Fonte:|globoruraltv.globo.com/GRural|
O látex extraído da seringueira está sendo usado na produção de tecidos em São Paulo. A técnica já é aplicada de forma artesanal no norte do país. Mas no município de Magda, uma fábrica está conseguindo produzir em escala industrial.
Foram 15 anos trabalhando no seringal da família, mas o agricultor Tony Ferreira não queria mais apenas vender o látex produzido para usinas de beneficiamento. “Nós ficávamos muito nas mãos dos usineiros. Então, a gente corria aquele valor instável”, disse.
Ele levou do norte do país a técnica artesanal de transformar o látex em tecido. Mas o processo foi adaptado para escala industrial. Vinte toneladas de látex líquido são transformadas em 30 metros de tecido vegetal de varias cores e espessuras.
“O látex fica armazenado no reservatório, descendo por gravidade, espalmado em cima de uma manta de tecido ecológico, de algodão ecológico”, explicou Ferreira.
São várias as etapas de secagem até o produto ficar pronto. A resistência, segundo os fabricantes, é semelhante à do couro e de materiais sintéticos, feitos a partir de derivados de petróleo. Mas o preço ainda é 20% maior.
Dez anos de pesquisa fizeram o látex do seringal se transformar em matéria-prima para uma grande variedade de produtos. O chamado tecido vegetal é vendido principalmente para indústrias de calçados, confecções e de artigos esportivos.
A jaqueta, o colete e a calça parecem de couro, mas tudo é feito a partir do tecido de látex, que também serve para fazer tênis, coturnos, bolsas e nécessaire. O destaque é para a bola, que parece comum, mas é muito especial.
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI