Equipes de MG, SP e GO conquistam prêmio principal da FIRST LEGO League Challenge (FLL), o Champion’s Award, nos quatro torneios abertos internacionais que disputaram.
Quando o assunto é robótica, as equipes brasileiras entram em campo com tudo. Ou melhor, entram nas arenas preparadas para deixar a marca do nosso país pelo mundo afora. Foi assim que a Amigos Droids, da Escola de Robótica DHEL em Belo Horizonte (MG), competiu no Open Massachusetts, de 9 a 11 de junho; e o SESI Eagles, da Escola SESI de Osvaldo Cruz (SP), participou do Open Austrália, entre os dias 29 de junho e 2 de julho.
Os dois times voltaram para casa trazendo nas malas o prêmio Champion’s Award, considerado o principal da FIRST LEGO League Challenge. O reconhecimento celebra o time que incorporou, por completo, a experiência da FLL, desde o design e desempenho do robô nas partidas até o projeto de inovação e os core values, que são os valores da competição.
Com esse resultado, o Brasil encerra as participações em torneios abertos da FLL desta temporada 2022/2023 sempre no topo do pódio - sim, quatro Opens, quatro Champion’s Award! Um feito inédito para o país 🏆🏆🏆🏆.
“O prêmio destaca a dedicação, esforço e conquistas das equipes. Também pode abrir portas para futuras oportunidades educacionais e profissionais, pois demonstra habilidades valiosas, como pensamento crítico, colaboração e resiliência. Além disso, pode inspirar outras equipes a se esforçarem e alcançarem seu potencial máximo”, explica Caio Camargo, supervisor do SESI São Paulo.
Para o aluno Heitor Lana, da Amigos Droids, foi uma grande oportunidade poder representar o Brasil em uma competição internacional e mostrar um pouquinho da nossa brasilidade por lá.
“O torneio brasileiro tem muita energia e lá não tinha muito isso, mas nós conseguimos levar um pouco da nossa cultura que aprendemos no festival nacional para os Estados Unidos. Acho que essa foi uma das partes mais legais”, orgulha-se.
Ainda comparando o nacional com o Open, o colega Daniel Ribeiro falou do nível técnico, do profissionalismo e da concentração dos competidores de outros países, que chamaram a atenção dos brasileiros. O time, formado por oito estudantes e dois técnicos, conseguiu trocar experiências com jovens do Cazaquistão, Itália, Bélgica, México e Estados Unidos e ainda conhecer o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e Harvard.
Segundo a técnica Débora Lana, levar o título em uma disputa com 75 equipes que foram destaque em seus países é mérito de um engajamento dos próprios alunos e da consistência do projeto de robótica. Isso porque eles estudam em escolas diferentes, mas têm aulas de robótica na Dhel.
“Os novatos mergulharam de cabeça em uma equipe de veteranos que já tinham o know-how um desempenho em crescimento. O resultado foi alcançado e mostrou pra eles que, se você tem uma lógica de trabalho, uma meta e expertise em desenvolvimento de projetos de inovação e de design, se organizando você chega onde quer chegar. É o maior aprendizado pra eles nessa temporada”, acredita Débora.
Ah, e as conquistas dos nossos robotiquers não param por aí. A equipe SESI Heroes, da Escola SESI de Jundiaí (SP), venceu o Engineering Excellence também no Open da Austrália. O prêmio, senhoras e senhores, é concedido ao time que melhor aplica os conceitos de engenharia no design do robô e no projeto de inovação de acordo com o desafio da temporada, e que aplica o core values em tudo que fazem. Outra premiação bastante completa!
Quatro estudantes e duas técnicas representaram o Brasil no Maryland Tech Invitational (MTI), torneio fora de temporada da modalidade FIRST Tech Challenge (FTC), que ocorreu de 23 a 25 de junho em Laurel, no estado de Maryland, Estados Unidos.
Um dos quatro integrantes que viajaram para competir, Mateus Bernart conta que o campeonato foi inspirado nos melhores conceitos de engenharia e programação do mundo, abrangendo estratégias e ainda mais a indústria 4.0 da robótica brasileira.
“Nós somos a primeira equipe a representar o nosso país e a nossa região internacionalmente em sete anos consecutivos de criação desse campeonato”, comemora.
Depois de acompanhar, de perto, o alto nível de 39 equipes dos Estados Unidos e da Romênia, eles esperam trazer para o Brasil ideias criativas e soluções para organização dos pits, apresentação da equipe, engenharia e programação do robô.
Amanda Maia e Marcella Trindade
Foto: Arquivo Pessoal
Da Agência de Notícias da Indústria
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