Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Política "igual para todo o sector têxtil", impedindo que a mesma empresa pague salários diferentes em Espanha e em Portugal.

Fonte:|oje.pt/noticias|

Sindicalistas da Galiza e do Norte de Portugal reuniram-se hoje para defender uma política "igual para todo o sector têxtil", impedindo que a mesma empresa pague salários diferentes em Espanha e em Portugal.
"Os têxteis, na euro região Galiza / Norte de Portugal, geram um volume de negócios que supera os 7.500 milhões de euros e empregam 196 mil pessoas", frisou o presidente do conselho sindical internacional, tendo por base números fornecidos pelo gabinete técnico económico das Comisións Obreiras da Galiza.

Xavier Dom Gil coordenou, esta manhã, em Guimarães, um fórum que reuniu cerca de 50 delegados sindicais portugueses e galegos.

O sector têxtil de do vestuário suporta um elevado número de trabalhadores no Norte de Portugal e na Galiza.

De acordo com o Instituto Galego de Estatística, existem 1.930 empresas têxteis registadas na Xunta da Galicia.

Em Portugal, do Porto até à fronteira galega, existem 12 mil fábricas de têxtil e vestuário e três mil empresas dedicadas apenas á confecção de artigos em couro.

"Pertencemos a duas regiões que se identificam em tudo menos no que diz respeito às condições de trabalho, aos salários e às leis laborais", salientou Xavier Dom Gil.

Adão Mendes, coordenador da União de Sindicatos de Braga, concorda com o sindicalista galego e defende uma "política europeia igual em todo o lado, independentemente das fronteiras".

A diferença mais visível é a dos salários: "Na Galiza, o salário mínimo no sector têxtil é de 757,22 euros e, em Portugal, é de 450 euros mensais", disse Adão Mendes.

"Na Galiza há o sector têxtil e depois há ao grupo Inditex", referiu Xavier Dom Gil, presidente do conselho sindical internacional que, esta manhã, reuniu em Guimarães representantes de sindicatos da Galiza e do Norte de Portugal.

O grupo Inditex (proprietário da Zara) tem doze fábricas na Galiza e emprega 1.192 funcionários.

"87% dos trabalhadores são mulheres e 98% têm contrato de trabalho sem termo", explicou Xavier Dom Gil.

No Norte de Portugal, a Inditex tem "mais de 270 fábricas a trabalhar para o grupo", referiu a mesma fonte.

Por ser um caso ‘á parte', o grupo que produz e comercializa a marca Zara, mereceu atenção especial por parte dos sindicalistas.

"84% dos trabalhadores do grupo, na Galiza, recebem um salário entre os 1.201 e os 1.800 euros mas, em Portugal, sabemos que as empresas que a Inditex contracta não pagam estes salários ás trabalhadoras", disse o presidente do conselho sindical internacional.

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