Entendo ser um importante parceiro comercial, hoje o principal fornecedor de bens de capital ao Brasil, bem como principal comprador de grãos e minério, portanto merece uma visita visando uma expansão comercial, mas com o devido cuidado, pois indevidamente foi taxado de "economia de mercado" pelo nosso governo anterior, o que realmente ainda está longe de ser. 

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