Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Tecnologia ganha relevância no Delivery Urbano

Tecnologia ganha relevância no delivery urbano

Companhias buscam soluções diferenciadas para oferecer mais agilidade e segurança ao produto transportado

Por Rosangela Capozoli

O crescimento das vendas on-line no Brasil levou a um aumento dos investimentos em logística, tecnologia e inovação, com destaque para o papel das companhias de grande porte na chamada ‘last mile’. Com papel crescente no atendimento de uma demanda também em alta, elas buscam soluções diferenciadas para oferecer mais agilidade e segurança ao produto transportado, apostando em centros de distribuição, gestão de frota e parcerias com startups.

A FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp., inaugurou há um mês duas novas instalações: uma na cidade de Serra (ES), seu segundo maior centro logístico na América Latina, com 60 docas com eclusas e 40 mil posições de paletes; e outra em Conde (PB), com localização estratégica, que oferece serviços de transporte e logística nacional e internacional, com sistemas de segurança e automação avançados. Juntas, são mais de 50 mil m2.

“Estamos redesenhando nossa operação para seguir modelos similares aos empregados nos Estados Unidos, modernizando nossos sistemas e automatizando processos para aumentar a produtividade” diz Camila Lima, diretora de P&E da FedEx Express. Neste ano foram instalados onze novos sorters (sistemas de classificação automática de pedidos) em suas filiais, automatizando a separação de pedidos, permitindo processos internos mais rápidos, flexíveis e confiáveis. “Essa tecnologia dedicada, principalmente, a plataformas de e-commerce, tem capacidade para processar até 3 mil pedidos/hora”, explica. Paralelamente foram implantados sistemas de roteirização, aumentando a eficácia das entregas, elevando a produtividade e reduzindo a distância percorrida pela frota, relata.

Parcerias com startups também estão no radar da FedEx. “São aliadas importantes, principalmente no âmbito da segurança, com inclusão de caminhões com blindagem elétrica e anti-jammer, desenvolvidos pela startup T4S ”, exemplifica. O contêiner com blindagem elétrica e travas dificultando a abertura das portas no transporte, também nasceu na T4S.

Para o diretor de transportes do Mercado Livre, Frederico Rezeck, o grande desafio é buscar formas cada vez mais rápidas e baratas de entregar as encomendas. “Nossos investimentos são constantes em aprimoramento, armazenagem e frota logística por meio de tecnologia avançada”, destaca. Dos R$ 17 bilhões investidos em 2022, 70% mais que em 2021, parte foi para logística. “Foram quatro novos CDs, na região de São Paulo. Esses ativos aumentaram a infraestrutura logística para 1 milhão de m2 em operações de fullfilment, onde o Mercado Livre fica responsável por todo processo organizacional, desde o estoque de produtos até a entrega ao consumidor final.”

Em julho, a companhia abriu o Sortation Center, com capacidade para consolidar cerca de 450 mil pacotes por dia, número que corresponde a cerca de 30% das entregas realizadas no Brasil. Outra grande conquista, observa, foi o acordo com a Gol, ao destinar seis aeronaves à frota, das quais duas já operam e outras quatro serão integradas até o terceiro trimestre de 2023. “Com esse reforço, contaremos com a redução dos prazos de entrega em rotas longas, como Norte e Nordeste, em até 80%”, diz.

O Mercado Livre opera com diferentes modelos de machine learning dentro do ecossistema do Mercado Envios, como a capacidade de prever vendas futuras de cada item e garantir que o produto escolhido esteja armazenado no centro de distribuição mais próximo da casa do comprador. “Indicamos mais de 200 mil previsões de entrega por minuto”, estima.

Rafael Caldas, líder da Amazon Logística diz que dos 12 CDs, 11 foram inaugurados entre 2020 e 2021. Sem falar nas 12 estações de entregas que possuem tecnologias com inteligência artificial apoiando motoristas na execução das atividades de forma simplificada e segura. “O foco incessante está em identificar pontos de atrito e desenvolver projetos que aprimorem o processo de recebimento. Esse é um mercado que evolui rápido, mas requer atenção na escolha da tecnologia”, resume.

Líder global em armazenagem e distribuição, a DHL Supply Chain tem investido para alcançar a liderança no mercado de transportes de carga fracionada no Brasil. Segundo Fábio Miquelin, vice-presidente de Transportes da DHL Supply Chain, nos últimos dois anos esse movimento foi acelerado, com a área dobrando de tamanho ao atingir 190 mil m2 de área, 40 mil m2 de armazém e 130 docas.

No modal terrestre, diz, os principais investimentos ocorreram em expansão da equipe e frota, tecnologia, fortalecimento da rede de filiais, no hub aéreo no aeroporto de Guarulhos e, principalmente, na criação da matriz de transportes em Jandira (SP) unindo em um mesmo local a torre de controle e o hub de consolidação nacional de carga fracionada. “A área de transportes vem ganhando participação em nosso portfólio, pelos investimentos e com os reflexos da pandemia e as mudanças do mercado, com o maior fracionamento da carga provocado pelo e-commerce”, explica.

Fonte: Valor Econômico

https://sbvc.com.br/tecnologia-ganha-relevancia-no-delivery-urbano/

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